Perigo Eminente

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P.O.V ALLAN

- Mãe?- Pergunto ainda não acreditando no que meus olhos estão vendo.

- Oi meu bebê!- Ela me abraça e vai entrando. 

- Aconteceu alguma coisa?- Pergunto preocupado.

Explicando o que aconteceu: Minha mãe apareceu sem avisar na fazenda. O que é bem estranho já que não disse a ninguém onde estaria... Exceto as prostitutas, caralho aposto que o filho da puta do Tony abriu o bico...

- Estava com saudades bebê, adoro Paris, mas sozinha não é tão divertida... E, um passarinho me contou que você estaria aqui... O que eu disse sobre você fazer burrices?- Dou um sorriso sem graça. Eu ainda meto uma bala no desgraçado do do Anthony...

-Mãe...- Resmungo e volto meu olhar para as escadas onde minha coelhinha se encontra descendo.  

Resumindo essa ultima semana, ela resolveu que deveríamos ser apenas "amigos",caralho, amigo é a ultima coisa que eu quero ser da minha mulher porra! Ainda estou me perguntando da onde ela tirou o caralho dessa ideia... Como ela consegue continuar com essa merda depois de todo o sexo que fizemos? 

- Nem começa filho, onde ela está?- Minha mãe pergunta, as vezes esqueço que apenas o meu corpo reage a minha coelhinha quando ela está por perto.

-Atrás de você... Vou dar um soco no filho da puta do Anthony...- Resmungo a última parte, como eu sei quem foi a prostituta que falou mais do que deveria? É simples, a prostituta Baker é a maior fofoqueira que conheço.

-Suzani! Como você está?- Minha coelhinha sorri antes de abraçar a minha mãe.

- Presa nessa casa, e você?- Reviro os olhos antes de sair e ir para a cozinha. Minha mãe e a coelhinha juntas nessa fazenda.... Preciso de álcool.

Fico um tempo na cozinha, eu não entendo minha coelhinha, num dia tudo está bem. No outro ela acorda falando que não é um dos meus brinquedos e que não é uma das minhas"amigas". Estou tentando me aproximar dela desde que ela voltou, mas ela não deixa, quando eu acho que consegui ela ergue a porra do muro novamente! Estou deixando algo passar despercebido... Mas o quê?

- Já pararam de falar mal de mim?- Pergunto quando volto para a sala e encontro as duas mulheres da minha vida sentadas no sofá.

- Senta conosco bebê.- Minha mãe manda sorrindo.

-Já disse que não sou um bebê.- Digo sabendo que não vai mudar merda nenhuma.- Sobre o que estão falando?- Minha coelhinha abre um sorriso que não gosto nenhum pouco.

- Sobre a volta para casa.- Quase me engasgo com o Whisky.

- Não vai ter " Volta pra casa".- Aviso e minha mãe me olha irritada, merda.

- Voltaremos amanhã, bebê. Suzi, porque não vai fazer suas malas?- Minha mãe abre um sorriso, se eu não a conhecesse diria que é doce. Mas eu a conheço, muito bem, então sei que ela está irritada. Meu palpite é que o motivo da sua irritação sou eu. Isso não é bom...

- Pode falar, mãe.- Digo e dou um sorriso inocente assim que minha coelhinha sobe as escadas.

- Sequestro, Allan?! Pensei que tinha te ensinado alguma coisa...- Encolho os ombros.- Voltaremos para casa amanhã.

-Não! É perigoso, não posso deixa-las voltar.- Minha mãe me abraça e solto um suspiro frustrado sabendo que com ela não tem discussão.- Preciso que vocês fiquem bem...

- Eu sei bebê. E ficaremos, mas não vai ser ficando isoladas do mundo. Você vai resolver isso. Você sabe que sempre resolve.

- Dessa vez é diferente...- Me afasto um pouco.

O Traficante  - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora