Mina pov
1 mês depois— Você não está grávida — repeti para mim mesma após olhar o teste — agora pare de se sentir assim.
Por um tempo eu quis acreditar que carregava um pedacinho de Baek comigo, mas só tínhamos transado sem camisinha uma vez, o que não me impedia de engravidar mas eu sabia que a chance naquele dia era pequena. Felizmente ou não, não havia bebê nenhum a caminho.
Tinha me acostumando a trabalhar na empresa, até fiz algumas amizades, a senhora Boo, era estranho chamá-la assim, já que ela só tinha 25 anos, estava grávida e eu acabei me aproximando. O senhor Boo trabalhava viajando e só estaria de volta daqui a uma semana, quando a filhinha deles deveria nascer.
— Já vou!— gritei quando ouvi alguém batendo na porta.
Eram 11 da noite, eu estava quase indo dormir e usava um pijama azul.
— Eunbi? — Encarei surpresa a senhora Boo que estava parada em frente a minha porta.
Ela tinha uma das mãos na barriga e se apoiava com a outra na parede.
— A Hye vai nascer — fez uma careta de dor — eu preciso de ajuda.
Comecei a entrar em pânico, não sabia o que fazer para ajudar, o melhor era ir ao hospital, certo?
— Ela não deveria nascer daqui a uma semana? —Perguntei assutada.
— Deveria mas tem alguém muito apressada aqui — respirou fundo.
Eunbi tinha os cabelos presos num coque, usava um vestido amarelo claro e parecia estar com dor.
— O que precisa que eu faça? — prendi meu cabelo num coque.
— Preciso ir para o hospital, mas o carro está com o meu marido...— me encarou — diga que pode me acompanhar, eu não tenho ninguém aqui.
— Eu posso, mas não tenho carro e mal sei onde ficam as coisas aqui.
A Hye não podia nascer no corredor do prédio, precisávamos chegar logo ao hospital. Eunbi parecia sentir mais dor a cada minuto que passava.
— A sua mala já está pronta? — questionei e ela assentiu — ok, vamos pegar suas coisas e eu chamo um táxi.
— Espero que não vá demorar.
Disquei o número que Eunbi mandou, eu estava com medo de que ela fosse dar a luz na sala do meu apartamento, mesmo sabendo que partos não são rápidos assim. Eunbi parecia estar mesmo com dor e eu não sabia como ajudar.Mal tive tempo de trocar de roupa, coloquei a primeira coisa que vi pela frente e em poucos minutos lá estava eu, com uma calça de moletom cinza e um casaco rosa, rumo ao hospital.
***
— Você consegue — eu encorajava Eunbi, no momento eu era tudo que ela tinha.
Ligamos para o marido dela, mas infelizmente ele não conseguiria chegar antes das 10 da manhã. Já eram 4 da manhã mas eu não conseguiria dormir enquanto aquela criança não nascesse.
— Aigo — ela ofegou — isso dói demais.
— Pense que logo vai ter sua garotinha nos braços — ela apertou minha mão começando a empurrar mais uma vez — vai dar tudo certo.
Eunbi apertou minha mão tão forte que eu pensei que iria quebrar, ela parecia exausta e eu não esperava que fosse diferente. O médico falava alguma coisa em japonês que eu não conseguia entender. Num momento o quarto ficou silencioso e tudo que pude ouvir era um choro de bebê.
Lágrimas encheram os meus olhos, Eunbi também chorava, fiquei encantada ao ver a pequena garota que era posta em seu colo. Ela era pequena e começava a ficar corada.
— Minha garotinha — Eunbi a acariciava em meio as lágrimas — minha Hye.
— Ela é perfeita— observei a criança que estava envolta numa manta.
— Quer segurar? — Eunbi questionou quase uma hora depois — ela está aqui por sua causa também.
Assenti apesar de hesitante, ela me estendeu Hye com cuidado e eu a segurei como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.
— Ela é tão linda— apertei a garotinha contra mim — nem parece real.
— Você fez um bom trabalho também — disse cansada — obrigada pela ajuda, você tem jeito com crianças.
— Um pouco — peguei a mãozinha da bebê — meu ex namorado dizia que eu levo jeito e um bebê com os meus olhos e o sorriso dele seria perfeito — sorri fraco lembrando de quando tive aquela conversa com Baek — pena que acabou.
— Ainda gosta dele, não é? — apenas assenti enquanto ninava Hye — quando é pra ser, as coisas se ajeitam. Se tiverem que ficar juntos, vão se reencontrar em algum momento.
— Espero que sim — acariciei o rostinho de Hye — foi um prazer ajudar.
Ela era tão pequena, parecia que iria quebrar apenas com um toque, imaginei como seria ter um bebê, ter algo que fosse meu e de Baek.
Narrador pov
Um mês longe de Mina tinham ensinado a Baekhyun que a dor não ia embora nunca, porém ele poderia viver com aquilo. Continuava assistindo as aulas, comendo e fazendo o que tinha que fazer, mas se sentia miserável.
A vida sem Mina, era amarga e não importa o quanto ele tentasse torná-lo doce de novo, jamais seria como antes. Sentou-se ao lado de Yixing numa das mesas do refeitório, o garoto estava lendo algo em mandarim que Baek não conseguia decifrar.
— Ainda na fossa? — Yixing pousou os olhos em Baek.
— Sinto como se nunca fosse sair dessa — murmurou remexendo na comida.
Até mesmo tinha procurado um terapeuta, mas infelizmente não era mágica e duas consultas não são o suficiente para superar alguém.
Chanyeol sentou-se de frente para os dois, o garoto sorria feito um bobo enquanto olhava a foto que Mina tinha lhe mandado. Era uma foto dela com Hye aninhada contra o peito, não poderia ser mais fofa.
— Do que está rindo? — Baekhyun questionou.
— Piadinha idiotas — Chanyeol mentiu abaixando o celular.
— Bem a sua cara isso — Baek comeu um pedaço de frango mesmo sem vontade.
— Deveria voltar a sair — Yixing sugeriu — vai ter uma festa épica esse fim de semana.
— Não quero, prefiro ficar em casa mesmo.
Os dois encararam Baekhyun de modo preocupado, o garoto andava distante, parecia que nada mais o fazia feliz. Baek não sentia mais vontade de fazer joguinhos, Mina tinha jogado o suficiente com seu coração.
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Não, a Mina não está grávida.
Resta saber quando o Baek vai sair dessa.
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Player 《 Baekhyun 》
FanfictionMina costumava desenhar discretamente imagens de Oh Sehun, líder do time de basquete da faculdade. Ela só não esperava que esse caderno sumisse e aparecesse nas mãos de Byun Baekhyun, um rebelde que começa a fazer chantagens assim que percebe o cont...