Maya Mase

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[Narrado em terceira pessoa, ponto de vista de Maya/Lisa off].

– O que? – Nick Fury fitou a morena sem entender.

– Sou a traidora, Fury. Não queria que nada chegasse a este ponto. Você tem que acreditar em mim – falava em desespero – por favor, eu venho da Rússia, de uma Corporação que tenta acabar com você há décadas, você deve estar se perguntando porquê estou te contando tudo isso, mas não aguento mais tantas ameaças, e não, pela primeira vez em toda minha vida não fiz algo porque mandaram, ou seja, estou me entregando porque não quero que a S.H.I.E.L.D. decaia, e principalmente... – ela hesitou, mas tinha que falar – quero que Peter fique bem, não quero vê-lo se machucar em uma das lutas, eu não... Olha, eu sei o que os heróis fazem, sei que são bons e não posso acabar com isso, pesquise sobre mim, faça o que quiser, mas por favor... – os olhos da garota começaram a encher de lágrimas – por favor, estou implorando, não deixe que nada aconteça com Peter, mantenha–no fora de tudo isso, mesmo ele sendo um herói, eu...

– Chega! – ele gritou.

A garota estremeceu, mas apenas o fitou, a primeira lágrima desde que tinha chegado escorreu e ela então a secou, respirando fundo. Fury apenas prosseguiu:

– O que você está falando é muito grave, Senhorita Mase – ele apoiou as mãos na mesa de madeira escura á sua frente – como soube desta Corporação, Elizabeth?

– Porque eu sou de lá! – ela gritou tentando fazer com que Fury acreditasse a todo custo no que ela estava dizendo – fiz uma merda, tá legal? – ela passou as mãos pelo rosto – das grandes, e não tem como consertar isso a não ser me entregando. Pode procurar nos arquivos, em contatos próximos, tanto faz! E não sou Elizabeth, meu nome é Maya Mase, sou da Rússia e meus pais morreram quando era pequena, Ália Vamperl me pegou para criar de um jeito "diferente", você tem que acreditar em mim.

Ele apertou um botão em cima de sua mesa – Você quer que eu acredite que você é uma vilã que está se entregando em boa vontade?

– Sei que parece loucura – ela dizia – mas você tem que acreditar em mim... Ou... Eu morro. E... Sério, eu não me importo de morrer, não eu... Só... Procure, Ália Vamperl, Maya Mase, Kyle Campbell, não sei... Corporação da Rússia, sei que vai acreditar em mim Fury, eu preciso que acredite em mim.

– E por quê? – ele perguntou me fitando bem nos olhos.

– Porque... – ela respirou fundo e fechou os olhos deixando que tudo dentro de si saísse – se eu continuar com a farsa, eu morro por vocês ou por eles, por vocês se algo der errado e por eles se eu... – ela hesitou – se eu continuar com o Homem Aranha – o coração da garota disparou, estava pensando em como seria quando Peter soubesse toda a verdade e sentiu uma dor moer sua alma.

A porta se abriu, um enorme agente da S.H.I.E.L.D. entrava pela porta segurando sua arma, Fury então olhou para ele e Maya fez o mesmo, seguiu o brutamontes com o olhar, ele levantou a arma após fitar Fury e Maya olhou para frente e se deparou com uma Calibre 38 apontada em seu rosto, fitou a ponta da arma e então o brutamontes foi andando até ela onde colocou a mão direita no ombro da garota, já na defensiva esperando que ela tentasse resistir ou algo do tipo. Mas ela não iria. Ela estava disposta a se entregar para ver se as coisas ficavam melhores, não teria coragem de contar cara á cara para Peter, aquela, de todas, era mesmo a melhor escolha.

– Maya Mase você está presa, ficará na S.H.I.E.L.D. por tempo indeterminado até examinarmos o seu caso e termos a resposta do que será feito – Fury disse e em seguida olhou para o segurança – leve– a para a cela blindada... Na H– 98.

Maya então levantou os braços e os colocou na nuca enquanto o brutamontes a empurrava em direção ao corredor branco ao lado de fora da sala de Fury, ele puxou a porta e foi empurrando– a como se fosse um miserável saco de lixo com qualquer coisa podre dentro, a virou bruscamente e ela se soltou de supetão de modo que não fosse mais machucada pelo segurança, disse que podia andar sozinha e ele fingiu não escutá-la, a carregava pelo casaco enquanto caminhavam por um enorme corredor branco, bem mais claro que os demais, nem ela sabia daquele local. Era restrito para os "A.C", ou seja, "Agentes Comuns", apenas os A.S, Agentes de Segurança podia entrar ali, e com razão, o local tinha uma combinação e lá dentro havia alguns presos, mas ninguém de muito importante, e Maya sequer prestou atenção, estava com os pensamentos em outro lugar.

Never Let Me Go, Peter.Onde histórias criam vida. Descubra agora