Bad and good feelings

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Para os dramáticos e sentimentais, preparem-se para uma onde de choro com certeza! E ouçam as músicas postas pela história para ficar por dentro do que tocava nela!

Kissus, from writer!

Lucas Olioti

Acordei, batendo minha mão sobre o despertador, que tocava, de forma insuportável no criado-mudo ao lado da cama. Em segundos meus olhos se acostumaram com a grande quantidade de luz presentes no quarto, relativamente pequeno, de cor branca, refletindo tudo, mais ainda.

Com o controle, fechei a cortina elétrica e trouxe novamente, o escuro ao quarto e aos meus olhos. O despertador digital, era a pouca luz que havia no quarto, 8h45, identifiquei em seu visos.

'Sério mesmo?', pensei mentalmente.

Me levantei e peguei, sobre a cômoda um dos juntos dobrados a partir de um 'uni-duni-tê' malfeito para escolher e fui até o banheiro. Era quase do tamanho do quarto, pouco menor. Eu ainda não me acostumara em quanto eles se preocupavam mais com o banheiro do que com o quarto no palácio. Tranquei a porta atrás de mim e programei o chuveiro pelo teclado digital.

Ri de canto ao lembrar o quanto 'apanhei' para aprender a manusear aquele pequeno aparelho.

Depois de um banho, relaxante, devo dizer, desci as escadas, chegando até a sala da casa de praia.

A casa não era grande, pelo menos, não tanto como o palácio. A quantidade de cômodos era imensuravelmente menor em relação ao palácio, assim como suas dimensões, pelo que eu já havia visto. Ainda assim, como no palácio, não faltavam guardas em cada metro quadrado daquele lugar.

Me situei novamente de meus devaneios e vi, na sala, Lucas — o príncipe, lindo, como sempre, por acaso —, tocando seu violoncelo ao lado de Klébio, tocando sua viola de arco. Eu nem fazia ideia de que o Damas tocava, nunca o havia visto tocar, ou se quer com a viola na mão. Justifica eu nunca ter entrado no quarto dele, talvez!

O concerto acabou, era de Bach.

"Bach? " Identifiquei em voz alta, segundos após eles pararem de tocar. "Os garotos tem bom gosto! "

Bati palmas leves e não rápidas e eles se entreolharam, levemente envergonhados, eu podia perceber.

"Posso lhes acompanhar, senhores? " Perguntei, retomando formalidade e fazendo uma reverência cuidadosa em frente ao príncipe.

"Você toca? " Lucas perguntou, com cara de curiosidade, de fato, não estava em minha ficha e eu, sem intimidade com quase ninguém. Não havia dito.

Me virei e subi pouco das escadas, falando um pouco mais alto enquanto andava:

"Espero que isso seja um sim. " Falei. "E a propósito, sou uma caixinha de surpresa, senhor príncipe! "

Adentrei no quarto que, agora já estava bastante iluminado, de forma que quando eu sai abri a cortina novamente. Meus olhos já estavam bem mais acostumado com a iluminação forte do sol do Centro-oeste nacional. Revistei meu quarto da porta, com os olhos, a procura de meu violino, em algum lugar. Nada à vista. Abri o enorme armário disposto em um dos cantos do quarto, rolando a porta da esquerda até o meio. Vi, lá dentro, alguns sobretudos e blusas grandes, com alguns sapatos mais abaixo, no chão do armário.

Puxei a porta de volta para seu lugar e, desta vez, rolei a porta do meio. Numa das prateleiras, dentro de minha case, estava o violino. O tomei e andei com ele até a sala de estar novamente.

The Boy Who Changed EverythingOnde histórias criam vida. Descubra agora