{4}

119 12 4
                                    


- Você não morava na casa ao lado?

- Essa casa não é minha. É da Julie.

- Exato. E é com ela que quero falar.

- Ah, e diga que é o Mark

- Não acha que está meio tarde pra sair invadindo a casa dos outros?

- Engraçado ouvir isso da pessoa que está atendendo a porta de uma casa que nem é sua. Chame a Julie, por favor.

- Volta pra casa garoto. Você não tem nada o que fazer aqui.

- Não tenho nada pra fazer falando com você. Meu assunto é com a Julie, caso ainda não tenha entendido.
JULIE - Mark grita colocando a cabeça para dentro.

  - Alguém me chamou? - Pergunto indo até a porta - Mark?

- Oi Julie! Boa noite! - ele diz sorrindo.

- O que ele está fazendo aqui? - Jacob perguntou. - Pelo que eu sei, ninguém o convidou.

- Você não sabia nem meu nome. Você não sabe de muita coisa.

- Ei, Jacob, volta pra sala. - digo já irritada com a situação.

- O quê? Nem pensar.

- Jacob. Por favor. Já estou indo.
Ele vira e vai.

- E então, o que você queria Mark?

- Apenas sua companhia. Ou talvez o número do seu telefone...

- Mark... não é uma boa hora. Me desculpe. Te passo meu número amanhã.

- Ele vai dormir aí?

- O quê? - pergunto assustada com o que ouvi. - Que pergunta mais específica.

- Ele vai?

- Talvez sim. Já está tarde. Você deveria também. - ele começa a entrar, mas encosto a porta. - Na sua casa, claro. Boa noite.

Saí e fui até a sala, onde Jacob sentado no sofá me olhou com uma cara que eu preferia não ter visto.

- Pensei que fosse convida-lo pra dormir aqui.

- Para de ser ridículo.

- Já veio toda de papinho com ele no ônibus...

- Talvez porque alguém conhecido como Jacob, tenha me trocado pelo Carson.

- Aa vai Julie. É o Carson.

- Aa vai Jacob. É o Mark.

Continuamos o filme. Nos próximos vinte minutos me segurei para não deitar em seu ombro, mas o sono foi batendo e minha cabeça foi caindo involuntariamente, enquanto suas mãos me faziam cafuné.

O alarme tocou. Estava no meu quarto. Levanto, me troco e desço. Pegando uma pera, pergunto por Jacob.

- Foi em casa se trocar. - responde minha mãe. - Daqui a pouco está aí para que Léo leve vocês.

Jacob chegou e Léo ainda não havia descido. Minha mãe já tinha saído e ficamos só nós dois na sala.

- Foi muito bom ontem. - ele diz de repente. - Amo quando você deita em meu ombro.

- Amo deitar em seu ombro.

Léo chegou. Estávamos entrando no carro quando ouvimos:

- Ei espera aí. Será que podem me dar carona?

Vendo que era o Mark, Jacob entrou e rapidamente fechou a porta enquanto gritava:

- Vai a pé seu otário.

- Ei. Sem agressões no meu carro moleque. - Léo diz, zoando da cara de Jacob, como costumava fazer. - Se você se incomoda, você que saia, pois aqui todos são bem vindos... Menos a Meridith. Aquela infeliz que terminou comigo e...

- Léo! Já deu. Ninguém quer saber das suas ex. Entra Mark. - falei abrindo a porta.

- Como assim ele vai no meio? - Jacob diz irritado.

- Ciúmes é um negócio complicado né? E disfarçar é um negócio bacana. Você devia experimentar às vezes Jacob.

- Cala a boca Léo. Isso não é ciúmes.

- A não tem razão. É só dor e ódio que dão ao mesmo tempo quando você vê alguém dando em cima da pessoa que você gosta. É um negócio muito raro... como é o nome mesmo? A é. Ciúmes.

- Para os dois. Chega. Liga o rádio. - pedi ao Léo.

Fomos em silêncio até a escola. Embora o rádio estivesse ligado, e o Léo cantasse todas as músicas, o silêncio era ensurdecedor... Até que finalmente chegamos na escola.

Mark agradeceu, e foi andando na frente. Eu e Jacob ficamos mais atrás. O clima estava muito estranho. Resolvi puxar assunto, mas ele desviava e me dava respostas práticas.

Tivemos aulas normais. Chatas e monótonas. Sem a alegria de Jacob, minha felicidade caia. Nesses momentos só Jade pra me fazer sorrir um pouco.

- Julie! Adivinha quem falou que me acha linda?

- Aa meu deus, não me diga que foi o...

- Isso mesmo. Meu pai. Porque pro Joey eu ainda não estou nem aqui.
Nós rimos, até a professora entrar na sala e pedir silêncio.

- Você não acredita quem foi lá em casa ontem... - sussurrei à ela.

- Mark?

- Como você...

- Ouvi Jacob contando ao Joey. Coitado.

- Coitada de mim. Que além de expulsar o Mark, tive que aguentar o mau humor do Jacob.

- Silêncio meninas! - pediu a professora, e nós ficamos quietas.

A aula passou lentamente. Quando finalmente acabou, saí em direção ao ônibus. Chamei Jacob e dessa vez ele veio.

- Jacob, o ônibus.

Antes que pudesse chama-lo de novo ele já estava do meu lado.

- Dessa vez eu te acompanharei no ônibus. - ele riu, e devo admitir que nunca me senti tão aliviada.

Chegamos em casa, descemos e antes que eu pudesse entrar Jacob me chamou.

- Julie, preciso te falar uma coisa.

suspense de novo hahah

gente, e quem tiver gostando da fic comenta aquii e quem puder divulgar também ficaria muito feliz ❤️

deixem seu voto aqui em baixoo 😊

Maybe, she loves he ❥J.S/M.TOnde histórias criam vida. Descubra agora