Mórmido

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A grande casa está silenciosa, o relógio da sala marca duas e quarenta e seis da madrugada quando um vulto passa pelo grande e antigo relógio e logo passa por alguns móveis da sofisticada sala, onde de cara ele ver duas almofadas no chão, aquilo o deixava irritado, ele pega as almofadas e coloca no lugar, ele tinha mania por limpeza e organização. - Aposto que aquele imbecil do Roger fez isso de propósito. - E chega até a grande cozinha e logo a geladeira é aberta, Nicolau pega a garrafa de leite e servi-se num grande copo e toma um generoso gole, em seguida ele limpa o bigode de leite. Pela janela da cozinha ele observa a escuridão da noite do lado de fora, parecia que o mundo iria desabar embaixo de tanta chuva. Relâmpagos e trovões açoitavam a noite chuvosa em quanto o reflexo de Nicolau era visto pelo reflexo da janela devido os relâmpagos em um rápido faixo de luz que logo mostrava um face séria e cheia de más intenções, por mais que tratava-se de um rosto familiar (o seu), ele parecia amedrontado pelo estranho reflexo. Nicolau vira-se abruptamente com os olhos amedrontados, parecia não ter gostado nada de encarar seu próprio reflexo. - Não, por favor. Deixe-me em paz. - O homem caminha até a pia e lava seu rosto, depois ele volta para a sala, agradece por não ter nenhum espelho por perto e sobe a escada em direção ao corredor do primeiro andar da grande casa. - Preciso dormir. - Mas ao passar por um retrato de família, Nicolau volta alguns passos e encara a fotografia, estavam todos lá: Francis, a linda Primeira Dama, ex Miss Bosque dos Anjos, com seus cabelos loiros e volumosos caídos nos ombros, olhos verdes e um sorriso maternal, em seus braços estava Plínio, ainda bebê, até Roger, o primogênito que parecia feliz pela ausência do pai na fotografia, e ela, com seus cabelos longos e loiro até sua cintura, olhos grandes, lábios fartos, um sorriso inocente do qual excitava loucamente seu próprio pai, Rebecca realmente era um lindo anjo do qual Nicolau sonhava deflorar.

 O olhar do homem foca na jovem garota que sorria enquanto brincava com seu irmãozinho nos braços da mãe. - Becca... - Nicolau passa a língua no lábio e depois o mordisca em desejo e tesão e logo flagra o seu reflexo no porta retrato lhe encarando, ele tinha um sorriso malicioso na face.

- Não tente fingir que não sente desejo, Nick - Diz o reflexo. - eu sei que você quer...e tudo bem, estamos juntos nessa.

_Não... - Responde Nicolau para o reflexo. - eu...eu não quero.

- Ha é, então por quê você está de pau duro? - Mais uma vez o reflexo abre um sorriso. Ele era o reflexo de Nicolau, mas parecia ser outro homem.

_Está...eu não quero, você está enganado. - Responde Nicolau envergonhado enquanto dá as costas para o reflexo. - Agora me deixa em paz, Greg.

  Nicolau caminha em direção ao seu quarto, mas ainda consegue ouvir a voz do reflexo, a voz de Greg.

- Ora, vamos... só uma olhadinha, sim?

 Nicolau estava próximo ao seu quarto, mas depois de parar por alguns segundos ele gira nos calcanhares e caminha até o quarto de sua filha e ao abrir a porta entreaberta, Nicolau logo está ao lado da cama de Becca, ela usava um pijama rosa e branco, uma alça de sua blusa estava caída e seu lindo e pequeno seio estava à mostra. O pai da garota mordisca o lábio inferior e em seguida passa a sua língua de forma obsessiva em quanto desci o olhar, passando pela barriga da garota que também estava à mostra, o short era curto e suas coxas bem torneadas excitava ainda mais o homem pedófilo que logo vira o rosto para parar com aquilo, mas logo depara-se com o espelho de sua filha, o reflexo como se tivesse vida própria acena com uma das mãos e um sorriso maldoso na face.

- Não seja bobo, Nick - Debocha Gregório. - olhe... depois volte para seu quarto, bata uma punheta e durma.

 Vencido pela insistência de Greg, lentamente Nicolau volta a olhar para Rebecca, ele põe a mão por dentro da calça e logo sai do quarto, fazendo ranger a madeira do piso do quarto da menina que desperta sobressaltada, ela tira uma mecha de seu longo cabelo loiro na face e olha para a porta sentindo-se confusa pelo sono e logo percebe que seu seio estava à mostra e novamente volta a encarar a porta. - Será que alguém entrou aqui? - Lentamente Becca encosta a cabeça no travesseiro, seus olhos azuis agora fixavam no céu negro e chuvoso que vez ou outra era iluminado pelos relâmpagos que via pela sua janela.

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