Mr. Carter

VINTE E DOIS

RESPONDAM A QUESTÃO QUE COLOQUEI NA NOTA FINAL

Vamos pra uma lua de mel, faça eu me apaixonar
Traz de novo aquele olhar
Que no passado me paralisou atravessando a rua
Abre esse sorriso pra mim, seja lá pra onde for
Diz que aceita por favor
Vale a pena lutar pra salvar o nosso amor
Lua de Mel, Sorriso Maroto.

Entramos em um corredor curto. Suas paredes repletas de fotos de família. Ando lentamente, quase parando ao observar as imagens antigas. Noah não me apressa, apenas fica atrás de mim, acompanhando os meus passos. Meus olhos varrem a imagem de uma mulher jovem, seus cabelos longos e volumosos estão jogados para o lado, caindo sobre a sua clavícula e seio. Seus olhos são puxados para o mel, uma cor que eu estou familiarizada. Ela estampa um imenso sorriso em sua face quando um homem alto a abraça por trás, rodeando a sua cintura. Se eu olhasse a foto por um breve momento eu poderia afirmar que é Noah nela, mas ao olhar atentamente podemos notar as poucas diferenças.

— A semelhança entre vocês é incrível. — murmuro ainda olhando para os rostos felizes na foto. O casal parece apaixonado, sua alegria e real felicidade sendo representadas pelos sorrisos dados e a posição ao estarem abraçados. A mulher está aconchegada ao peito do homem e suas mãos tocam carinhosamente os seus antebraços enquanto o homem a segura amorosamente.

Sinto o calor do corpo de Noah próximo ao meu indicando a sua proximidade. Ele não fala nada ao meu comentário e eu continuo o meu caminho. Outras duas fotos me fazem parar. A primeira é de todos eles reunidos ao lado de uma arvore natalina. Mia não parece ter mais do que dois anos e ela está sendo carregada por um jovem menino de cabelos escuros e olhos calorosos. O amor e a alegria demonstrado em suas feições me surpreende, é como se ele fosse uma pessoa totalmente distinta ao que eu conheço atualmente, mas pode ser que seja.

O seu pai tem uma mão em seu ombro e a outra na cintura de sua esposa. A mãe de Noah o segura na sua frente e Matthew logo ao lado vestindo uma espécie de pijama com estampa de super herói. Ele tem as suas mãos em punho pressionado firmemente em seu quadril e seu peito estufado. A posição é cômica e me faz rir. Mas o meu olhar sempre volta ao Noah e sua inocência juvenil. Seus olhos azuis tão similares ao do seu pai e um tufo de cabelo escuro bagunçado em sua cabeça. Seus bracinhos estão posicionados duramente ao seu lado enquanto ele se estica um pouco com um largo sorriso em sua face fazendo com que destaque as suas rechonchudas bochechas rosadas e a janelinha causada pela queda dos dentes de leite.

Ele está tão fofo e adorável que meu desejo é de segura-lo em meus braços. Consigo ver traços de Noah adulto com a sua versão jovem e eu me encontro apaixonada pela visão. O pensamento de ter uma criança, uma criança de Noah me aquece, e por algum motivo bizarro, eu não estou assustada com o pensamento e nem ajo como se isso nunca tivesse passado pela minha mente. Ter um filho com Noah seria tão ruim afinal? Agora não é o momento apropriado, mas daqui a alguns anos? Com certeza eu não me oporia. Estamos passando por uma fase de descobertas, conhecendo um ao outro profundamente. No momento eu tenho uma ameaça pairando sobre a minha cabeça e apenas lembrar os acontecimentos me faz estremecer, mas eu tenho a convicção de que Noah estará ao meu lado, cuidando de mim, me protegendo.

O hálito amendoado de Noah sopra em meu ouvido, tirando-me dos meus pensamentos e ele pede. — Feche os seus olhos.

Tento me virar para encará-lo, mas ele me mantém no lugar com as suas mãos. — Noah?

Sinto o leve toque de seus lábios macios em meu maxilar e então ele fala contra a minha pele. — Feche os olhos, preciosa. Agora.

O encostar de sua carne macia contra a minha pele causa arrepios bem vindo ao meu corpo. Fecho os olhos, um pouco hesitante. Noah não se repete e imagino-o olhando para mim para confirmar que aceitei o seu pedido enigmático. Com as suas mãos ainda em meus braços eu o sinto me guiar para... Bem, algum lugar. Distraída em pensamentos eu acabo dando um passo desajeitado e tropeço, mas rapidamente o aperto em meu braço muda para a minha cintura e eu sou pressionada a um glorioso peitoral duro.