Encarei meu vestido sobre a cama. ele era azul marinho com a gola branca assim como os detalhes das mangas que iam até o cotovelo. Achei que aquilo era apropriado para se usar num jantar de família, era arrumado na medida certa, nada muito extravagante.
A minha grande dúvida era se eu deveria ir ou não. Estava com tanta raiva de Baekhyun, que apenas pensar nele já me irritava, seria preciso muito autocontrole para não querer matá-lo em frente a família. As vezes me perguntava se Baekhyun estava fazendo todo aquele jogo porque gostava de me ver sofrer.
Terminei de me arrumar, minha maquiagem era leve, apenas um batom avermelhado e um blush para dar uma aparência mais saudável. Eu tinha uma beleza mediana, mas apenas atributos físicos não são suficientes para causar boa impressão, precisava mostrar aos pais de Baekhyun que eu não era apenas uma jovem fútil.
Agradeci por Sana estar fora, ela me daria um sermão sobre como eu estava me iludindo ao pensar que teria meu caderno de volta. Saí do meu dormitório e fiquei esperando em frente ao prédio. Baekhyun apareceu com seu ar superior de sempre, ele usava uma camisa social cinza. jeans escuros e alinhados, com um sapato marrom. Estava mais arrumado do que eu pensei, tinha se livrado do gorro que sempre usava, seus cabelos caiam sobre a testa mas tinham uma pequena divisão.
— Pensei que desistiria de ir — murmurou enquanto entrei no carro.
— Jamais lhe daria esse gostinho — sorri cínica.
Se Baekhyun queria jogar, então eu seria uma adversária à altura, não iria mais explodir tão fácil, deixaria ele pensar que estava no controle e então daria o bote quando estivesse desprecavido.
— Meu pai pode ser um pouco autoritário, mas não se intimide.
— Se eu posso lidar com você, então eu consigo lidar com qualquer um — chequei minha aparência no retrovisor do carro.
— Você ainda nem viu meu pior lado — sorriu debochado.
Com certeza eu não queria conhecer seu pior lado. Baekhyun era uma incógnita, possuía boas notas mas era arrogante e insuportável. Por trás de tudo aquilo deveria haver algo, quem sabe um segredo horrível que me perturbasse. Toda aquela implicância comigo apenas piorava a situação, ele parecia gostar de me provocar.
O carro foi estacionado em frente a uma bela casa que ficava numa área nobre de Seul. Tinha uma arquitetura moderna e até um segundo andar com janelas de vidro, pelo tipo de construção eu sabia que provavelmente era mais cara que metade das casas do meu bairro juntas.
Desci do carro ajeitando meu vestido, talvez eu devesse ter colocado algo mais arrumado. Esperava me sair bem ou pelo menos sobreviver àquele jantar.
— Vamos, meu bichinho — Baekhyun me estendeu a mão.
— Isso não é necessário — utilizei minhas mãos para segurar a bolsa rente ao corpo.
Pelo menos dessa vez eu teria algum controle da situação. Engoli em seco quando Baekhyun bateu na porta. E se os pais dele não gostassem de mim? Pior, e se eles fossem tão insuportáveis quanto o filho? Porque com certeza ele puxou aquela personalidade de alguém.
Uma mulher com traços que lembravam Baekhyun, abriu a porta. Ela usava um vestido de poá inteiramente preto, a elegância parecia fluir dela mas mesmo assim tinha um ar de simplicidade, o que me deixou um pouco mais calma.
— Omma — Baekhyun deu um breve sorriso.
— Baek.. — ela sorriu contida — faz tanto tempo que não vem me visitar. Eu estava com saudades.
— Estive ocupado com a faculdade — notei que ele parecia apreensivo — esta aqui é Mina, minha namorada.
— È um prazer conhecê-la — fiz uma reverência.
— Baekhyun só me falou de você quando disse que viria jantar, esse garoto sinceramente... — ela fez um olhar de repreensão para ele e me encarou — mas você me parece uma boa garota, pelo menos assim ele lembra de voltar para casa.
Ela fez sinal para entrarmos e eu segui pouco atrás de Baekhyun, precisava adicionar à minha lista mental o fato de que ele quase nunca visitava a família, aquilo poderia ser útil.
Por dentro a casa era ainda mais encantadora, o chão de madeira praticamente reluzia, o sofá era de um tom claro e me parecia sofisticado como tudo ali, pelo visto Baekhyun era o rebelde sem causa, filho da família rica, clichê.
Um homem que fisicamente lembrava Baekhyun, estava sentado no sofá, havia uma mulher ao seu lado, muito bonita por sinal, ela sorria enquanto ele lhe sussurrava algo.
— Beom hyung — Baekhyun comprimentou o homem que agora eu sabia ser seu irmão — Seolla, é bom ver vocês.
Ele estava dócil demais para o meu gosto.
— Finalmente resolveu aparecer — Beom segurava a mão da garota a seu lado.
— Não pude vir antes.
— E quem é essa? Não me diga que alguém bonita assim namora você — eu corei e Seolla deu um risinho.
— A Mina é minha namorada — Baekhyun pegou minha mão e eu deixei mesmo odiando — você não é o único que pode trazer garotas bonitas aqui.
Sua mão era quente em comparação com a minha, seus dedos deslizaram perfeitamente entre os meus como se estivessem encaixados.
— Finalmente o Baekie conseguiu fazer algo certo — Beom provocou.
Talvez ser venenoso fosse de família.
— Pai — Baekhyun apertou minha mão quando um homem de cabelos escuros e curtos entrou na sala.
— Finalmente voltou para casa, cansou de dar desgosto e resolveu parar de ser uma desonra? — Baekhyun apertou minha mão com ainda mais força.
Agora eu entendia a preocupação dele com relação ao jantar, o clima ali não era nada bom.
— Fico feliz em ver o senhor também — debochou — quero que conheça Mina, minha namorada.
— Pelo visto em algo você é bom — o senhor Byun me olhou de cima a baixo.
Aquela seria uma longa noite.
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Lembrem-se se tiver sem travessão, é a versão antiga, tem que carregar de novo.
Baekhyun tem problemas com a família.
Eu só vou ter aula terça feira então vai dar para att bastante.
Eu tô empolgada com essa nova versão, espero que vocês gostem também. Se quiserem interagir comigo, o meu twitter é goovintage
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Player 《 Baekhyun 》
FanfictionMina costumava desenhar discretamente imagens de Oh Sehun, líder do time de basquete da faculdade. Ela só não esperava que esse caderno sumisse e aparecesse nas mãos de Byun Baekhyun, um rebelde que começa a fazer chantagens assim que percebe o cont...