— Eu toco violino a muito tempo — Sasaki disse enquanto esperávamos Sana voltar do banheiro.
— Acho lindo mas não levo o menor jeito para essas coisas. — eu era um desastre musical.
— Eu quero sua ajuda" ele disse baixo — quero fazer uma surpresa para a Sana.
— Tudo bem, o que quer que eu faça? — sussurrei
— Eu não conheço quase nada em Seul, preciso que me ajude a encontrar um bom lugar para levá-la. — passou a mão pelos cabelos.
— Eu te...— parei de falar quando vi Sana se aproximando.
— Perdi alguma coisa?— Ela parou ao lado do namorado.
— O Sasaki estava me contando que ama tocar violino, ele até pensou em se juntar a orquestra da faculdade — disfarcei.
— Você tem que ver ele tocando — Sana sorriu — é encantador.
Os olhos dela pareciam brilhar enquanto falava dele.
— Eu iria amar — sorri.
— Vai jantar agora? — Sana questionou pegando a mão do namorado.
— Vou esperar o Baekhyun, nós vamos visitar a mãe dele — chequei o horário, ele estava atrasado.
— Então nos vemos depois — ela sorriu — me avise se não for passar a noite no dormitório, não quero ficar preocupada.
— Ok.
Sasaki e Sana se afastaram, eu me sentei num banco e fiquei a espera de Baek, ele não costumava se atrasar. 10 minutos depois ele finalmente apareceu e tinha uma expressão não muito boa.
— Está tudo bem? — Me levantei assim que ele se aproximou.
— É só dor de cabeça, depois do acidente eu as vezes fico assim — pegou minha mão.
— Devia procurar um médico — lhe encarei preocupada.
— Já procurei, todos dizem a mesma coisa, é algum tipo de sequela do acidente — engoliu em seco — a pancada foi muito forte.
'— Acho melhor visitarmos a sua mãe outro dia,você não me parece bem.
— Prometi que ia visitá-la e eu vou — insistiu.
— Baek...
— Depois você cuida de mim o quanto quiser — deu um sorriso fraco.
Fomos para a casa dos pais dele, eu me perguntava se o senhor Byun estaria lá, provavelmente sim, afinal a casa era dele, eu só desejava que ele não fosse querer provocar Baekhyun. A mãe de Baek logo abriu a porta, ela sorriu ao nos ver e eu apenas observei enquanto ela abraçava o filho.
— Boa noite, senhora Byun — eu fiz uma reverência.
— Fico feliz que tenham vindo — ela ajeitou os cabelos castanhos — entrem, eu fiz jjajangmyeon.
Eu seguia Baekh, ainda não sabia como agir perto da mãe dele, então preferia ficar calada do que dizer algo errado. Nos sentamos a mesa, a mãe de Baek fez questão de nos servir pratos cheios e sentou na ponta da mesa.
— Seu pai está trabalhando — ela disse enquanto nos observava comer — você deveria aparecer mais vezes e trazer a... qual o seu nome mesmo?
— Mina — sorri fraco.
— Viu? Você mal me fala o suficiente da sua namorada para eu aprender o nome dela. Sinto sua falta, Baek — suspirou — por que demora tanto a vir aqui?
— Meu pai não gosta que eu venha — ele comeu um pouco mais.
— Venha num horário em que ele esteja em casa. A verdade é que desde que o Yo morreu, você age como se não tivesse uma família — ela disse séria — eu ainda sou sua mãe.
— Me desculpe — disse baixo — eu vou vir mais aqui e trazer a Mina também
— Acho bom.— ela o serviu com mais comida.
A senhora Byun começou a me contar histórias de quando Baekhyun era criança,como a vez em que ele quebrou um vaso caro porque estava correndo pela casa. Ouvi-la falar dele me fazia sentir mais próxima de alguma forma,imaginava como deveria ser um pequeno Baek.
— Você me parece uma boa garota — ela comentou enquanto eu a ajudava a guardar as tigelas — espero que cuide bem do meu garoto.
— O Baek é cabeça dura — sorri fraco — mas no fundo, ele só precisa de ajuda e carinho.
— Eu espero que um dia, ele pare de guardar tanta magoa. Quero meu filho de volta.
***
— Vá deitar,eu vou fazer um chá para você — disse assim que entramos no apartamento dele.
Baek não estava se sentindo bem e pediu para que eu dirigisse na volta, eu não queria ter que passar a noite no apartamento dele, no entanto ele estava se sentindo mal, então eu iria abrir uma exceção. Até porque no dormitório eu não poderia entrar no quarto dele.
— Vai ficar aqui? — assenti.
— Só para garantir que você não vai passar muito mal — sorri fraco — já que não quer ir ao hospital.
— Vou ficar bem.
Fiz um chá de camomila e levei para ele, Baek bebeu lentamente e eu apenas o observei, não tinha muito que eu fosse capaz de fazer. Ele já tinha tomado um remédio, então teria que se contentar com chá até que pudesse tomar outro comprimido.
( coloquem a musica que está na multimedia lá em cima.)
— Você deveria dormir — eu disse e ele deixou a xícara no criado mudo — vai estar melhor quando acordar.
— Não quero, vou acabar sonhando com o Yo — passou a mão pelo rosto — eu nunca vou poder pedir desculpas a ele.
— O acidente não foi culpa sua. — me aproximei.
— Mas eu disse tantas coisas a ele, durante a vida toda, ele deve pensar que eu o odiava — soou cheio de culpa.
— Agora é tarde demais — falei séria — precisa esquecer isso ou esse sentimento vai destruir você.
— Acha que eu não quero?— sorriu amargo.
— Chega pra lá — pedi deitando ao seu lado e pegando sua mão — sei que deve ser difícil, se isso te atormenta tanto faça uma prece, escreve um diário, ponha seus sentimentos para fora.
— Não sei se algum deus me perdoaria — suspirou — eu sou estragado por dentro.
— Baek! Pare de falar como se tivesse feito a pior coisa do mundo, a culpa não foi sua — deitei com a cabeça em seu peito — aceite isso.
— Por que é tão boa comigo? — me encarou.
— Porque eu gosto de você mais do que deveria — minha mão traçava círculos contra seu peito.
— Nunca me deixe — ele sussurrou enquanto me acariciava.
Gostaria de poder prometer aquilo, mas as coisas nem sempre acontecem como planejamos.
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Baek precisa parar de se culpar.
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Player 《 Baekhyun 》
FanficMina costumava desenhar discretamente imagens de Oh Sehun, líder do time de basquete da faculdade. Ela só não esperava que esse caderno sumisse e aparecesse nas mãos de Byun Baekhyun, um rebelde que começa a fazer chantagens assim que percebe o cont...