Capítulo 10

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A solução de Ramon foi usar a força e obrigá-los a voltar para suas casas, todavia Alex surgiu no último instante para tranquilizá-los, disse que iria encontrar o monstro e nenhuma moça seria morta novamente, os cidadãos que pareciam acreditar em ...

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A solução de Ramon foi usar a força e obrigá-los a voltar para suas casas, todavia Alex surgiu no último instante para tranquilizá-los, disse que iria encontrar o monstro e nenhuma moça seria morta novamente, os cidadãos que pareciam acreditar em tudo o que Alex dizia, foram em silêncio.

Elisie tocou com o dedo indicador a horrível cicatriz no pescoço de seu marido, ele já não poderia usas as roupas folgadas e abertas como gostava, pois ninguém poderia olhar essa cicatriz, como explicariam isso? Um corte tão profundo em um ponto que causaria a morte instantaneamente. Alguém bateu na porta, ela cobriu o marido com o lençol e pediu que a pessoa entrasse. Era Ramon, segurando uma bandeja com mingau de arroz.

― Ele precisa acordar; tomar um banho e comer algo quente.

― Como ele suportou todos esses anos assim, nessa dor devastadora.

― Gomon não o fere quando ele não pensa e deseja algo com intensidade, Bartram o ensinou a controlar-se, mas desde que você chegou a esse reino tem o irritado ao ponto de enfraquecê-lo.

― Eu... não sabia e...

― Não importa, faça com que ele coma e tome um banho, o quarto de banho está preparado. ― finalizou seco colocando nas mãos de Elisie a bandeja e se retirou.

♦♦♦

― O que aconteceu nesses dois dias que fiquei ausente?― disparou o Cordial no instante em que entrou no escritório, Ramon descruzou as pernas e colocando o pequeno livro ao seu lado se levantou, curvando-se antes de contar tudo resumidamente:

― Sua mulher fez uma confusão na sala do trono, e Alexyan descobriu seu segredo. ― Dixon parou entre a mesa e poltrona analisando o servo tenso.

― Ele é a causa dessa cicatriz enorme em meu pescoço?

― Sim, Gomon e ele lutaram na floresta, o que fará com ele? Quer que eu mande matá-lo?

― Não sei, se o matarmos o rei de Gaofeng começará uma guerra maior do que a guerra de Margoth. Vou conversar com ele, darei algo que ele queira muito em troca de seu silêncio. E eu sei exatamente o que ele mais deseja. ― Ramon o olhou preocupado, abriu a boca algumas vezes mais tornava a fechá-la, com medo das palavras que sairiam.

― Fale Ramon, você não é um peixe para ficar fazendo isso.

― Desculpe, só estou tentando assimilar tudo isso, vossa alteza nunca deixou vivo quem descobria, sempre mandava matar, não se importando com quem fosse. Deixou a concubina, Elisie e agora seu primo.

― Ramon, eu estou cansado disso, apenas deixe-os viver. Ao contrário de mim, todos desejam viver. ― uma batida na porta pôs fim à conversa.

Alex entrou ao receber a permissão e se curvou em respeito, Dixon o analisou cauteloso.

― Meu primo, já ia me encontrar com você. Soube que descobriu o que eu tão desesperadamente escondia.

― Sim, confesso que fiquei em choque. Enfim, vou direto ao ponto: eu estou voltando para Gaofeng. ― Ramon deu um passo à frente, e lançou um olhar significativo ao Cordial, que se manteve imperturbável

― Ora Alex, está com medo de mim? Sinto-me ofendido.

― Não, não tenho medo de nada, apenas quero voltar para minha casa. ― respondeu sério e com os punhos cerrados atrás das costas. Dixon sorriu forçado e se levantou seguindo até a janela.

― Desculpe. No entanto você não pode ir. Acha mesmo que eu deixaria você ir? Um caçador de feras e bruxos malignos? Poupe-me, achou mesmo que eu era tão indiferente ao ponto de aceitar alguém em meu castelo, tão perto de mim e meu segredo sem investigar seus atos e planos? Pensei que fosse realmente mais esperto. Alexyan. ― o rosto de Alex empalideceu, ele engoliu em seco e fingiu indiferença quando o Cordial se virou para encará-lo, com seus olhos frios e indiferentes como de costume. ― Continuando, eu também sei Cássio, que tem rodeado Elisie desde anos atrás. Deve me odiar, não é? Por roubar sua amada? Lamento por isso, não tive a intenção, acredite.

― Sim, tudo o que disse é verdade, sou um caçador, mato todo tipo de criatura feita pelos bruxos, e amo Elisie, a amo tanto que apesar de me machucar saber que ela é de outro, desejo que ela seja feliz e tenha uma vida segura e tranquila. Agora, vossa alteza irá me matar para manter silêncio? Faça isso. Não me importo.

― Não, eu não matei sua cúmplice, quem dirá você. ― Ramon ignorando as formalidades, se deixou cair no sofá, tentando compreender a tudo isso que ouvia pela primeira vez.

― E então? O que fará comigo?

― Você viverá em meu castelo, terá dois guardas no seu encalço para vigiá-lo, e caso fale algo, será morto no mesmo instante... Ah! Eu ia esquecendo, fique longe de minha esposa caso queira viver bem aqui. Eu não vou perdoá-lo se ela se apaixonar por você e não por mim.

― Mande Elisie para o palácio de Olivis. Deixe-a longe de você, e eu ficarei aqui para sempre lhe servindo sem jamais dizer uma palavra.

― Não, o palácio de Olivis ainda não está pronto e mesmo se estivesse eu jamais mandaria minha esposa para longe.

― Você nem a ama.

― Não, mas preciso dela se eu quero ser curado. ― Alex abriu a boca, Ramon o interrompeu se levantando em um pulo, devia parar a conversa antes que as coisas fossem todas jogadas ao vendo e a princesa descobrisse o verdadeiro motivo de estar em Darkeng.

 ― Alex abriu a boca, Ramon o interrompeu se levantando em um pulo, devia parar a conversa antes que as coisas fossem todas jogadas ao vendo e a princesa descobrisse o verdadeiro motivo de estar em Darkeng

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