Capítulo 8

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Isabella

Passei o dedo pela lista grudada na porta e adivinha quem é a minha dupla? Se disseram Erick Medeiros, acertaram. Eu não posso acreditar que vou ter que estudar com ele, reclamar para o professor não vai adiantar, então é melhor aceitar. Resolvi ir no meu armário pegar as apostilas que vou usar hoje, mas quando me aproximei vi que tinha um ser encostada na porta.

— Se você não sabe, esse armário é o meu. Poderia me dar licença? — ela foi para o lado.

— Você está se achando demais, nerd — Vivian falou.

— Eu não estou procurando nada para estar se achando — abri a portinha do armário.

— Fala direito comigo ou... — a interrompi.

— Ou o que, Vivian? Eu não tenho mais medo e nunca mais vou abaixar a cabeça pra você! — coloquei as apostilas dentro da minha mochila.

— Está se revelando, nerdizinha? Para quê? Ninguém gosta de você aqui nessa escola, não importa se mudou suas roupas, continua a mesma ridícula de sempre! — não consegui me segurar e acabei lhe dando um tapa.

— Eu não me importo com a sua opinião, garota. Isso não é nada perto do que você merece! — me segurei para não lhe bater novamente, eu não sou o tipo de pessoa que bate nos outros, mas doeu quando ela me bateu no dia que me encontraram na pracinha.

— Você está louca? — grunhiu irritada tirando os cabelos do rosto.

Ela veio para cima de mim, só que eu fui mais rápida e passei o pé lhe dando uma rasteira, ela caiu no chão com as mãos uma de cada lado da cintura.

— Nunca mais você vai me bater e ficar por isso mesmo. Eu cansei! — ela se levantou brava.

— Você me paga, vagabunda! — saiu andando com a mão no rosto.

Bati a porta do armário com força, pouco me importei com as pessoas me olhando, comprei um suco e me sentei na mesa de dois lugares no fundo do refeitório.

— Eu nunca mais vou deixar alguém me humilhar — fechei os olhos sussurando para mim mesma.

— Cadê a garota fofa e meiga? — ouvi a voz do Erick e respirei fundo.

— Que eu saiba você não me conheceu para saber se eu era fofa e meiga — ele se sentou na cadeira à minha frente.

— Eu não precisei conversar com você antes para saber que era assim. Sei que ti humilhei bastante mas um dia eu a observei, vi a delicadeza que passava a folha do livro para não rasgar, como se isso fosse possivel, as folhas são  grossas... — o interrompi.

— Eu gosto de cuidar das minhas coisas — falei óbvio.

— Continuando... Não sei porque eu estou dizendo isso pra ti, mas só quero que não deixe a Isabella de antes sumir — senti que ele estava sendo sincero.

— Eu não queria ter batido nela, acho que foi a raiva que me fez fazer isso, eu não sou uma pessoa que resolve as coisas na violência. Eu não suporto isso! — passei a mão no meu rosto — E você pode voltar a ser o Erick de antes, porque esse que está falando não é o que eu conheço — olhei para ele.

— Você viu que vamos ser dupla de estudo? — assenti — Sei que você me odeia, mas eu não posso mudar o passado e eu não quero que a gente fique brigando.

— Eu não ti odeio, Erick. Pode não acreditar, mas eu não guardo rancor de ninguém, independente do que fizeram. Se já terminou, pode ir embora — peguei meu fone.

Me Apaixonei... Pela Nerd!Onde histórias criam vida. Descubra agora