ㅡ H.U.R.T. day6

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O recreio acabou e eu peguei minha mala para seguir à próxima aula, passando no armário para deixar alguns livros. Quando tudo começou.

Dizem que o começo, as primeiras vinte e quatro horas, são cruciais para a variabilidade contextual. E, nesse caso, exime sua absoluta êxtase. O que, parando para pensar, é a coisa mais fodida do mundo.

Na mala, junto aos livros no fundo, percebo uma dobradura bonita de papel. Um lírio, especificamente. Perfumado. O papel era e um dourado ensolarado. Deslumbrado, analiso a flor com cuidado, percebendo que na ponta de uma pétala a palavra "abra" se escrevia com caneta preta. 

Foi uma porta.

A porta do inferno dizendo "ABRA".