Sixty two

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  —  Preciso tomar um banho antes de ir pra casa — comentei me apoiando em meu cotovelos e encarando Baekhyun.

 Havíamos dormido por aproximadamente 1 hora, lá fora deveria estar começando a escurecer e eu tinha que ir antes que ficasse tarde demais. Se pudesse eu ficaria ali para sempre mas infelizmente nem tudo era como eu queria.

 — Posso tomar banho com você? — ele se virou para mim.

— Acho que tudo bem...eu...

— È só um banho, eu já te vi nua mais de uma vez.

  — Tudo bem.

  O banheiro do quarto em que Baek estava não era muito grande, ele ligou o chuveiro e deixou que eu entrasse primeiro. Eu esperava que ele fosse tentar alguma gracinha, mas ao invés de isso apenas pegou o sabote e pôs um pouco na mão. Ele começou a me ensaboar, mas aparentemente sem numa segunda intensão.

—  Relaxa — ele deu um pequeno sorriso — estou tomando um banho com a minha namorada, só isso.

  Conhecendo Baek ficava até difícil acreditar que ele não iria querer tirar proveito daquilo, no entanto ele não tentou transformar aquilo em algo sexual, acho que ele sentiu falta das pequenas coisas tanto quanto eu. Fiquei na pontas dos pés e passei shampoo em seu cabelo, logo fazendo um topete com a espuma.

  — Yah, você parece uma criancinha — ele riu  sujando a ponta do meu nariz com espuma.

 —  Olha só quem fala — ri enquanto fazia com que ele terminasse de lavar o cabelo.

   O som das nossas risadas se misturou, aquele momento parecia perfeito e eu queria que durasse para sempre. Terminamos de tomar banho e eu me vesti, estava triste por ter que ir embora.

  —  Não vá ainda — ele me abraçou por trás e descansou a cabeça em meu pescoço.

   — Está ficando tarde.

  — Jante comigo, ainda não quero deixar você ir —  me apertou — 5 meses se arrastaram e um dia com você passa tão rápido.

   —  Mal posso esperar para poder voltar — afaguei sua cabeça — sinto falta de Seul.

    — Sinto falta de você — ele deu beijinhos em meu ombro.

  —Vai ficar quanto tempo em Osaka?

  — 5 dias.

—  Só? — choraminguei — é muito pouco.

   — Não quero que meu pai desconfie — pegou minha mão — por isso não fui até seu apartamento, ele podia acabar descobrindo.

  — Maldita hora em que assinei aquele documento — bufei.

  — A culpa foi minha, e agora você está pagando por isso.

  — Nós vamos dar um jeito — me virei de frente para ele — agora acho que alguém aqui ia me levar para jantar.

    Narrador pov

Estava começando a escurecer e Momo só queria voltar para seu dormitório, passara o dia estudando e agora só queria descansar. Ouviu um barulho vindo da direção da quadra, quem ainda estava ali uma hora dessas? Não devia ir lá, não era da conta dele.

   Ouviu um grito frustrado, talvez alguém precisasse de ajuda, foi até a quadra, Sehun estava sentado no chão com as mãos apoiadas sobre os joelhos, a cabeça encostada na parede e os olhos quase fechados.

  — Se lembra de quando eu te ensinei a jogar? — Sehun disse a encarando.

  — Queria não lembrar— suspirou — achei que alguém precisava de ajuda mas é só você.

   — Quantas vezes eu vou ter que te pedir desculpas?

  Sehun se levantou com algum esforço e deixou uma das mãos sobre o tórax, estava machucado e talvez ficasse fora do próximo jogo.

—  Perdoar não é esquecer — Momo ajeitou a franjinha — não tenho raiva de você, só não consigo confiar como antes.

Ela não conseguia mais esperar nada de bom vindo de Sehun, queria que ele fosse feliz mas bem longe dela.

  — Acho que vou ter que lidar com isso — mumurou.

   Sehun caminhava devagar, estava com dor, nem devia ter ido treinar mas se recusava a ficar fora do jogo.

  — Eu já vou — Momo avisou antes de se virar.

   Sehun e ela não podiam ser amigos como antes, tudo estava diferente, talvez não houvesse conserto para aquilo.

    — Momo!— Sehun a fez parar —tem uma coisa que você precisa saber.

  Sehun não queria ter mais segredos, Momo tinha que saber toda a verdade, por mais doloroso que fosse, ele não queria mais se culpar por nada.

  — Diga —ela se virou.

  — Acho melhor você sentar por que não é tão rápido assim.

  Sehun sentou-se num dos bancos da arquibancada e Momo fez o mesmo sentando-se um pouco distante dele.

  —  Eu não te deixei só por causa do time...

  — Não quero mais falar sobre isso — Momo o interrompeu, aquele assunto era doloroso para ela.

—  Eu tenho que te falar a verdade — engoliu em seco — lembra quando você me levou pra uma festa na casa dos seus pais? — A garota assentiu — o seu pai quis me oferecer dinheiro pra eu te deixar.

  Não, aquilo só podia ser mentira, por que o pai dela faria isso?

—Por que ele faria uma coisa dessas?

  — Porque você tinha dinheiro e eu não tinha nada. Ele disse que se eu não me afastasse de você ele ia te mandar embora e tinha toda aquela coisa do time...

  — Essa história está muito mal contada e nada disso justifica o que você fez. Podia ter terminado comigo antes de me usar, podia ter me dito a verdade! — Momo passou as mãos pelo rosto, queria sair dali — por que está me dizendo isso depois de tanto tempo? Não cansou de brincar comigo?

 —  Porque eu não consigo parar de pensar em você! Eu não consigo me perdoar pelo que fiz.

  —Apenas me esqueça.

  Sehun não queria esquecer, ele iria lutar por Momo

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  Minbaek só amor

Sehun e Momo nunca se acertam


A fic tá acabando, que dorzinha no coração.

 

 

  

 

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