[ coloquem a música da multimédia ]
Baekhyun recebeu permissão para visitas, meus pés pareciam colados no chão quando parei em frente ao seu quarto. Estava com medo de entrar lá, minhas mãos tocaram a maçaneta fria e eu suspirei antes de abrir a porta.
O quarto tinha paredes brancas, a cama e Baekhyun estavam cobertos com um lençol branco de listrinhas azuis. Ele usava uma daquelas mascaras para respirar, uma bolsa de sangue ficava ao lado de sua cama e ele tinha um pequeno curativo na testa. Me sentei na cadeira ao lado dele, encarei o aparelho que monitorava seu coração, queria ter certeza de que ele ficaria bem, infelizmente não podia.
Meus dedos se entrelaçaram nos seus, o semblante de Baek era sereno, ele parecia uma criancinha dormindo.
— Não pode morrer, não agora quando tudo está dando certo. Você, tem que acordar, por favor — eu sussurrei.
Não obtive resposta, ele nem mesmo se mexeu ou murmurou algo. Me perguntei se o senhor Byun ficaria feliz caso o filho morresse, será que Baek ainda tinha algum valor para ele?
— Sinto muito por um dia ter partido seu coração — afastei os cabelos em sua testa — eu sei que no começo eu te odiava e você não era a melhor pessoa também. Só que agora eu te amo, você não pode me deixar assim.
Lágrimas caiam por meu rosto, eu apoiei minha cabeça no espaço vazio na borda da cama, meu coração parecia pesar dentro do meu peito, aquela sensação era horrível. Sentia como se a felicidade estivesse escapando por entre os meus dedos.
Justo agora que tudo estava se acertando, quando parecia que as coisas iam dar certo, mais uma aflição nos cercava. Senti algo se mexendo e me levantei, Baek havia acordado, ele tentava falar mas parecia estar com dificuldade.
— Shh não diga nada — afaguei seu cabelo — você vai ficar bem, meu amor.
Ele pegou minha mão e a apertou.
— Vou avisar ao médico que você acordou — sorri em meio as lágrimas.
***
Assim que acordou Baek ainda parecia meio confuso, mas conforme o efeito da medicação foi passando ele se tornou mais consciente. Os exames não mostraram nenhum dano cerebral e eu torci para que suas dores de cabeça não voltassem.
Ele estava acordado a dois dias, segundo o médico se continuasse evoluindo bem teria alta até o fim de semana.
— Nunca mais me assuste desse jeito — falei enquanto comia mais um biscoito — achei que fosse morrer.
— Vaso ruim não quebra tão fácil — falou ainda com a voz sonolenta enquanto tentava se sentar.
— Não se esforça tanto — eu reclinei um pouco a cama — você ainda precisa descansar.
— Verdade, tenho que guardar minha energia para depois — deu um risinho safado mas em seguida uma careta de dor tomou seu rosto.
— Vou fingir que nem ouvi isso — voltei para meu lugar e continuei comendo meus biscoitos.
O responsável por atropelar Baek ainda não havia sido identificado, as câmeras da rua encontraram o carro, que estranhamente estava parado ali a um tempo, mas a placa não era compatível com as do sistema. As coisas estavam mais calmas, logo eu poderia voltar para a Coréia.
Chan oppa: Como o Baek está?
O médico disse que ele está evoluindo bem mas ainda é preciso ficar de olho nele: Minna.
Chan oppa: Que bom ^-^
Chan oppa: tenho uma boa noticia.
Chan oppa: Me livrei de todos os documentos. Podem voltar assim que o Baek tiver alta.
SÉRIO? Mal posso esperar: Minna
Narrador pov
— Perseguir pessoas é crime — Momo sorriu irônica assim que Sehun começou a andar ao lado dela.
— Eu não estou te perseguindo, esse corredor é público.
" Quando vai parar de ficar atrás de mim?" A garota parou de frente para ele.
— Quando você parar de me odiar — suspirou — podemos ser pelo menos amigos?
— Colegas — Momo se deu por vencida — mas não teste a minha paciência.
— Que bom — Sehun sorriu satisfeito — te vejo por aí loirinha.
— Não me chame assim — franziu o cenho — não sou a Momo de antes.
— Também não sou o Sehun de antes e vou te provar isso — piscou se afastando.
Do outro lado da cidade, Chnayeol treinava pesado, costumava treinar com Wang mas agora que ela estava viajando teria que treinar sozinho. O suor escorria por seu rosto mas ele não podia parar, precisava ficar em forma e garantir que estaria pronto para qualquer situação.Chanyeol tinha uma missão a cumprir e não poderia falhar.
Mina pov
— Diga ah — eu tentava fazer Baekhyun comer.
— Eu não estou com fome — falou emburrado.
— Você perdeu muito sangue e precisa repor isso. Então acho bom comer ou enfio esse ensopado pela sua goela — sorri cínica — agora diz ah.
— Ah — ele abriu a boca e eu lhe dei um pouco de ensopado.
— Chanyeol disse que podemos voltar para Seul — sorri — assim que você tiver alta.
— O que eu espero que seja logo.
— Vai ter que se segurar com essa perna machucada. Nada de esforços até os pontos secarem.
— Nada que você não possa resolver.
— Baek! — Desviei o olhar me sentindo envergonhada — você quase morreu e mesmo assim ainda está pensando em sexo?
— Quando se trata de você, nada nunca é o suficiente — eu estava pronta para rebater mas ele me interrompeu — eu amo seu jeito de levar a vida, o modo como tende a se sacrificar pelas outras pessoas. Eu amo o modo como me fez querer ser melhor por você e como me amou mesmo com todos os meus defeitos — ele acariciou minha bochecha — e isso soa tão clichê mas eu te amo bichinho e não tem nada que eu não faria por você.
— Awwn, aigo eu vou chorar — cobri minha boca.
— Eu sinto muito pelo modo como começamos, por ter sido um jogador que só queria se aproveitar de você, vou passar o resto da minha vida tentando me redimir. Mas eu nunca vou me arrepender de te amar, Mina.
Eu sorri, já estava chorando feito uma boba.
— Eu faria tudo de novo se soubesse que acabaria assim— comecei — embora eu não acredite que uma pessoa nasça predestinada a outra, eu acredito que não existe ninguém melhor para mim do que você. Eu te amo, Baekhyun e não me envergonho disso.
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Mais tarde eu posto o epílogo
Playing with fire esclarece algumas coisas que foram deixadas no ar em player.
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Player 《 Baekhyun 》
FanficMina costumava desenhar discretamente imagens de Oh Sehun, líder do time de basquete da faculdade. Ela só não esperava que esse caderno sumisse e aparecesse nas mãos de Byun Baekhyun, um rebelde que começa a fazer chantagens assim que percebe o cont...