Feliz Natal- parte 2

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Tudo estava quase pronto, mas faltava ainda coisas para comprar, pois não tinhamos frutas cristalizadas nem frutos secos, para fazer o bolo rei e o bola rainha, a tia Gabriela foi as compras e arrastou consigo a Bárbara, porque "precisava de uma alma femenina nas compras" e o Lucas e o Filipe pois, de acordo com o que a tia Gabriela disse "eram dois mocinhos fortes que iriam carregar os sacos", deixando me a mim e ao Luís na cozinha para preparar mos o bolo de chocolate. Esta mulher deve mesmo a quer que nós queima mos a casa no dia de Natal.
Eu e o Luís passemos um avental e eu não pude ficar calada é claro.
-Ui, esse avental fica te a matar!- digo gozando com ele e rindo da careta que ele fez.
-Cala a boca idiota! Vamos mas é acabar com esta merda.- ele disse visivelmente irritado, meu deus, que saudades que eu tinha de irritar este extraterrestre raro.
Sorri, já estava com saudades de estar com ele, assim pode ser que a nossa relação volte como era antes.
O Luis foi buscar os outros ingrediente enquanto eu partia e derreria o chocolate num tacho. Partimos os ovos e juntamos leite para o bolo ficar mais fofo.
-Põe a farinha Luís.- mandei mechendo o chocolate com uma colher de pau para que o mesmo não ficasse agarrado ao fundo do tacho, deixei o chocolate a arrefecer e fui ver como o Luís estava a sair se com a sua tarefa. Olhei para ele e desmanchei me a rir a gargalhada, o rapaz estava totalmente branco, parecia um fantasma.
-Para de te rir caralho! Não tem piada nenhuma!- ele remungou irritado o que fez com que eu gargalhasse mais ainda.
-Mas o que raio se passou contigo?- pergunto tentando controlar o meu riso, tentativa falha.
-Esta merda arrebentou!- ele disse tentando sacudir a farinha que estava no seu cabelo.
-Se te encostares à parede ficas camuflado.- digo gargalhando ainda mais.
-A menina Alexia está a achar piada?-ele perguntou ele aproximando se de mim com um sorriso travesso que me fez arrepiardos pés à cabeça, puta que pariu vai dar merda.
-A-afasta te de mim eu extraterrestre branco!- gaguejei recuando uns passos para trás,  estava com um mau pressentimento sobre isto.
-Ei o teu castigo por te rires das minhas desgraças.- ele aproximou se de mim rapidamente não me dando tempo para fugir nem se quer para o inferno e começou me a fazer cócegas, fazendo com que eu deixasse de ter força nas pernas e caísse.
-Pede desculpa.- ele ordenou sentando se em cima da minha barrida esmagando os meus órgãos internos com a gordura de elefante dele e fazendo me cócegas.
-N-não!- eu digo gargalhando alto enquanto me esperneava como uma lombriga com cambraias.
-Então eu não vou parar.- anunciou continuando me a fazer as malditas cócegas, eu continuava ma a espernear a tentar escapar dele e no meio do processo acabei por dar um grande pontapé na mesa que fez com que o tacho que tinha o chocolate caisse em cima de nós fazendo com que ficassemos todos sujos de chocolate.
Luis parou de me fazer cócegas pois tanto eu quanto ele nos assustamos com o barulho do tacho a cair.
Chocolate escorria pelos nossos cabelos e pingava no chão, Luís olho me com uma carinha de pervertido, eu acho que ele esta a aprender a fazer esta cara com o Filipe, ele aproximou se de mim e lambeu me a bochecha direita.
-Sabes a chocolate.- ele disse ainda em cima de mim.
-Eca! Baba de extraterrestre!- digo esfregando a bochecha com força para tirar o DNA de extraterrestre da minha pele, o idiota do Luís gargalhou alto, saiu de cima de mim ajudando me a levantar.
A cozinha estava uma autêntica desgraça, toda suja de farinha e chocolate espelhado pelo chão.
Antes que conseguisse mos sequer pensar em começar a limpar, ouvimos a porta a abrir, nessa altura tanto eu como o Luís engolimos a seco, caralho estamos fudidos.
A tia Gabriela apareceu juntamente com o pessoal todo carregados com sacos de compras e ficaram a olhar para nós com cara de admirados.
-A culpa foi dele/a.- eu e o idiota do Luís dissemos ao mesmo tempo apontando um para o outro, todos começaram a rir à gargalhada da nossa figura triste.
-Vaiam tomar um banho, mas não pensem que se vão livrar de limpar esta bagunça!- a tia Gabriela disse num autoritário.
-Sim senhora!- eu e o Luís dissemos em unissono batendo continência, e saimos a correr para a casa de banho para ver que é que ia tomar banho primeiro.
-Vamos tomar banho os dois como de quando eramos crianças.- o idiota do Luís sugerio sempre com aquela tipica carinha pervertida.
-É claro que não!- digo fingindo escandalizada mas na verdade tinha uma enorme vontade de rir à gargalhada.
-Porque não?- ele perguntou com um sorriso travesso.- Afinal foste tu que disses te que tomar banho acompanhado era mais divertido.- ele tentou argumentar, revirei os olhos, isso era quando eramos crianças.
-Porquê com essa tua banha de extraterrestre era impossível caber duas pessoas na banheira.- digo fechando lhe a porta na cara.
Encho a banheira com agua quente suspirando, ele é mesmo idiota.
Tiro a minha roupa cheia de chocolate e farinha e coloco a no cesto para lavar, entro na banheira relaxando os meus músculos.
-Vai ser um longo e duro natal.- digo para mim mesma gargalhando.

Continua...

O meu melhor amigo e euOnde histórias criam vida. Descubra agora