— Olá, senhor Byun — fiz uma reverência — é um prazer conhecê-lo.
— Igualmente, você me parece bem educada — seus olhos pareciam me examinar — o que me surpreende pelo fato de namorar Baekhyun.
Mantive o sorriso simpático no rosto, apesar do clima tenso. O senhor Byun, claramente não apoiava o estilo de vida do filho, o que me fez querer amenizar as coisas para Baekhyun, por mais que ele não merecesse minha ajuda. Eu e minha mania de tentar consertar os erros dos outros.
— Seu filho pode ser um homem interessante, quando quer — sorri falsamente.
— O que você cursa? Suponho que faça faculdade.
— Arquitetura, estou me esforçando ao máximo para manter um bom currículo.
Eu não era a melhor aluna da turma, mas tinha notas boas. Queria que os meus pais se orgulhassem de mim, eles não costumavam me pressionar mas eu não queria decepcioná-los.
— Vejo que é esforçada, quem sabe no futuro poderá construir novos prédios para a minha empresa — sorriu satisfeito — isso sim é útil, Baekhyun.
O dedo de Baekhyun acariciou as costas da minha mão, ele parecia apreensivo e todo aquele contato estava me deixando nervosa. Ninguém parecia interferir, mesmo quando o senhor Byun estava sendo tão duro.
— Aish, o senhor nunca elogia nada do que eu faço.
— Porque você nunca faz algo certo — soou de modo frio — me pergunto como pude criar alguém como você.
— O jantar será servido — a mãe de Baek se aproximou e eu agradeci por acabar com aquele clima.
Nos sentamos a enorme mesa de jantar, fiquei ao lado de Baekhyun, ele parecia distante. O cheiro de carne de porco fez minha fome aumentar, logo a mesa estava cheia com toda uma variedade de comida. Eu jantava em silêncio, aquele clima tenso me deixava nervosa, imaginei que para Baekhyun, deve ter sido difícil crescer num lugar como aquele.
Minha família nunca foi rica mas também nunca passamos necessidade, o fato de eu ser filha única fez com que eu recebesse ainda mais atenção dos meus pais, apesar de ocupados com o trabalho, eles sempre tiravam um tempo para mim. Nossa relação sempre foi boa, com certeza se eu tivesse crescido num lar turbulento, não seria quem sou hoje.
A relação familiar dos Byun não me parecia boa, se eles eram assim na minha frente, por trás deveriam ser ainda piores. Não queria admitir mas me senti um pouco mal por Baekhyun, talvez aquela fosse a razão de sua personalidade complicada.
— Beom, quando vocês pretendem me dar netos? — a senhora Byun encarou o filho e Seolla.
A garota corou, ela tinha longos cabelos tingidos de castanho, uma pele lisa e boca bem desenhada, sua beleza era encantadora.
— Por enquanto estamos focados no trabalho — Beom olhou com ternura para a esposa — mas quem sabe depois do meio do ano.
— Mal posso esperar para ter uma criança correndo pela casa novamente, faz tanto tempo... — seu rosto se tornou triste de repente, como se tivesse lembrado de algo ruim — de qualquer modo, uma criança alegrará nossas vidas.
Seolla apenas assentiu com um sorriso.
— Estamos precisando de alguém que tome conta do novo escritório — o senhor Byun limpou a boca com um guardanapo — infelizmente Baekhyun ainda não é confiável o suficiente.
— Quando irei ser o suficiente para o senhor?
— Quando se comprometer com a empresa e parar de agir como se carros e festas fossem o centro do mundo.
— Não quero essa vida de escritório para mim — Baekhyun parecia estar ficando irritado — não foi algo que eu escolhi.
— Você precisa tomar um rumo! — o pai lhe encarou sério — por acaso pretende ser um vagabundo para sempre?
— È difícil atingir as expectativas de alguém que odeia tudo o que eu faço.
Eu apenas observava tudo sem saber o que fazer, dei um gole no meu vinho tentando me acalmar.
— Se acalmem, isto deveria ser um jantar de família — a senhora BYun pediu — não estamos aqui para brigar.
***
O resto do jantar correu sem brigas, os pais de Baekhyun pareciam ter me adorado, já ele estava ainda mais ranzinza quando saímos de sua casa, e com razão.
— Seu pai parece bem rígido — mantive meus olhos focados na pista.
— Ele odeia tudo o que eu faço — a mágoa em sua voz era visível — mas não pretendo mudar.
— Tem algum motivo para ele te tratar assim?
— Acho melhor não falarmos disso hoje, meu bichinho — e lá estava o maldito apelido.
— Prefiro que me chame de Mina.
— Mina — meu nome estalou através dos seus lábios — é bonito igual a você.
Apenas assenti, ele não parecia estar com disposição suficiente para me provocar.
— Sinto muito pelo modo como o seu pai te trata.
— Eu avisei que ele era um babaca, vai pagar por tudo o que me fez.
— O que de tão sério ele fez? Você tem muito rancor guardado.
— Mando a única pessoa que eu amava embora — bufou — queria me fazer pagar por...
— Pelo quê?
— Esqueça, eu já baguncei a sua mente demais — estacionou em frente ao dormitório — te vejo quando tiver alguma missão para você.
Por acaso eu virei agente secreta?
— Você nunca vai me devolver aquele caderno, não é?— suspirei irritada.
— Aqueles seus desenhos são tão sujos — provocou enquanto eu saía — é o seu corpo desenhado junto com o dele? Tá de parabéns, aposto que vão te achar uma pervertida.
— Você é ridículo — bati a porta com força.
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Quem já leu sabe do que o Baek tá falando mas não deem spoiler por favor.
Mina cada vez mais irritada.
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Player 《 Baekhyun 》
FanfictionMina costumava desenhar discretamente imagens de Oh Sehun, líder do time de basquete da faculdade. Ela só não esperava que esse caderno sumisse e aparecesse nas mãos de Byun Baekhyun, um rebelde que começa a fazer chantagens assim que percebe o cont...