CAPÍTULO 10: A primeira vez que ele esteve com a família dela.

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A Liga dos Campeões havia voltado para Dortmund e finalmente Eve ia conseguir assistir a um jogo já que André, como de costume, havia dado um par de ingressos para a namorada.

Como o jogo caiu durante a semana, Eve saiu um pouco mais cedo do trabalho para passar em casa antes de ir para o Westfalenstadion.

Era Borussia Dortmund contra Real Madrid. Ela não perderia aquilo por nada nesse mundo. Nem por um chefe chato gritando que ele deveria ganhar ingressos por liberá-la mais cedo.

A ideia era chegar em casa, passar correndo pelo chuveiro, colocar a camisa 21 embaixo de diversos casacos e pular no metrô até o Signal.

Eve se surpreendeu ao chegar em seu prédio, e encontrar um rosto bem conhecido sentado na soleira do mesmo.

- Pai?

O homem levantou os olhos, sorriu e se pôs em pé, ao ouvir aquela palavra que ele não cansava de ouvir há vinte e cinco anos.

- O que faz aqui?

Era uma pergunta honesta. Seus pais nunca apareciam em seu apartamento sem avisá-la. Seu pai nunca apareceu sozinho do nada.

- Estava com saudades. Você nunca mais apareceu.

A culpa caiu sobre os ombros de Evelin. Desde que ela conheceu André, nunca mais foi até a casa dos pais. Não era por mal, ela adorava ficar com o namorado, e quando ele não estava junto, Ana fazia muita companhia para ela.

Eve não se sentia sozinha nunca. E pela primeira vez ela se deu conta daquilo.

Ela se abaixou e pegou a sacola do pai que estava no chão e juntos eles entraram no prédio e depois, no apartamento dela.

A casa não estava extremamente arrumada, mas estava boa o suficiente para Eve mostrar ao pai que a filha se virava sozinha. Foi entrar no quarto e bater o olho no envelope na mesa de cabeceira, que ela se lembrou: era dia de ópera no estádio.

- Papai? Você se importaria de ir ao estádio comigo? - correu até a sala, onde o pai estava sentado no sofá.

- Seu namorado vai estar lá? - o homem perguntou e Eve riu - Eu só acho que devia ter visto vocês dois pessoalmente antes de uma foto em um jornal.

- Depois que eu descobri como os paparazzis são chatos, acho que eu nunca corri tanto em minha vida. Tudo para fugir deles.

- Insistentes?

- Muito. E tudo por uma foto comprometedora, ou um ângulo errado que dê para inventar alguma mentira - Eve bufou - De qualquer forma, acho que agora eles já estão enjoando de mim. Graças a Deus - ela sorriu.

- E logo você que nunca gostou de ser o centro das atenções - o homem comentou e Eve concordou - Enfim, ele vai estar lá?

- Prometo que faço vocês virarem amigos depois do jogo.

- Vocês não costumam se ver antes?

- Não - ela estava tão feliz em falar sobre André com seu pai - Normalmente eu mando uma mensagem avisando que cheguei no estádio. Em dia de Liga dos Campeões? Ele se fecha e fica concentrado na bola e no campo, só.

- Não imaginei que viria a Dortmund em dia de jogo importante - o pai de Eve se levantou animado - Como é que vocês dizem aqui?

- Heja BVB!

- Heja BVB! - o homem repetiu animado e Eve correu para abraçar o pai.

Eve então conseguiu correr para o banho e logo saiu com o pai para o Westfalenstadion.

Erstes MalOnde histórias criam vida. Descubra agora