Isto foi muito errado!

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Fui em direção ao anormal do Luís mas fui parada por um rapaz que parecia ser uma ano mais velho que eu.

- Olá coisa bonita, o que uma dama como tu faz aqui sozinha?- o rapaz que eu não conhecia de lado nenhum pronunciou, ele está a tentar panqueirar-me? Só me faltava mais esta!

-Mais vale sozinha que mal acompanhada.- digo irritada com o meu mau humor de sempre tento passar por ele.

-Estou a ver que a gatinha tem unhas.-ele disse com um sorriso perverso no rosto colocando a mão dele sobre a minha perna, que enorme vontade de o esmurra! Quem é que ele pensa que é para me tocar? E aliás, eu não sou nenhum animal para estar me a chamar de "gatinha" , idiota!

-Desculpa mas eu preciso de ir...- digo tentando passar por ele de novo para ir me embora dali para fora.

-Calma querida, a festa inda agora começou...- o rapaz falou colocando as suas mãos nojentas na minha cintura e depois deslizou as para a minha bunda, OK aquela foi a última gota, estou farta desta merda toda! Eu vou rebentar agora, preparem-se!

Dou um valente pontapé nas canelas do rapaz com os meus saltos altos deixando-o ali a queixar-se de dor e vou em direção ao Luís com o grupinho de piranhas e arrasto-o para casa por uma orelha.
Chegamos a casa, e a mesma estava muito silenciosa, presumi então que a tia Gabriela e o tio João já estavam a dormir, pois já passava da uma da manhã.
Empurrei o Luís para o quarto dele.

- Mas que merda foi aquela?- pergunto irritada referindo-me a ele estar com um monte de raparigas que não conhecia de lado nenhum, sem falar que bebeu demais e não me deu ouvidos.

-Qual é o problema Alexia?- ele pergunta arqueando a sombrancelha e cruzando os braços à frente do peito com cara de quem não se importava com a situação ao que eu tinha interrompido algo.

-Qual é o problema? O problema é que eu estava a ser assediada por um rapaz mas tu nem quisseste​ saber! Estavas ocupado demais com as tua amiguinhas não é?- pergunto super enervada, dava para ver a raiva sair pelos meus grande olhos azuis, estava com uma enorme vontade de enforcar aquele animal raro.

Luís aproximou-se de mim sério, fazendo-me recuar um passo assustada com o seu ato inesperado, ele segurou nos meus pulsos com força e beijou-me com brutalidade magoando os meus lábios, assustada afastei-me batendo com as costas na parede fria.

-Luís!? O que tu pensas que estás a fazer seu idiota?- pergunto com raiva e ainda assustada, porque raios ele estava a fazer isto? Seria por efeito da bebida?

As minhas costas começaram a doer por causa da pancada forte que dei contra a parede quando me afastei, soltei um pequeno grunhido de dor ficando mais irritada ainda com a situação.

-Tu és minha, não pertences a mais nenhum homem, tu és minha propriedade!- ele falou sério olhando-me como uma animal faminto, este não era o Luís que eu conhecia.

-Luís eu não sou nenhum objeto para estar em tua propriedade!- digo irritada com a fala dele colocando as minhas mãos sobre o seu peito para que ele não se aproxima-se de mim, senti as minhas pernas tremerem, eu estava com medo do Luís.

Ele pegou nos meus pulsos pressionando-os contra a parede ele me beijou de novo, foi um beijo faminto e agressivo, com se fosse a necessidade, consegui sentir o sabor da bebida alcoólica nos seus lábios.
Foi um beijo tão profundo que tive dificuldade em recuperar o ar deixando a minha respiração ofegante, os meus pulsos doíam pela pressão que ele estava a fazer nos mesmo.
Ele segurou nos meus pulsos a cima da minha cabeça com apenas uma mão, e com a mão livre colocou-a na minha cintura puxando me até ele enquanto descia o beijo para o meu pescoço fazendo-me arrepiar deixando um marca roxa.

- L-Luís! E-Espera!- tento afasta-lo mas as minhas forças pareciam ter sumido do nada, eu estava assustada, muito assustada mesmo, as minhas pernas tremiam e os meus olhos começaram a formar pequenas lágrimas nos cantos.

Ele não falou nada, apenas continuou focado no que estava a fazer depositando vários beijos e mordidas na região do pescoço.

- P-pára... P-por favor...- implorei espreniando-me​ sentindo as lágrimas escorrerem pelas minhas bochechas, estava com medo de tudo isto, aquele não era o meu Luís, o Luís que eu conheci em criança, que me chamava de esquisita e fazia de tudo para eu não chorar... Aquele não era o meu melhor amigo!

Ouvi a porta do quarto do Luís se abrir, era a tia Gabriela, que provavelmente teria acordado com o barulho e foi ver se estava tudo bem.

-Oh meu deus!- ela pronunciou admirada levando as mãos à boca e com os olhos esbugalhados.- P-peço desculpa!- ela desculpou se fechando a porta rapidamente e indo se embora.

- N-não espera! Não é o que estás a pensar!- tento explicar mas a mesma já se tinha ido embora, boa! Agora a tia Gabriela deve estar a pensar merda sobre nós.

Com forças que vieram sabe lá Deus de onde, provavelmente do inferno ou de Nárnia, empurrei aquele anormal para longe de mim e dei-lhe uma bofetada com os olhos carregados de água e mágoa.

-Idiota! Eu odeio-te!- digo indo me embora deixando o mesmo ali de olhos arregalados com a mão no local onde o tinha batido.

Entrei no meu quarto batendo com a porta com força sem me importar se acordaria alguém ao não, a raiva era imensa e o meu coração doía demais pois sentia-me magoada.
Retiro os sapatos atirando-os para um canto qualquer do quarto e atiro-me para cima da cama manchando a almofada com a maquilhagem que estava a sair graças às lágrimas, medo, eu estava com tanto medo naquele momento que ainda estou a tremer.

-Luís idiota! Eu odeio te do fundo do meu coração!- grito contra a almofada libertando toda a minha raiva e mágoa, como ele foi capaz de fazer-me uma coisas destas?

Isto fui muito errado nunca deveria ter acontecido...

Continua...

O meu melhor amigo e euOnde histórias criam vida. Descubra agora