(Cap. 44) A Loba

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Era dia, o sol estava um pouco escondido pelas nuvens, mas ainda assim a janela daquele banheiro indicava o dia ainda claro. Naquele local, Dinah estava sentada numa cadeira, talvez esquecida ali por alguém da limpeza, com Karen sentada em seu colo. As duas estavam com os botões da blusa abertos e os mamilos rosados da ruiva para fora do sutiã. A loira segurava a bunda da mais nova e apertava enquanto sua boca viajava dos lábios para o pescoço dela. As mãos de Karen e suas unhas, bem maiores do que era de costume, arranhavam o couro cabeludo e costas da sua chefe.

-– Alguém pode nos ver.- – Sussurrou Karen perto do ouvido da loira.

-– Eu tranquei a porta.- – Dinah disse olhando nos olhos da outra e sorrindo enquanto sua mão caminhava para dentro do zíper da calça dela. As duas fecham os olhos para sentir melhor o que virá pela frente.

Dinah abre os olhos, percebe que ela está em sua cama e conclui: Era um sonho. Sente-se um pouco enjoada por sua imaginação ter levado-a até esse ponto com uma pessoa como Karen. Não que ela não fosse digna de sonhos ou pensamentos eróticos. Ela é uma jovem bonita, um belo corpo, inteligente, engraçada... Mas está se tornando mais uma amiga de Dinah. A explicação para esse sonho deve ser pelo fato de que antes de dormir conversou com Allan durante 10 minutos sobre o almoço dele com a ruiva que será hoje.

Tomara que seja isso mesmo, pois era só que o que lhe faltava: Se interessar por Karen.

Não, obrigada. – Balbuciou para si mesma enquanto levantava da cama.

Entrou no banheiro e enquanto escovava seus dentes lembrava um trecho do seu diálogo com seu hipotético "namorado" num jantar que ela mesma havia marcado.

# Flashback On #

–- Você é um homem bom. Não tenha dúvidas disso. -– Ela fala com um sorriso amarelo. Ele tem um olhar triste e pesaroso.

-– Mas...?- – Pede para continuar o inevitável.

-– Mas eu preciso viver minha vida, caminhar com minhas próprias pernas sem que ninguém me impeça. –- Resolveu ser direta. Os olhos de Zachary desviaram para o prato quase cheiro na mesa e seu cenho franziu assim como seus lábios frisaram.

-– Eu sou um empecilho? -– Perguntou ainda não conseguindo encarar o encantador mar de chocolate que saia dos olhos da loira e sua frente.

-–Não me leve a mal por usar esse termo, mas no momento...- – Respirou fundo fazendo uma pausa. -– Não você, mas esse relacionamento me fará morrer na praia. Entende?- – Ele olha para ela e nega com a cabeça. Dinah olha para algum ponto longe dali e pensa e como explicar sem magoá-lo.

-– Está me dizendo que um relacionamento comigo faria mal para você?- – Ele resolve perguntar, mesmo com medo da resposta.

-–Não! –- Apressa-se em dizer. -– O que estou tentando dizer é que o problema não está em você, e sim no relacionamento em si. Não importa se é com você ou com qualquer outra pessoa. O que eu não posso é ter um relacionamento que me prenda nesse momento tão importante da minha vida. Eu... Eu preciso ficar sozinha. -– Suspirou. – -Eu deveria ter imaginado o tipo de relacionamento que você queria quando veio me entregar um presente de dia dos namorados. Desculpe-me, eu quem errei. -– Passa a mão no cabelo preso como de costume e balança a cabeça para um lado e para o outro se julgando pelo que fez. -– Eu não queria ter que perder o contato com você ou até com a Olívia. -– Fez pausa esperando uma reação do homem. Sem sucesso, ele continuou sem esboçar nada. -– Eu só não posso me envolver num relacionamento desse tipo agora.

The Twin Sister (Norminah)Where stories live. Discover now