Não abra a porta.

Na delegacia

Eu e minhas amigas ainda não estávamos acreditando, e também não conseguíamos pensar como isso aconteceu. O delegado aconselhou que eu e minhas amigas ficássemos numa sala, enquanto minha mãe dava a notícia para a mãe de Kendall.

- Gente, como isso aconteceu? Ela estava feliz com a gente a pouco tempo atrás, e agora ela está morta! - Bella disse chorando.

De repente, a mãe de Kendall entra na sala onde nós estávamos e começou a gritar.

- ASSASSINA! ASSASSINA! EMMA É UMA ASSASSINA!

- Tia, não fala isso de mim eu NUNCA FARIA MAL À KENDALL! - disse aos prantos.

- MINHA FILHA FOI VIVA PARA SEU ANIVERSÁRIO E AGORA ELA ESTÁ MORTA! ASSASSINA! A CULPA É SUA EMMA!

Eu chorei muito e minhas amigas me abraçaram.

- Tia, a gente entende sua dor e tristeza, mas ninguém aqui tem culpa de nada! - Clara disse chorando.

- VOCÊS NÃO ENTENDEM! NÃO ENTENDEM!!!!

- Tia, por favor, não torne o momento ainda pior! - Carol disse chorando.

- É tia! Por favor! - Laura disse triste.

Os policiais tiraram a mãe de Kendall da sala e a levaram para tomar um calmante e depois conversar com a psicóloga.

- Vou chamar uma de cada vez para explicar o que aconteceu, e quem pode ser suspeito. - o delegado falou com voz firme.

Primeiro ele me chamou, afinal, eu era a aniversariante.
Fomos até a sala dele.

- Me diga, como era sua relação com a Kendall?

- Nós éramos praticamente irmãs. Nos conhecemos desde que eu tinha 4 anos, eu nunca faria nada de mal à ela. - disse soluçando de tristeza.

- Ela já tinha brigado recentemente com você ou com alguma menina que estava no seu aniversário?

- A única vez que nós brigamos foi quando eu tinha 9 anos, e ainda assim voltamos a nos falar depois de algumas horas. A única pessoa que ela brigou recentemente foi com a Laura, e ela não se dava muito bem com a Beatriz.

O delegado anotou.

- Obrigado, pode ir. Chame Bella.

Sai e falei que o delegado estava esperando a Bella. Ela foi lá, ainda chorando muito.

- Senhor delegado, eu estou muito abalada psicologicamente, então se eu parar pra chorar na hora que eu for responder, por favor, me entenda.

- Quem era Kendall pra você?

- Ela era uma das minhas melhores amigas, sempre muito gentil e feliz. - Bella chorou - eu vou sentir muita saudade.

- Vocês brigaram recentemente? Ou ela brigou com alguma menina que estava no aniversário recentemente?

- A gente quase não brigava, e quando brigava era por coisas bobas como quando ela ficou desenhando no meu caderno de matemática. Que eu me lembre, ela brigou só com a Laura recentemente. - e chorou mais uma vez.

- Ok, obrigado. Chame as gêmeas por favor.

Bella saiu e chamou Clara e Carol.

- Como era a relação de vocês duas com a Kendall?

- Nós a amávamos. - Carol disse com a voz ainda soluçando.

- Ela era uma das nossas melhores amigas. - Clara disse com os olhos cheios de lágrimas.

- Vocês brigaram com ela recentemente? Ou então ela brigou com alguma das meninas que estavam na festa?

- Nós nunca brigamos com ela, delegado. Ela brigou apenas com a Laura esses dias. - Carol disse chorando.

As meninas saíram, e o delegado pediu para que elas chamassem Laura.
Antes que Laura pudesse falar qualquer palavra, o delegado perguntou:

- Por que você é a única das meninas que não está chorando ou soluçando?

- Isso não significa que eu não estou triste, seu delegado. Kendall era minha colega também.

- Soube que vocês brigaram recentemente, você sabe que esse fato te torna a principal suspeita não é?

- Eu ter brigado com ela não é um motivo para eu matá-la! - Laura ficou nervosa.

- Por que vocês brigaram?

- Tudo começou quando nós tínhamos um trabalho a fazer... - Laura contou a história.

O delegado mandou Laura voltar à sala e depois de alguns minutos falou para as meninas.

- Laura e Dona Sônia, vocês devem permanecer aqui na delegacia. O resto das meninas, voltem para casa e evitem comentar com as outras pessoas por enquanto.

- Mas por que minha mãe tem que ficar aqui? - perguntei assustada.

- Não me questione, volte para casa. Ah, não se assuste. Ainda há policiais lá, estão junto com seu pai.

Fiquei irritada, mas voltei pra casa, e as outras meninas também foram pra casa.