Sushi feliz!

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Ainda estou super irritada com a injustiça qua a minha mãe estava a fazer, eu também me esforço, mas mereço um descanço!

Ouvi a porta do quarto abrir devagarinho, já sabia que era a peste do Luís a tentar me azucrinar a pouca paciência que me resta.

-Meu deus a tua mãe é uma chata!- afirmou ele chegando ao pé de mim, desta vez tinha que concordar com ele.- Pelo menos podia ter te deixado acabar de ver o filme.- disse ele, ele parecia mais chateado de eu não ter visto o filme do que eu própria.

-Fica para a próxima...- disse sem dar muita importância.

Ficou um breve período de silêncio, até que a peste decidiu interromper.

-Tu ontem à noite disses te que tiveste um pesadelo...- tentou falar ele.

-Eu pensei que estava a dormir quando te fui chamar.- afirmei um grande pingo de ironia na frase.

-Não queres falar sobre isso?- perguntou ele sem se deixar ser abalado pela minha ironia.

-Agora viras-te psicólogo?- perguntei, mais uma dose de ironia nunca fez mal a ninguém, e para mais era sempre divertido ver a cara de irritado do Luís.

-Alexia, estou a falar a sério!- afirmou ele com cara de irritado, sim aquela cara que eu tanto amo ver, pensando bem, é a primeira vez que ele me chama pelo nome, ele deve estar mesmo a falar a sério.

-Não, eu só quero estar sozinha...- falei virando a cara, odeio contato visual nestas situações.

Ouviu suspirar, parecia estar a tentar manter a calma para não me estrangular naquele exato momento.

-A melhor maneira de ultrapassar um pesadelo é contar para alguem.- disse ele com uma voz calma, este não é o Luís imprestável que conheço.

-QUEM ÉS TU E O QUE FIZESTE COM O IMPRESTÁVEL DO LUÍS?- gritei pondo me em posição de ataque.

-VÊ SE MESMO QUE NÃO SE PODE TER UMA CONVERSA CIVILIZADA CONTIGO!- gritou ele por sua vez super irritado, ai, como eu amo irritá-lo.

Eu continuei a estudar e o Luis amandou se para cima da minha cama e ficou a olhar para o teto com cara de tédio.

-Essa cara de cú combina contigo.- disse lhe provocando.

-Cala a boca idiota!- rosnou ele irritado.

Mais silencio... Para falar a verdade eu sempre gostei de silêncio, mas desde que mudei me para esta casa, acho que já não gosto mais dele.

Depois de um tempo a tia Gabriela nos chamou para o jantar, íamos comer lasanha, a minha comida preferida.

Hoje o Tio João estava a jantar connosco, o que era bem raro pois ele ficava a trabalhar até tarde.

O tio João é muito fixe, ao início eu pensei fosse um tipo sério, mas estava redondamente enganada, ele tem muito carisma, e quase que me engasgava com a coca cola com as piadas que ele dizia, agora, pensando bem, a Tia Gabriela é simpatica e educada e o Tio João é trabalhador e engraçado... ENTÃO DE ONDE SAIU O IMPRESTÁVEL DO LUÍS???
Ele so pode ter sido encontrado no lixo! É a única explicação possível!

A minha mãe também estava a jantar, e ela continuava com um olhar irritado, me perguntou o que terá acontecido.

Depois do jantar era "hora de por o cú na cama" como o Tio João disse, e claro que ele depois levou um carolo da tia Gabriela por ter dito um palavrão, até parece que ela também já não disse muito.

Eu fui lavar os dentes e vestir o meu pijama, e fiquei a rezar a todos os santinhos do céu para não ter o mesmo pesadelo... mas como os santinhos não gostam de mim tive o pesadelo, para a próxima rezo ao Satanás vai ter o mesmo efeito!

Rebolei de um lado para o outro a tentar adormecer outra vez, mas era impossível, parecia que o meu coração iria ganhar vida e sair pela liberdade.

Eu estava com medo de estar sozinha e não estava dentro dos meus planos acordar a minha mãe, muito menos a tia Gabriela e o tio João, qual era a minha única opção? Isso mesmo! Acordar a peste do luís, ele vai arrancar a minha cabeça e dar as feras do círculo por te lo acordado pela segunda vez consecutiva as duas da manhã.

Entrei no seu quarto de fininho assim como na outra vez.

-Luííííís...-chamei-o ainda com receio.

-O que foi desgraça!- resmungou ele abrindo os olhos, parecia que ele ia arrancar me a alma com eles.

-Tive um pesadelo...- admiti meio tímida.

-Não temho nada haver com isso! Não quises te falar comigo abocado, então agira sou eu que não me importo!-ele disse irritado.

-Mas eu estou com medo...-disse e ele virou se para o outro lado ignorando-me totalmente.

-ESTOU COM MEDO, IDIOTA!- gritei começando a chorar, estava a chorar de raiva, de raiva de não conseguir superar isto sozinha, nunca gostei de estar dependente de ninguém.

No exato momento em que Luís notou que eu comecei a chorar, parece que ele levou um choque no cú, levantou se com uma rapidez que até me assustei.

-N-não chores!- pediu ele entrando em pânico, sempre que eu começo a chorar ele entra em panico já notaram?
Ele olhava para todos os lado a procura de alguma ideia vinda do além para ver se eu parava de chorar.

-Alexia, deita!- ordenou ele apontando para a cama, fiquei confusa mas obedeci.

Estiquei me ao comprido na cama e o Luis enrolou me no cobertor, pos a minha cabeça debaixo da almofada e limpou as minhas lágrimas com a ponta do lençol.

-Mas o que é que...- fui interrompida por ele.

-Pronto! Agora tu es um sushi feliz! E os sushis felizes não choram, ou seja tu não podes chorar!- afirmou ele com uma convicçao como se o que ele acabou de dizer tivesse algum sentido, de repente a minha vontade de chorar desapareceu e eu desmanchei-me a rir a gargalhada.

-Shiiiiu!- mandou ele pondo as maos a frente da minha boca abafando a minha gargalhada.-Não faças barulho sua louca! São 2 da manhã!- disse ele preocupado que os seus pais acordassem, ele se deitou ao meu lado.

-Boa noite.- disse-lhe dando-lhe uma cabeçada suave nas costas.

-Boa noite idiota.- remungou ele quase caindo da cama a baixo.

Continua...

O meu melhor amigo e euOnde histórias criam vida. Descubra agora