Provocar e Conquistar

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P.O.V ALLAN

Uma semana depois...

Entro no quarto segurando a bandeja com o café da manhã  da minha Coelhinha. Ela está doente, depois que ela finalmente se abriu comigo as coisas ficaram estranhas. Ela me ignorava e eu tentava falar com ela, mas o clima está pesado entre nós. O que eu queria? Que ela disse que agora podemos nos amar e sermos felizes? Sim porra! Era o que eu queria. Mas as coisas não são fáceis assim, não com a gente... Ela tentou fugir há uns dois dias e acabou pegando um chuva do caralho, agora está com febre, com dor e com o nariz escorrendo.

Achei que ela ainda estaria dormindo, mas está acordada e parece melhor.

- Para com isso.- Sua voz está muito rouca, parece um pato, tento não rir.

- Com o que?- Pergunto sem entender enquanto  coloco a bandeja na cama.

- De me tratar como se eu fosse uma inválida! Não preciso que você cuide de mim.- Reviro os olhos.

- Eu gosto de cuidar de você...- Dou de ombros e ela bufa. Teimosa.

- Eu estou bem. Muito bem.- Sei que ela não está  falando apenas do resfriado.

- Achei que as mentiras tinham acabado.- Ela se senta na cama encostada contra os travesseiros.- Eu sei que você não está bem. Eu também não estou e a culpa é  minha. Só minha. Então você não precisa fingir que é fria, não comigo Coelhinha.- Ela puxa uma respiração antes de me olhar.

- É perca de tempo. Tudo isso, você cuidando de mim porquê se sente culpado não vai fazer eu me sentir melhor, se essa for sua intenção.- Sorrio de lado para disfarçar que suas palavras me atingem.

- Minha intenção é outra, nenhum pouco nobre... Envolve nós dois transando.- Ela me olha indignada e começo a rir.- Porra você acha que eu sou tão ruim assim?- Ela dá um sorrisinho é o máximo que ela me deu até agora.

- Eu tenho certeza que você é um tarado! Acha que eu não vi você olhando para meus seios?- Ela precisa me lembrar dessas delícias caralho? Que culpa eu tenho se eles ficam me chamando?

- Sou culpado.- Finjo um suspiro pesado.- Mas o que eu posso fazer se temos uma relação muito íntima?- Ela revira os olhos.

- Você é  um idiota.- Ela ri, agora percebo que não é a mesma risada que me encantou no primeiro minuto em que nos falamos, continua a deixando linda mas não é tão doce e feliz.
.. A olho por um tempo.

- Você  tem razão... Eu pensei que era só  comigo que você não ria de verdade, mas é com todos, não é?- Dói pra caralho saber que é tudo minha culpa.

- Eu não quero falar sobre isso... E não sei porque você é tão insistente. Isso é irritante, sabia?- Ela finge estar debochando.

- Você pode não acreditar mas eu te amei em cada segundo que vivemos juntos em Madrid, te amei nos 10 anos em que esteve longe e ainda vou te amar até depois da morte. É por isso que eu nunca vou desistir de você, amor... Tome seu café, coma tudo, por favor.- Beijo o topo de sua cabeça e saio do quarto.

Vou ao escritório que fica trancando, espero que ela coma tudo já  que ontem ela mal comeu... Ligo o computador, checo meus emails. A maioria inútil exceto um. Laís.

"Se esconder com a sua amantesinha não a manterá segura, querido. Castelli gostou muito dela, em breve você vai saber o quão vadia ela é, e ficaremos livres para viver nosso amor.

Eu te perdoo por me trair.

Beijinhos. "

O Traficante  - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora