— Você vai sair com ele? — Sana observava enquanto eu terminava de arrumar o cabelo — me diz que isso é uma brincadeira.
— Quero meu caderno de volta — deixei meu cabelo liso, apenas com algumas ondulações nas pontas — preciso impedir que os desenhos cheguem ao Sehun.
— Você sabe que ele não vai devolver, não é? — se recostou na cama e cruzou os braços.
— Não custa tentar.
— Se for passar a noite com ele, avisa — a repulsa era nítida em sua voz — está fazendo uma loucura.
— Não vou passar a noite com ele — me encolhi fazendo cara de nojo — não faria isso nem que fosse pra salvar a vida do Sehun.
— Tenha juízo.
— Boa noite, unnie.
Eu estava usando um vestido preto que tinha a saia rodada e ficava pouco abaixo do meio da coxa, meus tênis brancos combinavam com a roupa e me deixavam confortável. Torci para Baekhyun não demorar, eu odiava a ideia de sair com ele e esperar tornava tudo pior.
Era óbvio que ele não pretendia devolver o caderno tão fácil, mas eu podia me aproximar o suficiente para pegá-lo. Um carro preto e conversível parou em frente ao prédio do dormitório. Baekhyun encostou o braço sobre a porta e me olhou preguiçosamente.
— Está esperando o quê? — me olhou de cima a baixo — você está bonitinha.
Bonitinha?
— Idiota — murmurei enquanto entrava no carro e colocava o cinto.
— Não me cause problemas essa noite.
O único problema aqui é você.
— Por que eu causaria problemas? Tudo o que quero, é ter meu caderno de volta.
— Porque você me parece o tipo que odeia ser comandada, exceto na cama — seu tom debochado me fez querer socá-lo.
Senti minhas bochechas corando e mantive minhas mãos sobre a bolsa. Como ele ousava dizer aquelas coisas? Baekhyun não sabia nada sobre mim, ele não tinha nem intimidade o suficiente para falar aquilo!
— Não vou tolerar essas suas brincadeiras — bufei — não pode falar assim comigo.
— Não seja tão séria — ele entrou numa rua deserta.
Estava começando a me arrepender de não trazer um casaco, o carro seguia pela rua e tudo o que eu conseguia ver eram portas de galpões, o que Baekhyun queria num lugar como aquele? Se ele estava pensando em me vender de algum modo, era bom que soubesse que eu sempre trazia um canivete comigo e sabia usá-lo!
— Chegamos — parou em frente a um dos galpões.
— Que lugar é esse?
— Você já vai descobrir — destravou o carro — faça o favor de manter este local em segredo.
— Como se eu tivesse muito interesse nesses lugares sujos — rolei os olhos.
Desci apesar de estar hesitante, tentei me acalmar pensando que ele não seria louco o suficiente para tentar algo comigo. Baekhyun parou em frente a porta de ferro, ele murmurou algo próximo a uma pequena abertura e a porta se abriu.
Quando entramos, meu queixo quase caiu ao notar que por dentro o local era luxuoso. Parecia uma espécie de clube secreto, um esconderijo para os magnatas de Seoul. Haviam mesas de poker, jogos de cassino e garotas que dançavam para homens que pareciam sedentos por elas.
Um grande lustre chamava atenção no teto, o bar sofisticado com bancos de metal, não parava de distribuir bebidas em copos que me pareciam caros. Eu não estava arrumada o suficiente para um lugar como aquele, as mulheres ali ostentavam roupas dignas de um filme.
— Agora meu bichinho, você vai me fazer um favor — sorriu cínico enquanto ajeitava a camisa social — e acho bom fazer direito.
— O qu..que você quer?
— Nada que não saiba fazer — seu sorriso malicioso me deixava ainda mais nervosa — eu acho.
Eu odiava Baekhyun, odiava seu jeito maldoso e o modo como me provocava sem parar. Aquele lugar me deixou claro que ele possuía algum dinheiro, o que talvez justificasse seu jeito arrogante.
— Está me assustando — mantive a bolsa rente a mim — não pode acabar com isso logo?
— Você é mesmo uma coisinha frágil — riu — só quero que desenhe algo para mim.
Ele fez sinal e eu o segui por um corredor que parecia não ter fim, pelo caminho haviam algumas bancadas com espelhos e potinhos aromatizantes, minha cara de medo estava nítida. O chão possuía um tapete vermelho e a cada passo eu sentia como se estivesse me aproximando da morte.
Se acalme, tem um canivete na sua bolsa, ele não vai fazer nada.
Ele abriu uma das portas que enchiam o corredor, era uma sala com um sofá cama, uma enorme mesa de vidro e uma poltrona de couro atrás dela, Havia um computador em cima da mesa, junto com alguns papéis, não entendia o que Baekhyun queria ali.
Aquele local parecia pertencer a ele, pelo menos a sala, o modo como se movia me dizia que não era a primeira vez dele ali.
— Quero que falsifique uma assinatura — recostou-se a mesa e apoiou as mãos no tampo de vidro — gosta tanto de desenhar, isso vai ser útil agora.
— Isso é crime, eu não vou falsificar nada.
— Vai sim, porque se não fizer, todo o campus vai ver seus desenhos do Sehun — me encarou sério — aposto que vão te achar uma pervertida.
— Você não teria coragem — engoli em seco.
— Quer apostar quanto? É só uma assinatura idiota, você pode fazer isso rápido.
— Não quero ser presa — mordi o lábio.
— Não vai ser presa, ninguém vai saber — pegou um dos papéis da mesa e me entregou junto com uma caneta — apenas assine com o nome que eu mandar.
— Por que me escolheu para isso?
— Vi sua assinatura nos desenhos, parece muito a do meu pai — deu de ombros — parece que o destino quis assim.
— Vai falsificar a assinatura do seu pai, você não tem respeito nem pela família?
— Perguntas demais — revirou os olhos — apenas saiba que ele é um homem desprezível e merece pagar pelo que me fez.
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Baek revoltado
Eu vou acrescentar algumas cenas nessa versão.
O que vocês andam fazendo? Eu estou estudando e fazendo alguns trabalhos da faculdade, também tô viciada nas fics da AmoraLoucaa
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Player 《 Baekhyun 》
FanfictionMina costumava desenhar discretamente imagens de Oh Sehun, líder do time de basquete da faculdade. Ela só não esperava que esse caderno sumisse e aparecesse nas mãos de Byun Baekhyun, um rebelde que começa a fazer chantagens assim que percebe o cont...