Twenty

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 — De que sabor você quer? — Sehun questionou antes de fazer o pedido.

— Baunilha e morango.

Ajeitei meu vestido, ele era florido e ficava pouco acima dos meus joelhos, a saia um pouco rodada me deixava fofa. Passar a tarde com Sehun me parecia ótimo, eu cobri a mancha em meu braço com maquiagem, não estava muito escura mas ainda tinha um tom amarelo esverdeado.

Naquela noite Sasaki iria chegar, Sana estava tão animada que acordou mais cedo que de costume. Eles provavelmente iriam passar o dia juntos, aproveitando cada segundo.

— Aqui — Sehun me entregou o sorvete.

— Obrigada.

— Você faz faculdade de quê? — ele estava tomando sorvete de chocolate.

— Arquitetura e você?

— Engenharia — aquilo era surpreendente — mas eu gosto mesmo é de jogar.

— E joga muito bem — sorri.

— Vai no próximo jogo comigo, não vai?

— Vou sim, apesar de que fico tensa durante toda a partida — coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— A emoção é a melhor parte — riu — a festa depois também é ótima.

— Eu espero não me sentir deslocada.

— Não se preocupe, eu vou te deixar confortável.

  ***

   Chantagista: faz um favor para mim?

  Depende do que você quer:Minna.

Chantagista: compra algo para eu comer e café. Eu te pago depois.

  Por quê você mesmo não vai?: Minna

Chantagista: Porque eu estou quase morto e não vou conseguir sair daqui.

   Ninguém pode ir comprar comida para você? : Minna.

Chantagista: Esquece, eu vou morrer e aí você fica livre!

   Quanto drama -_- : Minna

 Ele ficou off, será que estava doente mesmo? Eu não devia ser tão boa assim, mas precisa conquistar a confiança dele e talvez estivesse um pouco preocupada.

15 minutos depois, lá estava eu, batendo na porta de Baekhyun e torcendo para ninguém me ver. Eu tinha conseguido passar pela catraca usando a senha que ele me deu. Baekhyun abriu a porta, estava com uma cara péssima, usava uma calça de moletom cinza e uma blusa preta de mangas compridas.

— Aqui sua comida — lhe entreguei o pacote.

— Achei que você não vinha — sua voz estava rouca.

— Se você morrer, nunca vou saber onde meu caderno e aquele documento que assinei foram parar — provoquei.

— Sempre tão delicada — de repente ele se apoiou a porta.

— Você está bem?

— Deve ser só uma gripe.

— Espera — estiquei minha mão tocando tocando sua testa — Baekhyun, você está queimando de febre.

— Então é por isso que estou com tanto frio — se encolheu.

— Meu Deus, como você é descuidado — o repreendi — precisa tomar um remédio.

— Aqui não tem.

— Me deixa entrar, para a sua sorte eu sempre ando com remédio na bolsa, nunca se sabe quando vai precisar.

— Sabia que estava louca para entrar no meu quarto — sorriu malicioso.

— Me poupe — rolei os olhos.

Ele me deu passagem, o quarto de Baekhyun não era muito organizado, mas também não era uma zona. Metade do quarto estava arrumada, tinha uma prateleira no canto com alguns cds e um notebook. A outra metade não tão arrumada assim, tinha alguns livros, um notebook estava sobre a cama com cobertas pretas, estava claro qual lado pertencia a Baekhyun.

— Aqui — lhe entreguei um comprimido assim que achei a cartela.

— Obrigado, bichinho — bebeu o remédio junto com o café.

— Com quem você divide o quarto? — olhei em volta.

— Com o Chanyeol, no começo eu queria matá-lo, mas viramos amigos.

Baekhyun sentou-se na cama, cobrindo o tronco com o lençol, ele parecia cansado e o fato da febre estar alto me deixava um pouco preocupada.

— Você já acordou doente?

— Não, fiquei mal um pouco antes da hora do almoço — fechou os olhos por alguns segundos — senta, você parada está me dando aflição.

Me sentei na ponta da cama dele, Baekhyun pegou o notebook e pôs no colo. Ele estava digitando algo que eu não conseguia ver.

— Olha isso aqui — me estendeu o notebook.

Na tela, havia uma versão digitalizada de um dos meus desenhos, neste eu estava com Sehun, seu braço passava a volta de minha cintura e eu descansava a cabeça em seu peito.

— Por que passou meu desenho pro computador? — questionei aflita.

— Uma garantia e dei uma melhorada nele.

— Eu devia ter esperado algo assim vindo de você.

Baekhyun se cobriu mais, o remédio ainda não estava fazendo efeito. Ele comeu um pouco da comida que levei e bebeu o café.

— Quanto custou tudo? — sua voz continuava rouca.

— Não precisa pagar, já me deu aquele vestido.

— Eu insisto — parou por um momento, parecia estar se sentindo mal — não gosto de ficar devendo.

— Aigo, você não está bem — mordi o lábio apreensiva quando ele ficou pálido.

— Já tomei o remédio, vou ficar bem — se ajeitou na cama — pode ir se quiser.

— Posso esperar até que sua febre esteja mais baixa.

Peguei meu celular, Baekhyun não merecia que eu me preocupasse com ele, no entanto eu não conseguia ignorar uma pessoa doente. Algum tempo depois ele caiu no sono, chequei sua temperatura, estava mais baixa mas ele ainda parecia ter alguma dificuldade para respirar.

Tirei o notebook de seu colo, estava bloqueado então sem chance de eu mexer. O coloquei sobre a prateleira e peguei minha bolsa para ir embora.

— Não me deixe, Sohyun — eu parei lhe encarando, Baekhyun ainda estava dormindo — eu juro que foi sem querer. Por favor fique comigo.

Sai do quarto me perguntando quem era Sohyun e o que teria acontecido entre eles.

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 Mina tá preocupadinha.

 

Player 《 Baekhyun 》Onde histórias criam vida. Descubra agora