CAPÍTULO 20: A primeira viagem de verão deles.

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André entrou de férias após a Copa do Mundo e ele só queria saber de algo: viajar. Queria sair de Dortmund, sair da Alemanha, esquecer que voltou para casa com a medalha de prata e que naquele ano, ele não tocou na Taça FIFA, por mais que tivesse chego muito perto.

— Nós vamos pro Brasil — André simplesmente disse uma manhã quando Eve abriu os olhos.

A vontade dela era virar para o outro lado e voltar a dormir, mas sabia que não teria discussão. Havia prometido a ele que em uma próxima viagem, iria para onde ele quisesse.

— Rio de Janeiro — André continuou, e Evelin continuou aninhada embaixo do lençol.

— Você tem certeza? — ela estava apreensiva — Você não prefere ir para o Caribe? Ou Ibiza? Grécia? — ela perguntou em dúvida.

André balançou a cabeça em negação, ele tinha certeza que seu destino seria o Rio de Janeiro.

— Eu sei o que você está pensando — ele, que estava sentado na cama, deitou de lado e apoiou a cabeça no travesseiro — Eu acabei de perder uma Copa, e quero ir para o lugar que eu ganhei a outra — Eve esboçou um sorriso pela primeira vez naquela manhã, André realmente a conhecia muito bem — O Brasil é um lugar que me fez feliz. Eu quero voltar para lá, e quero dividir minha alegria com você.

Evelin então se apoiou na cama e aproximou de André dando um selinho.

— Vamos para o Brasil — ela então sorriu para o namorado — Já sabe quando?

— Consegue férias?

— Acho que eu posso dar um jeito nisso — ela piscou para ele.

Uma semana depois o casal desembarcou no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, após 12h de voo. André estava com a aparência cansada, enquanto Evelin estava disposta e sorria até para o oficial de imigração brasileiro. Ao pegarem as malas, e passarem pelo free-shop, puderam sentir o calor carioca. Era inverno no Brasil, mas aquilo não significava nada naquela cidade.

— Ei — Evelin cutucou o namorado enquanto estava em um carro a caminho do hotel — Achei que você estaria mais animado em estar aqui.

— Eu estou — e então apontou para fora, onde uma imensidão azul podia ser vista — Como alguém pode não ficar animado por estar aqui?

Era a primeira vez de Evelin na América do Sul e fora da Europa. O namorado tinha razão, olhar para aquele mar e o sol brilhando era uma sensação indescritível, não tinha como não estar animado por estar ali.

— Então por que você está com essa cara estranha?

— Sono — André torceu o nariz fazendo careta — Não dormi nada de Frankfurt até aqui — Evelin o olhava intrigada — Acho que eu estava ansioso para chegar.

— Dré! — a namorada chamou a atenção e passou a mão pelo seu rosto — Pelo amor de Deus, e o que você fez a noite inteira? Por que não me acordou?

— Evelin, por favor — ele rolou os olhos — Assisti filme, andei pelo avião, plantei bananeira — ele riu da última parte — Não foi de tudo sofrido — foi a vez de Evelin rolar os olhos por conta do comentário — De qualquer forma, chegamos e nós vamos aproveitar tudo o que essa cidade tem a oferecer.

— Só espero que o sol não seja uma dessas coisas — Eve murmurou.

O sol transformava o céu em algo lindo, mas se fosse para ficar estirada em uma cadeira torrando, ela dispensava completamente.

— O sol é uma dessas coisas.

O casal então fez check-in no seu hotel no Leblon, bairro carioca. A vista do quarto era simplesmente espetacular. Todo o Oceano Atlântico a perder de vista para eles. Do outro lado, o morro e o hotel simplesmente espremido entre os dois.

Erstes MalOnde histórias criam vida. Descubra agora