Acordei e fiz minhas higienes, tomei um café rápido e fui pro hospital depois de escovar os dentes, Samuka veio junto.
— Pai, diz pra mim que você tem boas notícias? — ele estava na recepção, sozinho.
— Isabella passou bem pela cirurgia, ontem a noite ela acordou chamando pela Kath, Raul acha melhor não contar a ela enquanto estiver no hospital.
— Graças à Deus! Como está o Thiago e a Karina? — perguntei mais aliviado.
— Eles vão receber alta hoje a tarde, Isabella talvez amanhã se ela não tiver nenhuma complicação — assenti.
— Cadê o tio Raul e a tia Sara? — Samuka perguntou.
— Eles foram pra casa, Júnior está com a Isabella enquanto eles descansam.
— E você vai descansar quando? — arquei uma sombrancelha.
— Lara foi conversar com a Karina e a sua avó está lá junto, ela chegou ontem à noite, depois vamos pra casa — concordei.
— O que estão fazendo aqui? — Júnior olhou sério para mim e Samuka.
— Não entendo porque não gosta da gente — Samuka revirou os olhos.
— Será que é por que já vi minha irmã chorar várias vezes por causa de humilhações de certos populares idiotas? — falou com voz de tédio.
— Isabella já nos desculpou por isso.
— E vocês acham que essas desculpas vai fazer a minha irmã esquecer de tudo? — franziu a testa.
Além de ficar mal por Isabella estar no hospital, tem que ouvir Júnior nos dando sermão, sei que ele está certo, mas pra mim é a opinião da Isabella que vale e não a dele. Fui pro jardim, aqui é bem bonito, tem uns bancos de praça, flores e algumas árvores. Hoje o dia está fresco com algumas nuvens, meu celular começou a tocar, no visor apareceu o nome do Daniel.
— Fala, mano — cumprimentei.
— Não é teu mano, como está a Isabella? — era Cecília.
— Bem, se ela não tiver nenhuma complicação vai ter alta amanhã.
— Que bom, eu queria ir visitá-la, mas Daniel não quer deixar.
— Cecília, isso é invasão de privacidade — ouvi a voz do Daniel ao fundo.
— Eu sou a sua mulher agora e eu mexo no seu celular quando eu bem entender.
— Já está assim? — brinquei.
— Tenho que colocar ordem no começo, depois não dá certo.
— Acho que não vou me casar mais — Daniel estava querendo morrer.
— Acho que eu vou ter que desligar, tem alguém aqui querendo ter um conversa séria. Manda um beijo pra Isabella e diz que a Alyne está bem.
— Quem é Alyne? — perguntei, confuso.
— É a minha filha, Isabella vai ser a madrinha dela. Tchau, Erick! — encerrou a ligação.
Esses dois não tem jeito, mas pelo menos eles se amam assim. Estava distraído quando Alan se sentou ao meu lado.
— Isabella quer ti ver — me olhou.
— E tu acha que o irmão dela vai deixar? — bufei.
— Júnior não pode proibir, Isabella gosta de ti.
— Eu vou lá falar com ela — me levantei.
Entrei novamente no hospital, estava indo pro corredor dos quartos quando o Júnior me parou.
— Aonde pensa que vai? — cruzou os braços.
— Eu vou ver a Isabella — tentei ficar calmo, o que era difícil.
— Não vai mesmo — disse, respirei fundo para não falar coisa que não devo.
— Escuta aqui, eu vou ver a Isabella e não é você que vai me impedir — passei por ele.
Eu já fui mais estourado, mas eu também não posso brigar com o Júnior, porque é capaz dele fazer a cabeça de Isabella contra mim. Entrei no quarto devagar, Isabella estava com os olhos fechados, fui até ela e peguei na sua mão.
— Desculpa, não queria ter ti assustado — beijei sua testa.
— Não tem problema, você está estranho — apertou minha mão.
— Eu estou bem, com você está? — mudei de assunto.
— Eu quero ir embora, odeio hospitais — fez careta.
— Se tudo ocorrer bem, você vai ter alta amanhã — sorri de lado.
— Que bom, mas vou ter que ficar de repouso, estou com um pouco de dor — Samuka entrou no quarto.
— O teu irmão está bufando lá fora — afagou os cabelos da Isabella.
— Agora eu entendo porque está estranho — olhou para mim.
— Teu irmão não vai muito com a cara da gente — revirou os olhos.
— Não liguem pro Júnior, não adianta eu falar com ele, parece que é surdo — bufou.
— Deixa ele! A gente tem que ir, o médico disse que a Isabella tem que descansar. Tchau, Isa! Amanhã nós vamos lhe visitar! — beijou a testa dela e saiu do quarto.
— Eu quero o meu beijo antes de você ir — sorriu, me aproximei dela colando nossos lábios, foi um beijo calmo, terminamos com selinhos.
— Eu ti ligo a noite para saber como você está — beijei sua bochecha.
— Eu vou esperar — mecheu no meu cabelo.
Lhe dei mais um beijo rápido e saí, fui pra recepção e minha avó estava conversando com o Alan e o Samuka.
— Oi, Erick — me abraçou.
— Oi, vovó — sorri.
— Eu vou indo, tenho que buscar meus pais no aeroporto, qualquer coisa me liguem — Alan avisou e saiu pela porta de entrada do hospital.
Me sentei. Vou ficar aqui até Karina receber alta, do jeito que meus pais estão cansados eles só vão acordar a noite e não custa nada eu levar ela pra casa. Passou algumas horas e o doutor disse que Karina já estava de alta, assinei a autorização e fui até seu quarto.
— Vamos embora, pirralha — falei quando ela chegou na recepção com a minha vó.
— Aff! Eu odeio quando você me chama assim! Vamos embora logo — saiu andando na nossa frente.
— Estava com saudade dessa Karina — Samuka comentou e nós rimos.
Minha vó foi no banco detrás com Karina e Samuka no banco do passageiro, deixei ele em casa e fui pra minha.
— Que saudade de você, meu bebê — Karina pegou Bob no colo.
— Sem escândalo, Karina! Nossos pais estão descansando — deixei as coisas dela em cima da poltrona.
— Eu vou fazer alguma coisa pra vocês comerem — minha vó foi para a cozinha.
— Eu liguei pra Lívia e ela disse que não vai enterrar Kath e sim cremar, as cinzas vão ser jogadas no Rio de Janeiro, ela vai voar de Asa-delta, Kath tinha esse sonho — nos sentamos.
— Não deve estar sendo fácil, a Lívia escapou da morte também, o bom é que a polícia conseguiu prender Roberta e Diego antes deles a acharem — concordou balançando a cabeça.
— Espero que consigam pegar Leonardo logo! Vou colocar comida pro Bob — assenti.
Leonardo conseguiu fugir da escola sem a polícia ver, não sei como ele conseguiu, Igor também foi preso. O que mais me da raiva, é saber que Diego estava enganando a minha pequena esse tempo todo se fazendo de bonzinho, mas agora ele vai pagar por tudo atrás das grades.
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Me Apaixonei... Pela Nerd!
Подростковая литератураCapa feita por: iPunker - Capas Chavosas Isabella Albuquerque, mais conhecida como a nerd do colégio, sofre com as zoações da turminha de Erick Medeiros, capitão do time de Rugby, ele ao contrário de Isabella só pensa em curtir a vida sem se preocup...