Traces of Paint • H.S

Return.❄️

Voltei meu povo!
Quer dizer, vou voltar aos poucos, Ainda tenho provas de 4° bimestre pra fazer. Mas tô livre do Enem!
Agora uma pausaaaa total pra esse desenho que uma das leitoras de TOP( Traces Of Paint) mandou pra mim. Tô num relacionamento sério com esse desenho.
Obrigadaaaaaa Sherry Van Dorste pelo desenho maravilhoso.

PRECISO que alguém me dê informações de como eu posso fazer uma playlist da fic. Em que site faz isso e como funciona. AGRADEÇO :)

Leiam com a versão acústica de "Shot- Imagine Dragons"

Capitulo de transição,
O próximo vêm pra arrebentar seu coração.

Lia enrolou o cachecol sobre o pescoço enquanto seus olhos se relutavam em abrir, todo seu corpo estava dormente por ter acabado de levantar da cama. No relógio cor de anil pendurado na parede da cozinha os ponteiros mostravam que faltavam dez minutos para cinco horas da manhã. Estava na hora de entregar os jornais.

Ainda cambaleando de sono, a menina foi até a pequena escrivania do seu quarto e pegou seus óculos de grau. Raramente os usava, mas como na noite passada havia ficado ate tarde a fazer um trabalho de literatura para a senhora O'Connel seus olhos pareciam secos e nublados.

Como sempre a essa hora apenas a padaria parecia estar ativa produzindo seus pães e guloseimas. Mesmo assim ainda não era a hora de abrir. Apressou o seu passo e ouviu-se uma tilintar do sino quando adentrou o prédio da gráfica em que os jornais passaram  toda a noite sendo impressos. Avançou em direção ao local que comumente o Sr. De Brún deixava-os prontos para serem distribuídos. Entretanto, havia alguém sentado naquele corredor ao lado desses.

O garoto de cabelo castanhos bastante claros balançava a cabeça no ritmo de alguma música que escutava em seu fone de ouvido. Liath tossiu para que esse percebesse a sua presença.

O rapaz apenas lhe dirigiu um olhar esguio e voltou a fechar os olhos e seguir discretamente o ritmo da música, balbuciando uma ou duas palavras enquanto mastigava seu chiclete.

Ela não sabia quem aquele era, tão pouco lhe importava, então arrodeou suas pernas estiradas no chão e agarrou nas tiras que compactavam o bolo de jornal. No mesmo momento sentiu a mão gelada do garoto dar um tapinha na sua fazendo-a soltar.

- Que é isso estranha? isso é meu!

-Teu? - parecia incrédula nas palavras do menino. Ma quem era aquele que vinha logo de manhã atrasar seu trabalho em um dia preguiçoso como aquele?

-É, é, tira as mãozinhas que eu tenho que entregar essas coisas ainda hoje.- ele puxou o pacote para mais perto de si.

-O-o quê ? Não. eu que tenho que levá-los. Pra início de conversa, quem é você?

O rapaz tirou um dos fones de seus ouvidos e parou uns segundos para analisá-la. Se perguntava que criatura mais desajeitada e estranha era aquela, com aqueles olhos que lhe fazia estremecer e aquele grosso cachecol que mais parecia um furão agarrado ao seu pescoço, e aqueles óculos redondos na sua face pequeninha lhe lembrava uma coruja.

Apertou os olhos para ela, e respondeu calmamente como se essa tivesse algum tipo de problema mental.-Minha senhora,eu não sei de que mundo paralelo você veio, mas essas coisas que estão aqui do meu lado, foi meu pai que,infelizmente, deve me odiar imensamente, para me fazer acordar a essa hora pra fazer essas merdas. Então, eu peço, caridosamente, que você deixe esse pobre indivíduo em paz por alguns segundos.

-Senhora? Mas quem é que ... Me dá isso aqui garoto!-puxou o pacote, mas o outro continuou a puxar para si.

-Larga!