12- Atalho.

1.1K 59 1
                                    

#Drama
#Suspense
#Romance

Era uma noite calma, o clima estava um pouco frio e o vento soprava em meio ao orvalho que caia. Eu estava voltando sozinha de uma festa pois meus amigos foram se "pegar" em algum lugar e me esqueceram. Eu não havia bebido, então pensei que não correria perigo algum se voltasse sozinha para casa.

Bem, eu estava enganada...

Após sair da festa resolvi pegar um pequeno atalho por um beco ali perto para chegar mais rápido em casa. No beco haviam vários homens e mulheres fumando cigarros e bebendo, alguns usando drogas de todos os tipos. O lugar tinha um cheiro horrível de maconha que me deixava enjoada e a música tocava em um volume ensurdecedor.

As garotas usavam roupas curtas e dançavam como loucas, rebolando para os "caras" que aproveitavam para passar as mãos em seus corpos. Haviam várias pessoas se "pegando" pelos cantos, alguns casais nem faziam questão de se esconder. Eu não pertenço a lugares como esse. Eu não deveria ter vindo por esse caminho pois aquele lugar me dava arrepios.

Ando o mais rápido possível para sair logo daquele lugar. Eu precisava voltar para casa. Eu não deveria sequer ter saído dela. Eu estava com medo. Muito medo.

Dois homens que aparentavam ter entre 25 e 30 anos pararam na minha frente, impedindo-me de continuar o meu caminho. Seus olhares e sorrisos maliciosos me davam calafrios. Eles cheiravam a álcool.

"Com licença." - Peço tentando passar por entre os dois homens, mas eles bloqueiam meu caminho novamente.

Começo a ficar com mais medo ainda (se é que isso era possível). Meu coração estava acelerado e o desespero tomou conta de todo o meu corpo. O que eles fariam comigo? Eu queria gritar, mas de nada iria adiantar. A música não deixaria ninguém ouvir.

"Uma jovem bonita como você não deveria sair sozinha à noite. É perigoso." - O homem que aparentava ser o mais velho disse sorrindo cínico. - "Vem comigo boneca que eu vou cuidar de você."

"O-Obrigada mas, eu p-preciso ir." - Ando rápido mas o mesmo homem segura o meu braço com força.

"Você não entendeu." - Ele ri já nervoso. - "Eu não estou pedindo. Isto é uma ordem!"

"M-Me solta ag-ora!" - Falo em um fio de voz.

"Vai fazer o que menininha?" - O outro homem segura em meus cabelos sorrindo malicioso.

Os dois me arrastaram para o fim do beco e me empurram contra uma parede, ali eles passavam as mãos pelo meu corpo. Eu gritava para que eles me soltassem, mas era completamente inútil. Ninguém iria me ajudar.

"Vamos nos divertir muito." - O homem mais novo diz abrindo o zíper da calça, enquanto o outro rasgava minha blusa.

"Me soltem! Me soltem agora!"- Gritei com o resto de voz que tinha, mas eles me ignoraram.

Fecho os olhos com força sentindo lágrimas descerem por minhas bochechas. Sinto braços fortes me puxando e minhas costas batem contra o tórax de alguém.

Abro os olhos e os dois homens olhavam assustados para mim. Não. Para alguém atrás de mim, com seus braços envolvidos em minha cintura.

"O que pensam que estão fazendo?" - A pessoa que me abraçava diz firme. - "Eu deveria matá-los agora mesmo."

"Não cara! Nos desculpe!" - Um dos homens diz e então os dois correm.

"Você está bem, (s/n)?" - A pessoa pergunta.

Me viro para encarar essa pessoa. Quando nossos olhares se encontram minhas pernas amolecem. Ele me segura com força pela cintura, me impedindo de cair. Seu perfume masculino invadia minhas narinas e seu corpo contra o meu me causava arrepios.

"O-Obrigada." - Falo em um fio de voz.

Não. Impossível. Não poderia ser ele. Eu devo estar o confundindo. Ele assente com a cabeça e tira a jaqueta dando-a para mim, já que minha blusa havia sido rasgada. Ele segura firme em minha mão a me guia pelo beco mal iluminado.

Entramos em uma casa não muito grande, mas muito aconchegante. Ele me guia ao seu quarto e aponta para o banheiro.

"Se quiser pode tomar um banho. Vou ver se tenho algo da minha irmã aqui."

Assinto e entro no banheiro. Tomo um banho demorado. Estava me sentindo suja. Eu ainda sentia as mãos daqueles homens em meu corpo. Chorei baixinho em baixo do chuveiro. Me enrolei em uma toalha e encontrei o garoto no quarto com algumas roupas nas mãos.

"São da minha irmã, mas pode vestir." - O rapaz deixa em cima da cama e sai do quarto.

Visto a roupa e vou para sala, onde o encontro trocando os canais de TV sem parar.

"Nada mal." - Ele me olha e sorri.

Sinto minhas bochechas queimarem. Ele me dá uma jaqueta de moletom que tinha o seu cheiro e eu a visto pois estava começando a fazer frio. Me sento ao seu lado e o encaro. Jeito de bad boy, sorriso encantador, voz firme, e olhar... Aquele olhar. Eu sentia como se o meu coração estivesse explodindo como uma bomba. Tudo por causa daquele olhar destruidor. O olhar que parecia ler a minha alma.

"É..." - Começo sem jeito. - "V-Você é I-Im JaeBum?"

"Então você não esqueceu de mim."- Ele ri e eu sorrio fraco.

JaeBum e eu não chegamos realmente a namorar, talvez porque o pedido não fora feito, mas éramos como um casal. Até que ele foi embora me prometendo que voltaria. E ele voltou, mas não sei ao certo se foi por mim.

"É, eu não esqueci." - Encaro o nada. - "Quando voltou?"

"Há alguns dias." - Ele dá de ombros com desdém e eu o encaro. - "Eu estava indo te procurar, mas não precisei ir muito longe." - Ele sorri e eu coro.

"Obrigada por antes." - Suspiro. - "Se você não tivesse aparecido eu..."

JaeBum não me deixa terminar, me beijando intensamente. Arfo surpresa e um pouco confusa antes de retribuir o beijo da mesma forma. Coloco uma mão em seu rosto enquanto suas mãos vão para a minha cintura segurando-a suavemente.

"Eu espero não ter voltado muito tarde." -  Ele acaricia meu rosto com o polegar e eu sorrio.

"Voltou bem na hora."

"Dessa vez, você quer namorar comigo?" - Ele me abraça forte.

"Claro que sim!"

Imagines Got7Onde histórias criam vida. Descubra agora