Capítulo 09

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Elisie apertou as unhas contra a casca grossa da árvore, queria salvar aquela jovem, mas queria ainda mais que seu marido ficasse melhor

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Elisie apertou as unhas contra a casca grossa da árvore, queria salvar aquela jovem, mas queria ainda mais que seu marido ficasse melhor. Alex surgiu atrás dela quase lhe arrancando um grito.

― O que faz aqui?― ele perguntou e antes que fizesse mais perguntas, mais uma vez Elisie tapou-lhe a boca e o puxou para si, colando-os atrás da árvore.

Um agradável cheiro de acácias surgiu junto com resmungos de várias vozes, Elisie apertou ainda mais Alex contra si para afastar a onda de pânico, ele fechou os olhos a fim de fazer seu coração se acalmar. No instante em que o cheiro se tornou mais forte a garota gritou, Alex ia espiar, contudo Elisie puxou seu rosto para si, fazendo-o olhá-la de perto. A boca se abriu sem palavras, ela tinha lindos olhos e lábios perfeitos, a emoção da inesperada aproximação quase trouxe lágrimas aos olhos de Alex, todavia, outro grito irrompeu na floresta, um grito ainda mais desesperado, fazendo-o se soltar das mãos firmes de Elisie e olhar adiante contemplando uma imagem aterrorizante que nem em seus piores pesadelos tinha visto algo tão macabro, ele engoliu sentindo a bile subir e após piscar algumas vezes, fixou o olhar novamente.

O ser monstruoso com as garras enfiadas no peito da jovem que lentamente e ao som de algo se partindo se soltou das garras dele e caiu sem vida no chão, em seguida ele ergueu o coração que batia quase sem pulso em sua mão e o enfiou dentro da boca como um lobo faminto e o devorou. Alex enojado levou a mão à adaga, Elisie o parou pondo a mão sobre a sua. Os olhos suplicavam para que ele não fizesse nada. Ele a ignorou e se soltou de seu aperto.

O simples movimento alertou o monstro que torto e encolhido se virou, Alex piscou algumas vezes para dispersar o pânico e o arrepio que aquilo lhe causava e puxou a adaga, sabia que não teria muitas chances, e muito menos tempo suficiente para puxar o colar com o veneno e o passar na adaga. Então ele respirou fundo, os dedos rígidos se envolveram com força na pequena arma e correu mirando no único lugar sensível e descoberto da fumaça: o pescoço.

O monstro desviou tarde o suficiente para ser atingido de raspão no ombro, grunhiu lançando com força o braço até Alex que foi jogado contra uma árvore franzina que se quebrou pelo impacto. Antes que ele percebesse o monstro já estava em cima dele, o olhando com aqueles malditos olhos brancos, Alex cortou-lhe a garganta e chutou o animal para longe, Elisie pegou em seu braço o impedindo de continuar seu ataque. Ele tentou tranquilizá-la, dizer-lhe com o olhar de que ele estava bem e então se soltou e seguiu ate o animal. Ela se jogou na frente fazendo-o cortar a mão dela, e foi então que notou que não era por ele que ela estava preocupa, e sim pela besta demoníaca.

― Elisie! ― gritou em pânico, o olhar dele era de espanto, decepção e mágoa. ― Essa coisa matou essa menina. Ele merece a morte!

― Essa coisa não tem culpa de ser assim. ― rebateu com os olhos marejados. O monstro se mexeu e a abraçou com as negras mãos, e entre os gritos de dor ele sussurrou:

― Cure-nos... por favor, minha Laura...― por fim, caiu sendo consumido pela fumaça. Ela não ousou encarar Alex, apenas pediu com a voz embargada:

Príncipe CordialOnde histórias criam vida. Descubra agora