19.

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Não me lembro muito bem de como foi a viagem de avião, já que, no segundo que entrei la, já me pus a ler um livro qualquer que achei, e fiquei assim a viagem inteira, que, aproposito não foi nem tao longa assim, deve ter demorado, no máximo umas 3 horas.

Descendo do avião, numa cidade totalmente desconhecida, passo meus olhos por todas as direções, procurando algo que identificasse em que lugar eu estava, mas nada.

Sou guiada ate um carro, onde Will diz algumas coisas em uma língua que eu não conhecia, e o motorista, assustado, começa a dirigir ultrapassando qualquer limite de velocidade permitido, e ignorando qualquer placa e pare ou sinal vermelho.

Durante todo o percurso, ninguém falava nada. Tanto Will quanto o motorista estranhão pareciam estar ambos muito tensos. E eu ainda não havia conseguido descobrir que cidade era essa em que estávamos.

Finalmente, depois de muito tempo, o carro parou, e estávamos em frente a o que parecia ser uma fabrica abandonada, alguns momentos antes do carro parar de andar, já havia começado a chover, e as pequenas gotas que batiam no vidro do carro faziam um barulho relaxante, mas agora, a relaxante chuva fora substituída por uma terrível tempestade, que, de 5 em 5 minutos, raios iluminavam o céu, já escuro por causa da chuva, e trovões faziam a tarde, antes quieta e relaxante, barulhenta como o inferno. E assim que adentramos os portões convenientemente abertos da fabrica abandonada, o carro parou dentro de uma garagem, cujo o portão dela esta convenientemente aberto.

Assim que o carro estacionou, ambos os portões fecharam, primeiro, o que dava entrada a fabrica, e logo depois, o portão da garagem. Assim, fui obrigada por Will a sair do carro, pegar todas as minhas malas e segui-lo. Antes mesmo de Will tocar na maçaneta da unica porta que havia na garagem, e essa era do lado oposto do portão, o que simbolizava que aquela era a unica passagem da garagem para o resto da fabrica, alguém abriu a porta, era um homem alto e... espera, eu conheço esse homem... ele... ele era o homem parado em frente ao tumulo dos meus pais... mas que merda...? o homem olhou para Will, depois, para mim, e depois de alguns segundos em silencio, disse: -Como vai, Annabelle?- eu não respondi. Apenas o encarei por um tempo, mesmo sem conseguir ver seus olhos, pois os mesmos estavam cobertos por um óculos escuro, alias, todo o seu corpo estava coberto. Ele usava um sobretudo fechado preto, e um cachecol, também preto, que cobria sua boca e metade de seu nariz, ainda, usava um chapel.

-Essas são todas as coisas dela?- perguntou o homem misterioso a Will, e esse apenas acenou em confirmação com a cabeça. -antes, precisamos eliminar todas as testemunhas, não e mesmo?- disse o homem, tirando do bolso traseiro do sobretudo uma arma, e atirando contra o taxista, que estava parado ao lado do carro, o barulho do tiro faz com que eu leve um susto, e Will, ao meu lado apenas fecha os olhos tentando ignorar o que acabou de acontecer.

-Agora podemos prosseguir- disse o homem, e mesmo que eu na o pudesse e sua boca, sabia que ele estava sorrindo. ele chutou minhas malas para perto do corpo morto do taxista - na verdade... - começou ele - Will, você poderia tirar o carro daqui? e um belo carro, eu realmente não quero que ele queime com as outras coisas.

E assim fez Will, como o homem mascarado lhe pediu. O portão foi aberto, o carro, retirado, will entrou novamente na garagem, abandonando o carro la fora, e o portão foi novamente fechado, por mais que a garagem não fosse tão grande, ela deveria ter uns 10 metros de altura, mas estava completamente vazia.

O homem apontou para um galão vermelho num canto da garagem, e pediu para que Will o pegasse, e mais uma vez, como um bom animalzinho de estimação, Will o pegou. Gasolina. Assim que Will abriu o galão e começou a despejar o seu conteúdo no cadáver do taxista e nas minhas malas, eu já pude identificar o forte cheiro da substância. Mas que poha estava acontecendo? Eu acho que o meu choque era tão grande, que estava me impedindo de esboçar qualquer reação sobre o que estava acontecendo.

Assim que o galão se esvaziou, Will acendeu um fosforo e o jogou em cima das minhas malas, e o fogo começou a queima-las instantaneamente, assim como fez com o corpo do taxista, e enquanto eu olhava o fogo, cada vez maior, queimar tudo aquilo, sinto uma agulha em meu pescoço, logo em seguida, apago.

Vivendo com a MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora