Kevin e Sara ficaram até tarde em casa, depois que eles se foram, me concentrei em deixar as coisas arrumadas para ir trabalhar no dia seguinte. Estava com uma calça de moletom e um cropped cinza larguinho que havia colocado depois do banho, meu cabelo preso em um coque qualquer e o rosto sem vestígio de maquiagem enquanto arrumava a bolsa da Angelina para a creche.
— Nunca gostei de mulher de moletom, mas até que você fica bem, sabia?
Virei-me assustada e encarei Brian em pé na porta do meu quarto com um sorriso de canto. Puxei minha blusa pra baixo na tentativa de tampar minha barriga à mostra, mas só fez com que ele descesse seus olhos.
— O que faz aqui? – tentei chamar sua atenção.
— Queria saber se o relatório das indústrias Schneider está com você.
— Podia ter me ligado, mas não, este relatório eu deixei em cima da sua mesa na quarta de manhã.
— Hm... E você está bem?
— Estou e você?
Ele deu de ombros e olhou pra baixo. Algo me dizia que Brian não tinha ido até minha casa somente por isso.
— Qual o real motivo de você ter vindo até aqui?
Ele suspirou antes de entrar no quarto e encostar a porta atras de si.
— Lembra que antes de te contratar eu perguntei se você podia viajar? – assenti – Então, eu vou ter que viajar para Londres e você irá comigo.
— Eu não posso, minha filha...
— Eu sei, tentei arranjar um modo de levá-la também, mas vamos ter reuniões e eventos a noite para ir, não da pra ter uma criança com a gente. Por isso, conversei com a Isabella e ela disse que cuida da Angel com muito prazer.
— Quem é Isabella?
— Minha segunda mãe. Ela quem cuidou de mim e do meu irmão desde pequenos.
— Mas como ela vai cuidar da Angel?
Ele ia responder, mas bateram na minha porta antes e uma cabeça castanha adentrou por ela. Meu pai olhou Brian sentado no sofá do meu quarto, depois olhou para mim em pé em frente a bolsa da Angel e sorriu fraco.
— Posso falar com você filha?
— Claro, pai. Espera ai, não mexe em nada!
Brian sorriu divertido e eu sai do quarto atras de meu pai até seu escritório. Tinha esquecido que ele estava querendo falar comigo desde o dia do evento com meu chefe. Ele fechou a porta logo depois que eu entrei e se sentou em uma das poltronas, me oferecendo a outra.
— Sabe filha, eu estive pensando durante esses últimos meses e notei algumas coisas que não me agradaram nem um pouco.
— O que pai?
— Sua mãe. O fato dela não tratar a Angel como qualquer avó trataria a primeira neta. O jeito como ela vem tratando você e essa constate discussão de vocês duas. A forma como isso tudo afeta a Angelina. Sabe? Essas coisas e não fico nem um pouco feliz de dizer que isso só está me motivando a pedir a separação.
— Oi? Você quer se separar da mamãe?
— Pietra, entenda, todos nós temos um lado que ninguém conhece. Esse lado da sua mãe... Isso que ela está se mostrando ser com você e minha neta desde que engravidou... Não é essa mulher que eu amo, não foi com ela que eu me casei e jurei amor até que a morte nos separasse. E por não ser ela, não tenho motivo pra continuar com isso.
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Minha vida depois de você
ChickLitEsta não é uma história romântica. Ok, talvez um pouco. Mas não daquelas onde a mocinha do bem, conhece o mocinho do mal e ele resolve que ela pode muda-lo e eles se apaixonam e vivem felizes para sempre. Não, essa história é sobre uma garota que fo...