Parte 12 - Song Village -

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Paris França
Lizie:

Quando ambos terminamos o café, vai cada um para o seu carro, carro este que nós levará até o local em que será rodado as cenas programadas para este dia. Será uma cena curta, um típico chá inglês em um jardim francês. Embora, seja curta está cena é de extrema importância, Edgar vai declarar com todas as letras a dimensão do amor que sente por Katherine, fazendo com que ambos troquem juras de amor.Após finalmente chegar, passamos pelo habitual, maquiagem, cabelo, figurino e afins.

No primeiro "Take" do dia a família de Edgar e Katherine estão em uma biblioteca, os pais de ambos conversavam sobre a guerra que estava próxima ao fim e as consequências que ela deixaria, suas mães no entanto usavam de assuntos superficiais para passar o tempo.
No segundo "take" a família já estavam no jardim, juntamente com os outros convidados, e a família da noiva de Edgar se fazia presente, conversas fluiam livremente, até que em determinado momento Katherine se retira da mesa desejando o refúgio de um bom livro, Edgar por sua vez espera passar alguns instantes desde que sua amada saiu, e inventa qualquer desculpa para que possa adentrar na mansão dos pais de Katy.
No terceiro take, o que seria o mais importante do dia, Edgar vai de encontro a Katherine na biblioteca da família.

Depois de todas estas cenas gravadas, vou para o hotel, e uma fina chuva começa a cair sobre Paris, o que não era nada conveniente muitos menos surpreendente. No curto caminho até o hotel, faço uma rápida busca na internet sobre o pub que iremos hoje durante a noite, o nome do lugar é Song Village, e esse nome é devido a sempre ter música ao vivo, hoje neste pub acontecerá uma comemoração aos 20 anos do pub, e um dos meus cantores preferidos estará por lá, confesso que isto me deixou bastante ansioda para a noite. Paul Janet é simplesmente incrível, uma bela mistura harmônica de rock com indie e composições esplêndidas, é um verdadeiro pesar que ele seja tão pouco conhecido.
Quando chego ao meu quarto no hotel, peço algo para comer pelo telefone do quarto, quando minha fome já foi saciada por café e dois pedaços de bolo, aproveito uns vinte minutos para por minha conversa em dia com a Carly e atualizar minhas redes socias, numa destas mídias havia um vídeo meu com Daniel tomando café hoje, faço uma anotação mental para avisar o Scott sobre isto, para que ele possa tomar as devidas providências juntamente com o gerente do hotel, para que minha imagem e privacidade seja preservada. Caso está pessoa que havia gravado tal vídeo viesse até mim para tirarmos uma foto, eu ficaria super feliz e toparia na hora, porém é desconfortável ver sua imagem em um momento de descontração circulando por mídias sociais sem nenhum pudor.
Quando noto o horário já estou atrasada, e me arrumo de maneira apressada, aposto num preto básico e um casaco de cor por cima. Respondo uma mensagem que a Lily havia me mandado dizendo que estava me esperando no hall do hotel, e vou ao seu encontro. Quando chegamos ao Song Village, a equipe se encontra dispersa pelo pub, setamos com Elisabeth, Greg, e outros membros, em uma mesa mais afastada do palco.

- Hoje o pub está completando 20 anos - Diz Luke. Ele é assistente do roteirista, e devo adimitir que tem futuro. Mas suas atitudes e comentários babacas fora do set, ofuscam todo seu potencial. Afirmo positivamente com a cabeça e peço licença para ir ao banheiro.

Quando estou indo em direção ao banheiro, um homem e pouco mais alto que eu, tropeça em seus próprios pés e derruba bebida em meu casaco, xingo baixo e tento limpar o estrago feito em minha roupa. Sinto a mão do mesmo cara que havia derrubado bebida sobre me mim, me puxar contra si através do meu braço. Fico ainda mais irritada e o empurro para se afastar.

- Você não é aquela atriz? - Ele se aproxima novamente e diz. Seu hálito de Whisky e cerveja quente me fazem recordar de algo que eu preferia esquecer. Brian e as inúmeras vezes em que ele chegou em casa com este mesmo odor.

- Existe uma imensidão de atriz por aí - Digo dando um passo atrás, tudo que eu menos quero no momento é ficar perto deste indivíduo. Por experiência própria sei que quando alguém está neste estado, tudo que eles fazem não tem um pingo de lógica ou respeito.

- Você é ela sim, vem cá vamos tirar uma foto - Diz me puxando para perto de si, neste instante meu estômago embrulha, me sinto enojada.

- Não estou afim, agora me solte! - Falo da maneira mais firme que meu nervosismo permite, enquanto tento me desvencilhar de seu aperto.

- É só uma foto, riquinha estúpida! - Ele cospe em minha direção, quando estou a ponto de dar uma bofetada em sua cara, sinto mãos quentes em minha cintura, e um leve cheiro amadeirado quando minhas costas são puxadas contra seu peitoral.

- Algum problema ?

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