Capítulo 14 - Terça Feira Negra

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Capítulo 14 - Terça Feira Negra

10:31 - 11 de Dezembro de 2007. 

Não havia ninguém no interior do hospital

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Não havia ninguém no interior do hospital. 

Nenhum sussurro. Nenhum suspiro.

Os passos desesperados, pesados pelo cansado, vinham em encontro com ele. 

O tempo estava acabando.

Entrou, novamente, no corredor de inúmeras salas no terceiro pavimento; almejou o de número de 301. 

Uma das roldanas daquela maca ruía escoando aquele som peculiar.

Atrapalhou-se pelo nervosismo tropeçando levemente.

Esquivou-se da bagunça que tivera feito momentos antes.

Um desastre.

Um desastre

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Os equipamentos estavam jogados ao chão. 

Outras macas estavam derrubadas. Alguns lençóis espalhados.

No monitoramento cardíaco o valor zero estava indicado, e piava sem cessar. Não porque alguém havia morrido, mas sim porque o prédio havia sido evacuado.

Algumas flores pisoteadas estavam ao chão. Possivelmente de algum visitante que as abandonou.

Um médico estava desmaiado e acima de suas sobrancelhas, próximo ao seu couro cabeludo, havia um hematoma proveniente de alguma pancada violenta que tivera ocasionado o delito.

Na saída do quarto do leito uma enfermeira com uma seringa injetada em seu pescoço bloqueava parcialmente o caminho.

Estava respirando, porém tonteava ao chão. Tentava mover-se, mas o efeito do medicamento aturdia seus sentidos. 

 

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