— Pronto — entreguei o maldito documento a Baekhyun.
— Até que você é útil — sorriu após conferir a assinatura.
Me levantei, eu não queria ter que olhar na cara dele, Baekhyun já havia me complicado demais. Saí daquela sala, nem sabia o que estava fazendo ali, ele poderia ter me feito assinar o documento em outro lugar. Estava claro que não teria meu caderno de volta tão cedo.
— Mina — sua voz soou atrás de mim — não saia andando sozinha por aqui, pode ser perigoso.
— Ficar perto de você já é perigoso.
— Você vai voltar comigo — começou a caminhar ao meu lado — mas só quando eu quiser.
— Não pode me prender aqui!
— Então saia sozinha e tente sobreviver aí fora — deu de ombros — não é como se eu me importasse.
Bufei irritada, teria que ficar naquele local a mercê de Baekhyun. Segui em direção a parte que mais parecia um cassino, com certeza aquele lugar era ilegal. Afinal se estavam escondidos era por medo de que a polícia ou alguém descobrisse.
— Quero mais um favor seu — Baekhyun subitamente pegou minha mão.
O que mais ele queria de mim?
— Não já me usou o suficiente?
— Não — sua expressão cínica me fazia querer bater nele até que perdesse a consciência — finja ser minha acompanhe essa noite.
— Acompanhante? — ergui a sobrancelha — como uma dessas mulheres em vestidos caros, apostando e sorrindo de maneira idiota para os homens?
— Parece que você entendeu.
***
Depois de mais de uma hora vendo Baekhyun jogar e me exibir para os outros, eu estava entediada. Tinha pego coquetéis sem algo no bar e salgadinhos no nome dele, se Baekhyun queria me manipular pelo menos teria que me manter alimentada.
Baekhyun estava jogando poker, um dos caras da mesa também tinha uma garota ao lado, mas ao contrário de mim, ela parecia entertida. Saí sem que ele percebesse, estava em dúvida entre pedir algo para comer e apenas ficar rodando pelo local.
Uma figura masculina alta entrou em meu caminho, ele usava roupas sofisticadas e eu o cabelo penteado para trás com gel era realmente bonito.
— Você é nova aqui — me olhou de cima a baixo. Como ele sabia? — quem conseguiu uma coisa tão deliciosa como você?
Eu queria vomitar só pelo jeito como ele me olhava, talvez o canivete fosse ser necessário.
— Me deixe em paz, nós não nos conhecemos e eu não sou uma das garotas daqui — tentei me afastar mas ele segurou meu braço.
Se eu conseguisse abrir minha bolsa..
— Eu posso pagar bem — sua voz era macia e sedutora — não se preocupe.
— Não sou uma prostituta! — estava começando a ficar assustada e não conseguia alcançar o canivete em minha bolsa.
— Entendo, é discreta — sorriu parecendo não acreditar — quer jóias? Drogas?
— Me solte — consegui me desvencilhar dele — eu vou gritar se tocar em mim de novo.
— Ninguém vai acreditar em você — sua mão deslizou por meu braço até parar em meu pulso — todas as mulheres aqui, ou tem dinheiro e vem jogar, ou são alpinistas atrás de homens ricos que lhes banquem, você não parece se encaixar na primeira opção então...
O desespero estava começando a crescer dentro de mim, não deixaria aquele desconhecido fazer nada comigo, nem que precisasse enfiar uma faca em sua jugular. Ele começou a me levar na outra direção, eu tentava destravar a bolsa mas parecia emperrada.
— Jaebum, essa garota é minha — nunca fiquei tão feliz por ouvir a voz de Baekhyun.
Não, eu não sou sua, mas vou deixar você falar assim porque está me ajudando.
— Que pena — Jaebum me soltou. Então na palavra de um homem ele acreditava? — ela poderia me servir tão bem.
— Vamos — Baekhyun pegou minha mão de forma desajeitada — eu disse para não se afastar.
— Deveria ter mais cuidado com ela — Jaebum me deu uma boa olhada.
Baekhyun me levou de volta a sala dele e me fez sentar no sofá, ele soltou minha mão quando viu meu pulso avermelhado. Seus olhos percorreram meu corpo como se ele estivesse procurando por algum ferimento, eu estava assustada demais.
— Ele te machucou? — neguei observando Baek ir até o frigobar e me entregar um saco com gelo — eu disse para ficar perto de mim, Mina. As pessoas aqui não são confiáveis.
Inclusive você.
— Eu quero ir para casa, já brincou comigo demais por uma noite — me encolhi mantendo o gelo sobre o pulso, não iria ficar roxo — não quero pensar no que aquele cara poderia ter feito.
— Eu te levo em casa — mordeu o lábio — só porque foi um bichinho útil.
— Para de me chamar assim!
— Vamos, meu bichinho — disse estalando a língua.
Eu oficialmente o odiava.
***
O caminho até o meu dormitório foi preenchido com músicas de R&B tocando no rádio, a letra de algumas fez minhas bochechas corarem e eu apenas mantive meus olhos focados em meu colo ou na pista a frente.
— Pronto — o carro estacionou em frente ao dormitório — descanse, amanhã eu digo o que quero de você.
— Quando vai me deixar em paz?
— Quando eu me cansar — me dirigiu um olhar preguiçoso.
— Não vou a mais lugar nenhum com você. O que aconteceu hoje já me dá um potimo motivo.
— Acho que o Sehun vai amar aqueles desenhos.
— Eu te odeio — saí batendo a porta do carro.
— Te encontro amanhã — gritou antes que eu entrasse no prédio.
Eu tinha que recuperar aquele caderno, precisava descobrir onde ele escondeu.
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O que mais o Baekhyun vai querer?
Era para eu ter atualizado antes, mas tava fazendo trabalho da faculdade.
Qual o filme favorito de vocês? O meu é Enrolados ^-^
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Player 《 Baekhyun 》
FanfictionMina costumava desenhar discretamente imagens de Oh Sehun, líder do time de basquete da faculdade. Ela só não esperava que esse caderno sumisse e aparecesse nas mãos de Byun Baekhyun, um rebelde que começa a fazer chantagens assim que percebe o cont...