Mandona Perfeita

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P.O.V ALLAN

- O que você quer aqui?- Pergunto tentando manter o controle mas continuo olhando para a pista. Filho da puta! Tá com as patas na minha coelhinha...

- Preciso da sua ajuda.- Ajuda? Olho pra Laís. Ela é bonita, morena, alta, olhos castanhos... Mas não chega perto da minha coelhinha, que está naquele caralho de pista dançando com um filho da puta!

-Não.- Digo e tiro sua mão de mim. Começo a andar em direção a pista mas a vadia entra no meu caminho.

- Allan! Você nem me ouviu... Eles vão me matar.- Dou sorriso venenoso.

- É o que você merece. Agora sai da porra do meu caminho!- Ela olha pra pista. Não...

- Jura, ela de novo? Ela é bonita, aposto que o Castelli vai adorar ela...- Seguro em seu braço.

- Você tem 2min!- Rosno e a puxo  em direção ao meu escritório.

- Aí, você está me machucando!- A jogo no sofá.

- Vou machucar muito mais se não me disser algo realmente importante.- Me encosto na minha mesa e coloco meu revolver do meu lado. Ela olha pra arma e depois volta seu olhar pra mim.

- Precisa disso?- Puxo uma respiração.

- Você nem deveria estar viva, Laís. Fala logo o que quer caralho!- Ela olha para baixo.

- O Castelli está tentando me matar, eu não tenho mais a quem pedir ajuda, Allan.- Continuo a olhando sem expressão.

- Até onde eu me lembro vocês trabalham juntos... Você entregou onde e quando meu pai estaria desprotegido, ele está morto por sua causa!- Ela me olha.

- Não foi assim Allan... Por favor acredita em mim, ele disse que só queria fazer um acordo com o seu pai.- Seguro firme na mesa para não pegar o revólver.

- Foda-se. Eu não me importo com você Laís.- Ela me olha irritada.

- Mas se importa com a sua amantesinha! Você sabe que ele quer tudo o que é seu. Quando ele souber que você está interessado nela...- A corto.

- Você morre. Diga alguma coisa sobre ela e eu meto uma bala na sua cabeça.- Ela se levanta.

- Porquê você não me matou ainda, então? Eu sei que você sente alguma coisa por mim! Já te vi matar por muito menos...- Nojo é um sentimento?

- Eu não te matei em consideração a sua família, que sempre foi leal a minha. Mas você? Morta não encheria a porra do meu saco!- Ela abre um sorriso.

- Você está ficando igualzinho ao seu avô, querido. Você vai me ajudar Allan, de um jeito ou de outro.- Ela sai do escritório me deixando sozinho.

Meu avô? Aquele velho ferrou com a minha cabeça desde que eu nasci... O que importa é o Castelli, esse verme está se tornando uma dor na minha bunda. Se eu o matar agora darei início á uma guerra, não preciso dessa dor de cabeça agora. Só preciso e quero me concentrar na minha coelhinha. Mas antes...

Ligação on

- Fala chefia. - Reviro os olhos

- Sem gracinhas L.K, quero saber cada passo que Laís Sonza deu nos últimos dois anos.- É o tempo que não a vejo. Graças a Deus.

- Sua ex?- Ele pergunta confuso.

- Sem perguntas L.K, só faça o que eu mandei.

- Você quem manda, chefia.- Escuto sua risada e desligo.

O Traficante  - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora