A princesa que salvou o príncipe

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{Narrado por Lucas}

Eu tinha os meus 7 anos de idade e tinha ido visitar a minha adorada avozinha a Sesimbra com a minha mãe.

Era carnaval e a minha mãe sempre se diverte a vestir me de vários fatos diferente e por acaso este ano calhou eu ir vestir me de príncipe, e acreditem é muito humilhante, afinal eu sou daquelas típicas crianças que estão sempre a reclamar que já estão velhas demais para vestir uma coisa infantil como estas.

A minha mãe e a minha avó ficaram a conversar no café e eu aborrecido decidi ir dar uma volta por aí já que Sesimbra é uma vila bem sossegada.

Na minha caminhada encontrei um parque natural com várias árvores e plantas e no meio desse parque estava um enorme pinheiro que parecia que conseguia alcançar o céu.

Debaixo desse enorme pinheiro estava uma pequena rapariga que aparentava ser um ano mais nova que eu, ela estava a descansar à sombra dessa enorme árvore e sobre a sua barriga estava um livro aberto.

Aproximei me devagar e em silêncio para a mesma não acordar, ela era bem bonitinha e tinha um rosto angelical e delicado, os seus cabelos eram negros e compridos que chegavam mais ao menos a metade das costas e estavam soltos fazendo um contras te com a sua pele incrivelmente branca.

Ela vestia um vestido azul bebê que chegava aos joelhos e calçava umas sapatilhas brancas.

Olhei para o livro que a mesma supostamente estava a ler antes de cair no sono e o mesmo parecia ser bem complexo cheio de letras e sem uma única imagem, o que era bem estranho, pois a mesma aparentava ser mais nova que eu e já sabia ler algo assim tão complexo, tudo indicava que ela era uma rapariga inteligente.

Ei um pouco ao reparar que a mesma possuía algumas folhas que supostamente tinham caído da árvore em cima da cabeça e aproximo me tirando as mesmas de cima dele, o cabelo dela era bem fofo.

Fiquei a mexer no mesmo por uns tempos até apanhar o maior susto da minha vida que foi quando ela abriu os olhos, o susto foi tão grande que dei um salto e cai de cú no chão.

-D-desculpa!- desculpei me gaguejando nervoso enquanto ela me encarava atentamente com os seus grande olhos azuis cor do céu.

-Parece que acabei por adormecer.- ela disse calmamente fechando o livro é levantando se ajeitando o vestido.- O meu nome é Alexia prazer em te conhecer!- ela comprimentou me estendendo a sua mão para ajudar me a levantar.

-O meu nome é Lucas.- apresentei em aceitando a sua ajuda para me levantar.- Que livro é esse?- perguntei curioso fazendo ela olhar para o próprio livro e depois para mim.

- É um livro de medicina.- Ela disse despreocupadamente encolhendo os ombros como se fosse totalmente normal uma criança ler um livro daquela categoria.

-Parece complicado.- admito um pouco alto demais sentindo me envergonhado logo de seguida.

- É um pouquinho mas se prestares atenção, reparei que existem várias coisas em comum e acaba por ser interessante.- ela disse pensativa com um pequeno sorriso nos lábios.

- Ho! Podes me ensinar?- perguntei inocentemente olhando para o livro interessado, não sabia porque mas aquele livro tinha me chamado a atenção.

- Certo eu ensino te, mas com uma condição!- ela disse com um sorriso.

- O que? - perguntei curioso por saber aquilo que ela queria em troca.

- Vais ter de me oferecer um gelado!- ela gargalhou divertida pondo as mãos atrás das costas e inclinou o seu corpo ligeiramente​ para a frente esboçando um belo sorriso.

- Certo, está combinado!- concordei sorrindo para ela também.

E assim se passaram 2 meses e eu todos os dias me encontrava com ela debaixo daquele enorme pinheiro situado no centro do jardim, e todos os dias eu e ela nos sentavamos debaixo da sombra daquela enorme árvore e ela me ensinava mil e uma coisas interessantes o que me fazia sentir fascinado com a sabedoria que uma jovem criança poderia ter.

E com os dias a passar, as palavras voavam ao vento e assim se acendeu a chama das minhas duas paixões: a paixão pela medicina e a paixão por aquela menina de olhos azuis e cabelos negros.

- Bem por hoje acabou a nossa lição.- ela concluiu fechando o livro calmamente.

-Vamos brincar à apanhada?- pergunto animado levantando me de repente e ajudando ela a se levantar.

-Sim claro.- ela concordou.- Estás tua a apanhar!- ela disse com um sorriso travesso correndo para longe de mim.

-Ei volta aqui!- digo começando a correr a trás dela enquanto ria à gargalhada.

Ficamos o resto da tarde a brincar.

- Não me consegues apanhar!- riu vitorioso vendo ela a correr a trás de mim já ofegante e com as bochechas super vermelhas.
Continuo a correr sempre em frente com o meu coração a disparar pela boca já cansado e sem prestar a mínima atenção de onde ia, até sentir algo a chocar contra as minhas costas o que me fez desiquilíbriar e cair para a frente.

Olho para trás para ver o que tinha chocado contra mim e reparo me com o corpo da Alexia deitado no meio da estrada.
Mas quando? Quando é que foi que eu estava a travessar a estrada? Com a brincadeira em não reparei para onde estava a ir! Eu não reparei que um carro estava a vir contra mim! Mas a Alexia... ela reparou em tudo, e ela me salvou.
Olho aterrorizado para ela sentindo um grande peso na consciência e no coração.

- A-Alexia?

Continua...

O meu melhor amigo e euOnde histórias criam vida. Descubra agora