Ficarei ao seu lado...

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-Martin

Alguns minutos antes...

No baile começou um tumulto de alguém falando de um acidente, a primeira pessoa que veio em minha mente foi Beatrice, sai correndo de dentro do salão empurrando todo mundo, Matt me seguiu, não sei por que, quando fui entrar no carro ele me segurou.

-cadê Beatrice? - ele falou ofegante

Eu o olhei com raiva, por que a preocupação agora?

-é que eu quero saber – falo abrindo a porta do carro

-eu vou com você - ele disse abrindo a porta do passageiro e entrando, revirei os olhos, mas ele poderia ser útil.

Assim dirijo até onde diziam ser o acidente, tinha alguns policiais, bombeiros e ambulância cercando aquele trecho da rua. Sai do carro e fui tentar ir ver a cerca quebrada, mas fui barrado por um policial.

-você tem que me deixar passar! - eu disse bravo.

Matt saiu do carro e foi tentar ver alguma coisa.

-não podemos deixar você passar – disse o policial

-tem um carro lá em baixo – Matt disse – vocês precisam ir lá!

-ainda não podemos, é uma situação critica.

-é o carro de Beatrice... - Matt falou olhando pra mim.

Olhei o policial, depois eu cuidaria das consequências, dei um soco nele e o derrubei no chão, em seguida corri até a cerca quebrada, era perigoso mas eu poderia tentar descer até lá, Matt veio correndo.

-os policiais estão vindo! - ele disse.

Desci no impulso correndo, eu tentava de todas as formas não cair, Matt me seguia correndo barranco abaixo também, quando estávamos chegando tropecei e cai, logo me levantei e vi Beatrice desmaiada a minha frente...

Tentei puxa-la e Matt só ficava olhando.

-me ajuda imbecil! - falei irritado

Ele ajudou a puxa-la.

-ela está viva? - falou Matt

-ela tem que estar! - eu disse pensando na possiblidade de ela não estar, minha vida simplesmente acabaria de vez...

Beatrice abriu um pouco os olhos, isso já me deu esperança o suficiente.

-minha perna... - ela falou antes de apagar novamente.

Olhei a perna dela, não tinha nada a não ser alguns arranhões e feridas, a peguei entre meus braços.

-malditos policiais – resmunguei

-eu vou busca-los – Matt disse subindo

-okay – eu disse entrando na floresta em volta

Quando menos vi o carro explodiu atrás de mim, me assustei, por um minutos Beatrice estaria morta, fiquei feliz de ter dado um soco no policial, de cair no barranco e conseguir resgata-la.

Algum tempo depois os policiais apareceram gritando que chegaram.

-estamos aqui – eu disse indo até eles com Beatrice nos braços, eles a pegaram e subiram, e a colocaram na ambulância, eu fui junto, iriam precisar de alguém perto dela até no hospital. Me ofereci, antes de ir olhei Matt.

-obrigado – eu disse

-ela já significou algo pra mim... - suspirou – mas não sou o suficiente.

Eu entedia seu lado, ela realmente era apaixonante, quem não iria querer aquela garota ao seu lado? Fofa, marrenta, intensa, sem medo.

-eu a amo – eu disse entrando na ambulância ao lado dela – acho que ninguém é o suficiente – eu sorri e fechei a porta.

A ambulância chegou no hospital depois de alguns minutos, nesse tempo eu peguei a mão de Beatrice e fiquei imaginando o que aconteceria. Desci e os médicos vieram receber Beatrice o mais rápido possível.

Fiquei na sala de espera do hospital enquanto a examinavam, vi sua mãe chegar e me olhar com cara feia.

-o que aconteceu? - ela perguntou

-um acidente, não está sabendo? - revirei os olhos

Ela se sentou do meu lado.

-e por que você está aqui? - ela disse se virando pra mim

-por que eu amo sua filha, por que eu vou ficar do lado dela, e não importa como, não vou esconder dela as coisas, e não adiante tentar me impedir se não eu acabo com você! - eu disse irritado – eu vou ama-la...

Ela ficou calada e se levantou.

-faça isso por favor, ela escrevia em diários, e eu olhei, só tinha seu nome escrito em cada frase, a cada pagina – suspirou – ela te ama também.

E saiu falar com os médicos

Isso me deixou muito feliz, Beatrice realmente me amava, nós dois nos amávamos.

A noite foi se passando, falei com minha mãe e ela entendeu, fiquei no hospital a noite toda, de madrugada e de novo de manhã, eu tentei dormir mas não conseguia.

-você precisa comer, dormir – a mãe de Beatrice me disse com um prato de comida a minha frente, me ofereceu – coma, você precisa de energia pra quando ela acordar.

-o que os médicos disseram? - eu disse pegando o prato e os talheres e comendo.

-ela vai ficar... - suspirou antes de falar - ...cadeirante, perdeu o movimento das pernas

Isso me deixou nervoso, eu fiquei imaginando a reação de Beatrice ao saber disso, sua liberdade estava comprometida, continuei comendo, se passaram mais horas e horas até Beatrice acordar, os médicos vieram me chamar, ela queria me ver primeiro. Eu segui até seu quarto, entrei e fechei a porta.

-oi – ela disse sorridente mas fraca

Sorri e me aproximei dela.

-está tudo bem bela adormecida?

-vai ficar quando eu sair dessa cama – ela sorriu

Será que eu daria a noticia a ela? A olhei naqueles olhos azuis

-não precisa me olhar assim, eu já sei – ela disse olhando para a janela.

Mordi os lábios.

-olha... - peguei a mão dela – eu te amo, e não importa, você cadeirante ou não, eu ficarei ao seu lado – sorri, peguei um pequeno paninho no meu bolso e amarrei um forma de anel - você quer casar comigo?

Ela riu e se emocionou.

-claro – ela sorriu, coloquei o anel no seu dedo.

-Beatrice Grey? - eu perguntei franzindo as sobrancelhas

Ela sorriu, eu a abracei. 

Âmbar QuenteOnde histórias criam vida. Descubra agora