André levou Evelin para as Maldivas em lua-de-mel. O casal passou uma semana em um hotel com bangalôs em pleno Oceano Índico, onde eles puderam simplesmente descansar e ficar quase incomunicáveis naquele paraíso.
Para Evelin, a volta foi uma tortura. O casal fez uma curta conexão em Dubai, antes de chegar em Düsseldorf, e durante o voo de sete horas, ela sentiu a necessidade de ir duas vezes ao banheiro. Seria o certo para uma pessoa normal,mas ela não tinha o hábito de ir com frequência ao toalete.
— De volta! — André sorriu para Evelin quando o avião pousou em Düsseldorf.
A esposa de André não demonstrou felicidade ao que ele falou, mas procurou sua bolsa, nos compartimentos da poltrona primeira classe.
— Não consigo ficar feliz em saber que estamos na Alemanha, quando falta no mínimo mais uma hora até chegarmos em casa.
— Eve, o que houve? — André se esticou em sua poltrona, pegando na mão dela.
— Passei mal de Dubai até aqui — ela suspirou, de olhos fechados.
O avião taxiava pela pista em baixa velocidade, enquanto a comissária dava as boas vindas à cidade alemã, além de informações como hora e temperatura local. Evelin só queria que o avião tivesse parada total, as portas fossem abertas e ela fosse uma das primeiras a desembarcar.
Voar na primeira classe era caro e extremamente desnecessário, nas palavras de Evelin, mas naquele momento, ela dava graças a Deus pela prioridade no desembarque.
— Mas o avião balançou mesmo dos Emirados até aqui.
Evelin negou com a cabeça, discordando das palavras do marido. Já havia sofrido turbulências severas e nunca em sua vida havia passado mal ou sentido enjoos durante o voo.
Dubai — Düsseldorf havia sido especial.
— Eu sabia que eu não posso comer nada diferente do que estou acostumada — ela soltou uma risada irônica — Foi qualquer coisa árabe que eu inventei de experimentar na conexão. Tenho quase certeza que foi aquele tal de Mhamara.
— Mhamara. — André pôs a mão no queixo tentando lembrar — Era um negócio vermelho, não era? — Evelin concordou rindo — Do que era feito aquilo, Evelin?
— Não sei! Mas era ruim! — ela gargalhou — André, eu posso ter me envenenado.
— Meu Deus, como é dramática!
Evelin não se sentiu mal ao longo do dia. André a carregou no colo para dentro do apartamento e o casal passou o resto do primeiro dia como casados em casa, na cama, fazendo o que eles sabiam fazer melhor: se amando.
Com a volta da lua-de-mel, a vida também voltou ao normal. Eles já moravam na mesma casa, já tinham sua vida juntos. A única coisa que mudou foi um anel no dedo certo, e um papel assinado pelos dois como acordos nupciais.
E a enorme quantidade de presentes espalhado pela sala e pelos quartos extras do apartamento.
Evelin podia arriscar que iriam demorar no mínimo três meses para conseguir guardar tudo.
— O que você vai fazer hoje?
Era domingo, André estava se preparando para ir a Brackel, enquanto Evelin ainda estava se espreguiçando na cama.
Em algum lugar do mundo existe uma lei que está permitido enrolar na cama o quanto quiser durante o fim de semana.
— Almoçar com a Ana. Desde quando nós voltamos das Maldivas que eu não a vi ainda. Ela quer saber todos os detalhes.
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Erstes Mal
FanfictionErstes Mal, expressão em alemão que significa 'primeira vez', em português. Em um relacionamento existem diversas fases, mas em todas elas, sempre existe uma primeira vez. Primeiro beijo, primeira festa, primeira crise de ciúmes. André Schürrle, ca...