Gravida!!!

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Foi uma semana exaustiva, eu estava perfeitamente bem, Dr. Smith me deu o diagnóstico de depressão e stress, pediu para eu descansar mais uma semana, eu fiquei tão mal que nem voltei a Paris, me arrastava da cama para o banheiro, até que o alarme tocou na minha cabeça, eu não tinha menstruado já tinha dois meses, eu me sentei tão rápido na cama que minha cabeça latejou – Não pode ser? – abrindo a boca, minhas injeções estavam em dia, eu fiquei furiosa com a médica que trocou minha injeção, puxei o telefone celular disquei para ela.

"Que merda a Senhora fez?", já disse logo irritada, acho que a acordei com o meu rugido no telefone, "Eu estou atrasada há dois meses".

"Ah!... Quem fala?", disse a médica com a voz tremula.

"Victória D'Villa... Estive em seu consultório a quatro meses a traz e a senhora trocou minha injeção e agora acho que estou grávida... Eu não quero estar grávida!".

Minhas lágrimas desceram com tanta raiva que eu poderia entrar no telefone e bater naquela medica, ela suspirou no telefone, "Pode me encontrar no consultório em meia hora!".

"Claro!", disse desligando e pulando da cama, me arrumei com uma roupa simples, calça jeans, camiseta, jaqueta e tênis e saí sem fazer alardes, desci pela garagem e peguei um táxi logo de cara e segui para Manhattan.

A médica me esperava no saguão do prédio, eu me senti como uma adolescente que acaba de engravidar do namorado e vou levar uma surra por isso, ela sorriu para mim e subimos, lá ela me entregou um potinho e me mandou ir a banheiro, eu não sabia se vomitava ou fazia xixi, eu estava completamente estressada com tudo aquilo, lhe entreguei o potinho depois de meia hora, ela me olhou e sorriu.

"Você está péssima!".

"não brinca?", disse debochada e cruzando os braços, ela colocou o palito no potinho e ficamos olhando para ele.

"É!... Está gravida!", disse ela sorrindo, "Meus parabéns!".

"parabéns?", disse quase em choro, "Eu perdi três filhos e quer me dar parabéns?... Eu tomo a droga da injeção justamente para não engravidar e quer me dar os parabéns?".

Meu estomago revirou e só tive tempo de puxar o lixinho e vomitar, eu chorava ao mesmo tempo, eu não queria aquele filho, eu iria mata-lo assim que algo de ruim acontecesse, me torci na frente da médica, eu estava desesperada, ela se sentou ao meu lado, acariciando minha costas.

"Não é sua culpa de engravidar assim... Às vezes a injeção não dura o mês inteiro é seus hormônios deveriam estar descontrolados".

A olhei, "E agora?... Eu não tenho um útero bom!".

Ela torceu a boca achando aquilo improvável, "Vamos fazer um ultrassom e ver como está o seu bebê e de quanto tempo está grávida".

Fomos para outra sala, lá me preparei e me deitei, a médica colocou gel na minha barriga e começou a espalhar e a apertar, eu nem conseguia respirar de tanta ansiedade e mal estar, o bebê estava lá, três meses e todo formadinho, eu chorei ao vê-lo, eu o queria e ao mesmo tempo não, eu tinha medo do que eu podia provocar, chorei copiosamente escutando o coração bater forte, a Dra. Laura me olhou com ternura, "Você está saudável, tem um bom diâmetro de útero e está tudo perfeito e seu bebê está bem, batimentos cardíacos normais e está acordado e sentindo o que você está sentindo".

"Me de algo para o enjoo, pelo amor de Deus".

Ela riu gostosamente e voltamos para o consultório, lá me receitou um comprimido para o enjoo, vitaminas e acido fólico e repouso e nada de me estressar, dormir bastante e tentar não trabalhar muito, mas ela acreditava que eu estaria bem até o final, remédio da pressão eu teria que tomar mesmo não tendo a pressão alta, já que tive eclampsia, sai de lá e caminhei como uma desconhecia pelas ruas de Nova York, quando me vi, estava em frente aos tapumes das torres gêmeas, me sentei no chão encostava onde seria a torre onde Ash faleceu e chorei, eu não sabia o que fazer, eu não queria engravidar e muito pior, casar com o pai do meu bebê, eu me sentia sozinha e sem esperança, eu não conseguia me ver com um bebê nos braços, feliz e amando, até o momento eu só conhecia dor, todas as vezes que achava que seria feliz tudo desmoronava.

Continua:

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Amor de Primo - Pt.2 (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora