PVO ANNABELLE
Acordei com o barulho do sinal tocando, aleluia aquela merda de aula de geografia tinha acabado. Poha. Eu odeio geografia ( Tia Frisk: me too.). Levantei da minha cadeira e sai da sala, indo ate a biblioteca, não por que eu era uma garota aplicada e estudiosa, que se foda a escola, eu gostava da biblioteca porque ninguém ia la, e como eu não gosto de pessoas, aquele era o lugar perfeito.
Corro meus olhos pelos livros cuidadosamente organizados nas estantes, passando minha mão por eles. Todos empoeirados. Sim, a biblioteca daqui era praticamente abandonada. Nem os nerds da escola vinham pra cá.
Depois de passar por todas as estantes da biblioteca, sento em uma das cadeiras que haviam la e começo a mexer no celular. -Ei, você! não e permitido mexer no celular na biblioteca!- olho para a velha bibliotecária que gritava comigo de sua mesa -também não e permitido falar alto aqui- disse, a senhora respirou fundo e voltou a fazer seu trabalho, voltei a atenção para meu celular. Fiquei assim ate o sinal bater, indicando o final do intervalo, levanto da minha cadeira e vou para sala de aula. Eu não tinha ideia do que seria a próxima aula, então cheguei na sala, sentei na ultima carteira da sala, coloquei meus fones de ouvido, e deitei minha cabeça na mesa, fechando meus olhos.
Dessa vez, não acordei com o sinal, e sim, com a alta voz do Corey Taylor ( vocalista do Slipknot) cantando a musica Psychosocial, a minha preferida da banda, levanto a cabeça da minha mesa e vejo meu professor de historia na sala, ele estava guardando seus materiais, assim como toda a sala. Eu agradeço mentalmente por ter dormido a aula toda. Como nem havia tirado meus livros da bolsa, apenas aguardo o sinal, sentada na minha cadeira, enquanto me espreguiçava. Havia sido uma boa hora de sono.
Assim que o sinal toca, saio da sala, e já vou direto para a saída. Poha, estava morta de fome, não via a hora de chegar no orfanato para comer.
Quando chego no portão da escola, paro. Olho para o céu, e xingo a minha vida de todos os palavrões possíveis. Estava chovendo. Que merda. Não que eu não goste de chuva, é que, andar da minha escola ate o orfanato na chuva seria um inferno. Coloquei o gorro do meu moletom e sai andando na chuva, que por sorte, não estava tão forte.
Eu andava calmamente pelas ruas, que estavam desertas, pois ninguém seria louco de sair andando na chuva assim. As pessoas passavam por mim de carro, e eu, tinha que ficar sempre atenta para não tomar um banho com as inúmeras possas que se formavam na rua, mas, se um carro passasse muito rapidamente por elas, com certeza me encharcaria.
Uns 10 minutos depois, eu já estava no orfanato. O meu moletom preto estava encharcado, assim como minha calça e minha bolsa da escola. Assim que entrei no orfanato, Rose já veio me acudir, me falando para tomar um banho quente antes do almoço, e me perguntando por que eu não liguei para ninguém para vir me buscar, eu apenas disse que preferia ir apé mesmo na chuva.
Subi as escadas e fui tomar um banho, eu estava congelando. Logo depois do banho, vesti outro moletom e uma calça confortável, já que passaria o dia no orfanato. Estendi minhas roupas encharcadas no varal interno do orfanato e fui almoçar.
Deitei na minha cama e fiquei olhando um pouco a chuva através da janela. Ela tinha aumentado. Hoje ara um ótimo dia para ficar jogada na cama sem fazer poha nenhuma. Coloco uma musica qualquer para tocar no meu celular e começo a pensar na vida, e em coisas aleatórias, ate me perder em meus pensamentos.
-Annabelle- diz Rose, na porta do meu quarto -tem uma pessoa aqui querendo te ver- termina ela, sorrindo. Que merda. Quem caralhos poderia ser? Odeio visitas para mim. Respiro fundo e levanto da minha cama, tirando meus fones, depois, sigo Rose ate seu escritório, e la, vejo um homem que parecia ter uns 30 anos, ele tinha cabelos escuros e olhos castanhos, poha, por que aquele cara queria me visitar? ele era um estuprador por acaso?
-Annabelle, esse é Will, ele esta interessado em adotar você, e queria te conhecer pessoalmente- disse Rose, e a unica coisa que me passava pela cabeça naquele momento era: poha, que merda.
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Vivendo com a Morte
HorrorÀs vezes a falta de algumas pessoas na sua vida podem te deixar um pouco perturbada. Às vezes a sede de vingança se torna maior que sua sanidade, se tornar maior do que sua humanidade. A sede de vingança e a sede de sangue andam lado a lado, uma só...