Um Amor Fantasma

visita a um passado

Chegamos em casa num silencio total, não tinha ninguém como sempre, então eu fui para o meu quarto e deitei.

Sabrina: por que não contou que tinha mais alguém? - o questionei ele apenas abaixou a cabeça e logo depois veio em minha cama e sentou-se.

Lucas: me desculpa! É que eu nem sabia que ele estava do mesmo estado que eu - ele falou me olhando com cara de desculpa.

Sabrina: tudo bem, só não faça mais isso ok? Tem que me contar tudo! É preciso! Se não como espera que eu confie em você se você esconde as coisas? - falei me sentando na cama, ele apenas suspirou.

Lucas: tudo bem. Quando eu era vivo, uma garota totalmente igual a você morou perto desta casa, eu e ela nos tornamos amigos e nosso sentimentos foram aumentando, mas nosso amor era proibido. Nossos pais tinham uma rixa, porém,  prometemos um ao outro que nunca deixariamos de nos amar, o que eu não sabia era que meu irmão também a amava, ou bom, ama a você - eu fiquei surpresa - ele tinha tanta raiva de nós que prefiriu morrer do que deixar-nos felizes e assim ele fez, essa casa pegou fogo e você morreu nos meus braços, de tanta raiva eu jurei por vingança e agora só posso ir embora se eu completar o que tanto me prende aqui - lagrimas começaram a cair de meus olhos.

Sabrina: não pode ser... Você... Jurou por vingança? - ele apenas assentiu - se você é um fantasma e eu uma reencarnação, por que estou viva? Por que eu não esperei até que você vivesse novamente? - perguntei desorientada.

Lucas: não sei como explicar, mas é seu destino, vem cá - ele pegou a minha mão e foi me dirigindo até o porão, onde não tinha nada a não ser uma cadeira - eu ficava aqui quando eu queria ficar só ou quando eu ficava de castigo, esse lugar era meu amigo e inimigo, não se espante, vou te mostrar um lugar no meu tempo - ele falou segurando a minha mão, eu apenas assenti e logo depois eu via um campo com flores, o campo de casa, tinha arvores lindas e floridas - assim como nessa vida, na outra você também cuidava desse campo - depois de um momento a minha silhueta apareceu perto das flores - todos tinham inveja do seu campo, fizeram trabalhos nele, mas ele nunca perdeu a beleza, ele continuava do jeito que você está vendo, as árvores insistiam em ter mais folhas para que você pudesse deitar embaixo e descançar ou ler um livro, as flores insistiam em ser mais bonitas e ter o melhor cheiro só pra você ir e cheira-las para que depois todos sentinssem o seu perfume impreguinado em você, a terra inssistia em ser fofa e confortável para você, a grama insistia em não ser desconfortável, esse campo te adorava, venerava você, assim como você o venerava e cuidava com todo o amor e carinho - ele contava enquanto me olhava, olhava a outra eu sentar embaixo de uma árvore e ler um livro.

Sabrina: o campo quando eu cuidava era assim? - falei olhando para o outro eu até que Lucas foi ao encontro dela e a beijou na testa - é errado sentir ciumes? - falei olhando para o Lucas do meu lado, ele deu risada e me abraçou.

Lucas: por que ciumes? Estou aqui agora! E sou seu - então eu dei um sorriso e apoiei minha cabeça em seu ombro - ta na hora de irmos - eu apenas assenti.