CAPÍTULO 23: A primeira (de duas) gravidez.

3.9K 273 208
                                    

André levou Evelin para as Maldivas em lua-de-mel. O casal passou uma semana em um hotel com bangalôs em pleno Oceano Índico, onde eles puderam simplesmente descansar e ficar quase incomunicáveis naquele paraíso.

Para Evelin, a volta foi uma tortura. O casal fez uma curta conexão em Dubai, antes de chegar em Düsseldorf, e durante o voo de sete horas, ela sentiu a necessidade de ir duas vezes ao banheiro. Seria o certo para uma pessoa normal,mas ela não tinha o hábito de ir com frequência ao toalete.

— De volta! — André sorriu para Evelin quando o avião pousou em Düsseldorf.

A esposa de André não demonstrou felicidade ao que ele falou, mas procurou sua bolsa, nos compartimentos da poltrona primeira classe.

— Não consigo ficar feliz em saber que estamos na Alemanha, quando falta no mínimo mais uma hora até chegarmos em casa.

— Eve, o que houve? — André se esticou em sua poltrona, pegando na mão dela.

— Passei mal de Dubai até aqui — ela suspirou, de olhos fechados.

O avião taxiava pela pista em baixa velocidade, enquanto a comissária dava as boas vindas à cidade alemã, além de informações como hora e temperatura local. Evelin só queria que o avião tivesse parada total, as portas fossem abertas e ela fosse uma das primeiras a desembarcar.

Voar na primeira classe era caro e extremamente desnecessário, nas palavras de Evelin, mas naquele momento, ela dava graças a Deus pela prioridade no desembarque.

— Mas o avião balançou mesmo dos Emirados até aqui.

Evelin negou com a cabeça, discordando das palavras do marido. Já havia sofrido turbulências severas e nunca em sua vida havia passado mal ou sentido enjoos durante o voo.

Dubai — Düsseldorf havia sido especial.

— Eu sabia que eu não posso comer nada diferente do que estou acostumada — ela soltou uma risada irônica — Foi qualquer coisa árabe que eu inventei de experimentar na conexão. Tenho quase certeza que foi aquele tal de Mhamara.

Mhamara. — André pôs a mão no queixo tentando lembrar — Era um negócio vermelho, não era? — Evelin concordou rindo — Do que era feito aquilo, Evelin?

— Não sei! Mas era ruim! — ela gargalhou — André, eu posso ter me envenenado.

— Meu Deus, como é dramática!

Evelin não se sentiu mal ao longo do dia. André a carregou no colo para dentro do apartamento e o casal passou o resto do primeiro dia como casados em casa, na cama, fazendo o que eles sabiam fazer melhor: se amando.

Com a volta da lua-de-mel, a vida também voltou ao normal. Eles já moravam na mesma casa, já tinham sua vida juntos. A única coisa que mudou foi um anel no dedo certo, e um papel assinado pelos dois como acordos nupciais.

E a enorme quantidade de presentes espalhado pela sala e pelos quartos extras do apartamento.

Evelin podia arriscar que iriam demorar no mínimo três meses para conseguir guardar tudo.

— O que você vai fazer hoje?

Era domingo, André estava se preparando para ir a Brackel, enquanto Evelin ainda estava se espreguiçando na cama.

Em algum lugar do mundo existe uma lei que está permitido enrolar na cama o quanto quiser durante o fim de semana.

— Almoçar com a Ana. Desde quando nós voltamos das Maldivas que eu não a vi ainda. Ela quer saber todos os detalhes.

Erstes MalOnde histórias criam vida. Descubra agora