Capítulo 18 - O farol da enseada
A mulher, que respirava ofegante, estava solicitando um copo d'água. Estava deitada confortavelmente no seu leito e a bolsa amniótica havia rompido durante à madrugada.
— Aqui sua água... — Entregou-lhe o copo cheio.
— Obrigada... — Agradeceu a enfermeira. No entanto, ela virou-se para a porta aberta e viu vários funcionário do hospital, enfermeiros e médicos, correndo para uma única direção.
— O que será que está havendo ? — Perguntou aquela mãe grávida.
— Deve ter ocorrido alguma emergência grave... — Tentou acalmá-la.
— Mas precisa de tantos assim funcionários assim ?
— Talvez... — Disse com incerteza. — Eu volto em alguns instantes...
Algo estava ocorrendo.
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O ponteiro do relógio emitia um som seco e único naquele corredor; marcava 8:57 da manhã de terça feira. Aquela jovem, desistindo de si mesma, ao entrar naquela sala, estava determinada a enfrentá-lo com toda sua coragem. Não iria recuar, muito menos assumir novos erros. Entregou-se por completa em sua escolha.
Na sala 301 do mesmo corredor, ela, ao gritos, esgoelava expondo toda sua fúria:
— EU VOU CORTAR O PESCOÇO DELA! — Gritava, Alice, com uma técnica de enfermagem de 21 anos como refém; matinha uma navalha contra pescoço.
Na sala também estavam Magno, o clínico geral Geraldo, dois enfermeiros na porta, supervisora Helena e Robert Lis desacordado em seu leito.
Alguns curiosos permaneciam no exterior do quarto sem intrometer-se.
— Enfermeira Karen, não precisa ser assim...— Manifestou-se a supervisora Helena tentando acalmá-la. — Não vai estragar sua vida por alguma besteira... vamos conversar e procurar entender o que está acontecendo...
— Ela não é enfermeira do hospital...! — Acusou, Magno, cheio de convicções, em sua total tranquilidade.
— Como !? — A equipe não compreendeu.
Magno aproximou-se, com seu ego inflado, seguro de si, persuadindo-os com sua tese: — O nome dessa impostora é Alice Pincherfield... e ela está aqui para pôr mais droga no cateter do garoto em coma induzido...!
— MENTIROSO DESGRAÇADO! — Alice gritou, e sem intensão, cortou uma fina espessura da pele da enfermeira. Mantinha a refém, emprenhada, segurando-a pelos seus cabelos. Foi possível observar aquele sangue escorrer. — É esse maldito desgraçado que vem pagando esses enfermeiros para matar Robert !
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No Reino dos Fantasmas
Romance- Quanto tempo presos estaremos juntos? - Mais tempo que aqueles cujos passos a muito desapareceram. Tema: Romance entre vivos e fantasmas. Surrealismo e terror. Suspense. Sinopse: O indesejável Robert Lis é a figura de um rapaz introvertido do terc...