Te Trouxe Essa Canção
Mateus AlvesEu me sentia bem após sair do hospital, eu me sentia como eu mesma. Os dias após o incidente foram incríveis. Noah ficou comigo, certificando-se de que eu estava bem, alimentada, e sem outros sintomas. Ele me trazia café da manhã na cama, certificava-se de ter o almoço pronto, e jantávamos na sala vendo televisão. No fim do dia eu dormia envolta de seu corpo quente e altamente atrativo. Noah não foi trabalhar enquanto ele ficava comigo, ele passava o mínimo de tempo possível no telefone e ignorava a maioria das ligações. Com a Liz distante por causa de uma conta importante com o qual ela anda trabalhando, praticamente Noah e eu moramos juntos durante esse período de tempo, e cada segundo foi maravilhoso. Suas roupas já tinham um espaço no meu armário. Sua escova de dente pendia ao lado da minha. Seus produtos ocupavam um espaço ao lado do meu e Noah partilhava a cama comigo todas as noites. Eu me sentia maravilhosamente bem, Liz se acostumou com a presença constante dele e não reclamou sobre o fato de ter um novo inquilino em casa. Tudo estaria perfeito se eu não quisesse por as minhas mãos envoltas da garganta de Noah algumas vezes durante esse período de tempo. Desde que eu voltei do hospital o homem não me larga de vista e não me permite sair de casa. De início ele disse que eu não deveria ir trabalhar e me deu folga os restos dos dias até o baile, eu me sentia bem para ir trabalhar, mas entendi a sua preocupação então eu aceitei sem relutância. Eu não sei me sinto bem com o tanto de mordomia que eu recebo no trabalho, às vezes eu me sinto como uma peça inútil, que apenas está lá porque está em um relacionamento com o dono. Eu não sei se isso vai mudar e se esse sentimento vai passar, mas até lá, eu tenho que ver até onde isso vai sem tomar uma decisão precipitada. Scott e Siena se viram bem em suas funções, eu sou apenas um par de mãos extras para quando tiver necessidade, fora isso eu me sinto uma escultura. Uma escultura com um salário muito, muito bom.
Noah está preocupado e mandão ao extremo, se eu realmente me ferisse eu sinto que o homem poderia me colocar em uma bolha e me trancafiar em um quarto, apenas para precaução. Agora eu praticamente não posso sair de casa. Não... Eu literalmente não posso sair de casa.
Certo dia eu estava na porta com a minha bolsa na mão e as chaves de casa pronta para sair. Eu destranquei a porta e a abri, tomando um susto quando avistei a pessoa na minha frente.
— Aonde você pensa que vai? — Noah questiona segurando seu celular em uma mão e suas chaves na outra.
Sim, agora ele tem as chaves da minha casa e não, eu não dei a ele. Noah simplesmente pegou a chave do meu chaveiro e deu a um de seus subordinados para tirar uma cópia. Eu tomei um inferno de um susto quando um dia ele entrou pela porta sem ninguém abrir para ele. Eu estava na sala tomando um copo de água quando a porta abriu subitamente. Foi totalmente culpa dele o fato de eu quase morrer engasgada. Liz veio correndo do quarto enquanto eu tossia incontrolavelmente. De início eu não sabia como me sentir em relação ao fato dele ter livre acesso a minha casa, mas após algum tempo eu realmente não me importei.
— Vou à farmácia. — Respondo, já prevendo a sua resposta.
Seus olhos azuis estreitam. — Não. Você vai se trocar e ficar relaxando em casa.
Noah se move para frente, fazendo com que eu volte para trás. Ele ocupa o vão da porta, impedindo a minha passagem.
— Eu vou sair. — Afirmo não deixando espaço para oposições.
Ele sorri como se isso fosse adorável. Idiota. E logo em seguida fecha a porta. — Não. Não vai. Sem discussões.
— Você, por acaso, vai comprar absorventes pra mim? — Zombo, sabendo que ele vai negar a tarefa de ir para a sessão feminina.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mr. Carter
ChickLitA última coisa que Melody Johnson pensava em fazer era se aproximar de outro homem após o fim desastroso de seu relacionamento. Ela só não esperava que o destino fosse agir tão rapidamente e levá-la direto para os braços de um intenso homem com um p...