Perdidos

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-Martin

Atualmente

Chegamos em frente a minha casa e suspirei pensando em entrar e ter que dar explicação a minha mãe, talvez eu nem devesse, mentir ou esconder é bem mais fácil, olhei Beatrice, eu realmente vira de verdade o quão linda ela é; seu cabelo ruivo alaranjado ficava ainda mais lindo com a luz do sol, aqueles olhos azuis lindos, aquela boca carnuda, ela parecia não ter nem um defeito fisicamente, corpo bem definido, que deve ser motivo de inveja entre as outras meninas, eu olhava sua boca, e sentia um desejo de beija-la, não, ela é só uma amiga que você conheceu hoje de manhã Martin!

-obrigado – sorri abrindo a porta do carro

-então até depois?

Sai do carro e de fora a olhei.

-sim, claro – sorri – estou ansioso

Ela riu

-ansioso para estudar – olhou para frente – cada coisa...

Ri e fechei a porta do carro, e ela dirigiu até sua casa, eu vi onde, e realmente era do outro lado da rua, e era uma casa bonita e a mais arrumada de todas da rua, apesar de as casas serem todas iguais.

Entrei dentro de casa, não vi minha mãe e dei graças por isso, subi as escadas e fui para meu quarto, chegando lá me joguei na cama, então em cima de minha mesa vi um bilhete de minha mãe:

"filho, seu tio ficou doente, fui para Nova York e não tenho data de volta, deixei dinheiro o suficiente pra você, beijos, se cuida"

Ótimo, agora eu estava sozinho no segundo dia, pelo menos eu seria livre para conhecer a cidade, fiz meu almoço e esperei até as três e fui para casa de Beatrice.

A casa era realmente bem cuidada, um jardim impecavelmente lindo, minha mãe adorava cuidar de flores e coisas de jardinagem, ela adoraria ver esse jardim, toquei a campainha uma vez, e nada, a segunda vez, e nada, será que ela teria esquecido? A terceira vez e ela abriu a porta.

-oi – ela disse, percebi seu olhos vermelho de lagrimas e sua aparência abatida – desculpa, hoje não vou poder... - ela fungou o nariz

-aconteceu alguma coisa? - perguntei me aproximando dela

-só que...esquece, nos falamos amanhã... - ela fechou a porta.

Voltei para casa, aquilo era estranho, fiquei pensando no que teria acontecido, antes de entrar em casa dei uma olhada para sua casa novamente e lá estava ela, me vigiando do segundo andar, quando ela me viu fechou a cortina rápido, não sei se aguentaria até o outro dia para saber.

Entrei em casa e fui terminar de desencaixar algumas coisas no meu quarto. Tinha algumas caixas com fotos e diários do meu irmão, eu não iria querer ler seus diários, era a privacidade dele, então os coloquei de lado e continuei a desencaixar algumas coisas até meu celular tocar, Kriss, suspirei, eu não estava muito a fim de falar com ela, provavelmente seria um turbilhão de xingamentos, mas atendi e esperei ela falar algo.

-você já se mudou não é? - ela disse

-já...me desculpe mesmo – eu falei calmamente

-não...tudo bem, eu entendo...

-entende? - eu disso estranhando

-é...eu acho que já sei o que eu quero mesmo

-e o que é? - eu tinha medo da resposta mas já quase sabia qual seria.

-eu achei que não conseguiria ficar longe de você, mas já que não tem opção... - ela suspirou – eu não sei se quero acabar com tudo, mas talvez dar um tempo entre nós...

Âmbar QuenteOnde histórias criam vida. Descubra agora