Me arrumei, vesti a calça social e a camisa e a tal sapatilha, até que fiquei bonita, arrumei bem meu cabelo os prendi em um coque desconstruído e cheio de fios soltos, enrolei nos dedos e os soltei, não fiz a maquiagem, deixando meu ar triste, dando a verdadeira impressão que estou em tratamento, chorar a tarde na sala de Bergman me ajudou a ficar com olheiras, o diretor bateu na minha porta e entrou, eu era a única que conseguia manter a porta do meu quarto fechado, o resto das meninas não.
"Eu disponibilizei a sala de reunião para você e o Sr. Taylor que já está aí com um advogado!".
"Obrigada Senhor!", voltei a por o ultimo grampo no meu cabelo e saí com ele.
Não conseguia gravar o nome do homem, parecia tão complicado e não conseguia decorar, então me limitava a dizer apenas Senhor, assim não saia tão desrespeitoso a sua pessoa, segui com ele para um piso superior, e ele abriu a porta e dei de cara com Taylor andando de um lado para o outro estranhando em ter sido levado para lá, assim que me viu veio em minha direção.
"O que está acontecendo!?", indagou ele aflito.
"Sente-se Taylor, vamos conversar!", disse o pondo para dentro da sala e me voltei ao diretor, "o Senhor pode me avisar assim que o Senhor Vincent chegar?".
Ele torceu a boca, "Tudo bem!", disse se sentindo o perfeito empregado.
"O Senhor será muito bem recompensado por isso, desde que me deixe usar salto nesses dias!", pisquei para ele sem sorrir e entrei.
"Taylor você tem algum blazer aí com você?", perguntei olhando para o que vestia, mesmo com malha, ficaria bom com um paletó.
"Tenho no carro!... Por quê?", ele achou estranho.
"Corra e pegue... O Sr, Vincent chegará a qualquer momento, quanto isso, o senhor aqui faz as apresentações e me de a procuração e quero que ele fique se for possível!".
Taylor abriu a boca espantado e caiu na gargalhada, "O homem está na França trabalhando... Ele nem é louco de vir aqui!". Ele me olhou e viu que eu estava séria, e parou de rir, "Então é verdade!?".ele se levantou e saiu quase atordoado, eu sabia o quanto era importante para ele manter essa conta e Viridiana estava tentando derrubar a todos, por Ash ser o majoritário da empresa, eu passei a responder.
O advogado me passou a procuração e eu li e assinei e esperamos por Taylor e assim que ele entrou estava branco, "ele chegou!".
Sorri grata, "Quero que fiquem calados e escutem e se eu falar alguma besteira, aí sim pode entrar na conversa, mas me deixem resolver isso".
Me levantei e abri a porta, Taylor assinava a procuração, eu confiava nele e sabia que não iria fazer besteiras, pois Ash sempre estava conversando e dando conselhos.
"Vincent, quanta honra!", disse a ele sorrindo, ele me olhou bem, seu sorriso era terno e compadecido e me deu um abraço de pêsames, eu o abracei com força e chorei, mesmo tentando ser forte, eu não consegui, nos desgrudamos, ele me estendeu o lenço, nos sentamos, eu pedi para me darem um tempo e fiquei em silencio. "Está sendo muito difícil, mas Taylor tem se mostrado um ótimo amigo e os pais de Ash.. São magníficos e são os responsáveis por me salvarem!".
"Eu entendo e sinto muito... De verdade!", ele soltou um longo suspiro, "Ash era um rapaz incrível e dedicado".
"E Taylor também é dedicado e responsável Sr. Vincent... Eu não entendi sinceramente sobre a quebra do contrato se já estamos na finalização da obra e estamos começando o outro empreendimento!?".
Vincent se remexeu na cadeira e me olhou desconfiado, "Sua empresa está a Deus dará!... Viridiana me enviou um e-mail com fotos e não existe trabalhadores por lá, simplesmente abandonaram desde que Ash morreu!".
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Amor de Primo - Pt.2 (COMPLETO)
RomanceVictória buscas forças para continuar sua jornada, mas o sofrimento é grande pela perda de Ash, ela culpa Nigel pelo que aconteceu, foi um castigo por ter se entregado a ele, novamente a separação é inevitável. Victória vai parar em uma clinica para...