Sixty four

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     Aquilo não podia estar acontecendo, olhei mais uma vez e tive certeza de que era Baekhyun caído ali, meus olhos se encheram de lágrimas e meu coração se apertou. Sai correndo do meu apartamento, eu precisava de ajuda.

   —  Tadashi! Me ajuda! — Eu batia desesperada na porta dele.

  —  O que foi? — Aparentemente Hye não estava mais lá.

  — O Baek foi atropelado, na porta do prédio —  falei já a beira das lágrimas.

   — Eu vou ver como ele está. Coloca uma calça, você não pode aparecer assim na rua.

   — Ok.

   Voltei para o meu apartamento, peguei o primeiro jeans que vi pela frente e vesti. O elevador parecia levar uma eternidade para chegar no térreo e eu só conseguia chorar. Quando cheguei a rua percebi que tinham várias pessoas ao redor de Baek, Tadashi estava ao lado dele.

  — Ele tem um corte feito na perna — Tadashi falou — está sangrando muito. 

  —  Baek? — Chamei mas ele não respondeu, estava inconsciente.

    — Já chamaram a ambulância. Vai ficar tudo bem — Tadashi tentava me acalmar.

   Parecia um pesadelo, Baek estava lá deitado de olhos fechados, sangrando muito e eu me sentia sufocada. Aquilo não dependia de mim, não havia uma única coisa que eu pudesse fazer para salvá-lo. O carro que o atropelou simplesmente sumiu de vista, eu nem mesmo sabia a placa.

  —  Eu não posso perdê-lo — peguei a mão de Baek, estava ficando frio — não é justo.

  ***

   A ambulância logo chegou, eu fui nela com Baek e Tadashi disse que iria logo depois. Os socorristas falavam tão rápido enquanto atendiam Baek que eu as vezes mal entendia o que estavam dizendo.

     Assim que chegamos no hospital, tive  que ficar esperando enquanto ele era examinado. Eu estava com tanto medo de que ele morresse, meu corpo tremia, eu só conseguia chorar e pedir para que ele ficasse bem. Poucos minutos depois, Tadashi apareceu, ele tinha um casaco em mãos e um copo de chá gelado.

  — Toma — me entregou o chá — comprei vindo pra cá, vai te deixar mais calma.

  — Obrigada.

   Ele sentou ao meu lado e pôs o casaco sobre as minhas costas. O que seria de mim sem ele?

     — Preciso avisar ao Chanyeol — falei um pouco mais calma.

   Mina: O Baek foi atropelado, estou esperando notícias no hospital.

   Mina: Ele estava perdendo muito sangue.

   Mina: Eu estou com medo Chan. Não quero perdê-lo.

  Poucos minutos depois ele respondeu.

    Como isso aconteceu?: Chan oppa

Me avise assim que tiver notícias, já sabe o estado dele?: Chan oppa

O Baek é forte, ele vai sair dessa: Chan oppa.

Minna: Ele estava inconsciente, mal sei quais foram os ferimentos.

Não se desespere, ele vai ser bem cuidado, me dê notícias assim que puder: Chan oppa

Minna: Ok.

   A próxima hora pareceu se arrastar, eu bebi todo o chá, avisei todas as pessoas que precisava e até mesmo tentei dormir mas nada me deixava melhor. Faziam quase três horas que Baek tinha sido levado quando um médico se aproximou de nós.

  — Acompanhantes de Byun Baekhyun? —  Assenti  — sou o Doutor Hayashi, nós suturamos o corte na perna dele, conseguimos fechar a artéria, o mais preocupante no momento é a perda de sangue, não temos bolsas de sangue O o suficiente para ele, alguém precisará fazer uma doação. 

  — Como ele está? 

  — Aparentemente ele também teve um trauma na cabeça que o deixou inconsciente, precisamos esperar para ver como o corpo dele vai reagir — disse sério  — o mais importante é conseguir sangue para ele, sem isso a sua recuperação ficará comprometida. Caso encontre alguém que doe sangue, chame uma das enfermeiras.

   O Doutor Hayashi se afastou e eu estava ainda mais aflita, eu não podia doar sangue para Baek, nossos tipos sanguíneos não eram compatíveis.

  — Tadashi, qual seu tipo sanguíneo? 

  — O — ele engoliu em seco  — mas eu não sei se posso doar.

  —  Você é o único que pode salvar ele, por favor.

—  Mina, eu fiz uma tatuagem um mês atrás — engoliu em seco — se eles souberem não vão me deixar doar.

  Ele não me contou que tinha feito uma tatuagem, mesmo quando passamos horas juntos.

 — Por que não me contou?

 — É num lugar...que você não pode ver — suas bochechas estavam corando.

 Oh..ok.

  — Não conheço mais ninguém que possa doar, vamos assumir o risco — respirei fundo — se eles perguntarem você mente.

 — Mina..

 — Ele vai morrer, Tadashi! — havia um nó em minha garganta — nós precisamos tentar.

  —  Tudo bem —  ele engoliu em seco — eu vou tentar.

   ***

   — Como se sente? — Eu me sentei ao lado de Tadashi.

  Ele havia doado sangue para Baekhyun e agora tinha que permanecer sentado pelos próximos 15 minutos.

  — Meio fraco mas disseram que isso é normal — ele deu um sorriso fraco.

  — Obrigada, por salvar o Baek e cuidar de mim. Eu não sei o que faria sem você  — o abracei.

  — De nada, eu só estou fazendo o que gostaria que fizessem por mim — ele me soltou.

  — Você parecia bem aflito com a agulha, como teve coragem de fazer uma tatuagem?

  — Quando eu era criança fiquei muito doente e tive que ser internado. A enfermeira responsável pela ala pediátrica não era muito paciente, ela acabava me machucando sempre que tinha que tirar meu sangue ou por soro — ele se encolheu — sempre acaba com marcas roxas, depois disso agulhas hospitalares me dão aflição. Mas com a tatuagem é diferente, não me lembra hospital. 

  — Nossa — eu me encolhi — que horror, deve ter sido péssimo.

  Tadashi apenas assentiu e começou a comer o lanche que o hospital lhe dera. Eu estava ansiosa para poder ver Baekhyun. 

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Tadashi salvando o Baek

Resta saber se só sangue é suficiente

Últimos capítulos estão vindo aí.

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