Erick
Estou sentindo como se algo muito grave aconteceu. Comemoramos a vitória do time, tomamos um banho e fomos receber a medalha com o troféu que vai ficar na escola, depois da diretora falar e o técnico também, fomos liberados e Alan veio correndo até nós.
— A gente precisa ir! Karina, Isabella, Thiago e Kath foram levados pro hospital — falou tudo rápido.
— Eu sabia que tinha acontecido alguma coisa — senti meu peito se apertando.
Como eu vim de carro, entramos e segui pro hospital, estacionei o carro de qualquer jeito e entrei rápido na recepção e meus pais mais os da Isabella estavam sentados, nenhum com uma cara boa.
— Como eles estão? — olhei para eles.
— Karina levou um tiro de raspão na perna e tivemos que doar sangue pra ela, Thiago levou um tiro na coxa, mas não foi grave e Kath não resistiu — meu explicou.
— Kath... — Samuka se sentou rápido na cadeira e a tia Sara foi consola-lo.
— E a Isabella? — questionei com medo da resposta.
— Isabella é o caso mais grave. Ela levou um tiro na lombar e pode ter perfurado algum orgão, mas ela vai ser forte como sempre foi, tenha fé, meu filho — minha mãe me abraçou.
Me sinto como se estivessem enfiado uma faca no meu peito, estou me sentindo um inútil de não ter feito nada para impedir isso, mas o que eu poderia fazer? Nada, não sou bom com armas, mas talvez alguns socos adiantassem.
Eu odeio hospital! O médico nos liberou para ver Karina, meus pais foram primeiro e depois eu fui, entrei no quarto e me sentei ao lado da sua cama.
— Eu estou me odiando, mano! — lágrimas saíram dos seus olhos.
— Não fica assim, tudo vai ficar bem — passei a mão no seu rosto.
— Não vai, Erick. Kath se foi e a Isabella nunca vai me perdoar pelo que eu fiz, eu mesma acabei com a minha vida — ela fungou.
— Vou fazer as palavras da minha pequena as minhas: Nunca é muito tempo! Seja paciente, Karina, Isabella pode não ti perdoar agora. mas tenho certeza que um dia vocês podem ser amigas novamente, a gente não vive de passado, para ser feliz temos que viver o presente e futuro — beijei sua testa.
— E você quer a Isabella no seu futuro? — sorriu com os olhos marejados.
— Isabella é o meu presente e futuro, não imagino a minha vida sem a minha pequena, é com ela que eu quero me casar e ter meus os meus filhos — sorri.
— Você sabe que ela pode ir para Nova York, né? — assenti.
— Eu espero por ela aqui, a única coisa que eu tenho medo é dela encontrar alguém melhor do que eu, você sabe que eu não sou o melhor cara para ela — suspirei.
— Para que Isabella vai querer o melhor se é você que a faz feliz, Erick? — questionou.
— Com licença, está na hora de descansar, mocinha — uma mulher de branco entregou no quarto, era a enfermeira, com uma bandeja com alguns rémedios e uma seringa.
— Não vai me dizer que você vai enfiar esse monstro em mim, né? — Karina olhou apavorada para ela.
— Calma, eu vou aplicar na sua veia, pelo caninho do soro, não se preocupa — tentou a acalmar.
— Eu já vou indo, fica bem — abracei ela beijando seus cabelos.
Saí do quarto e fui pro jardim que tem aqui no hospital, me sentei embaixo de uma árvore e deixei as lágrimas presas saírem.
— Deus, não tira a minha pequena de mim, não vou suportar a dor de perder alguém que amo de novo — sussurrei olhando pro céu.
— Você não vai perda-la, querido — tia Sara se sentou ao meu lado.
— Eu estou com medo, tia, estou tentando ser forte, mas está difícil — limpei as lágrimas.
— Isabella é teimosa, ela vai lutar contra a morte para vencer novamente — deu um sorriso fraco.
— Cadê o Júnior? — perguntei.
— Ele foi pra delegacia, só espero que ele traga notícias boas — respirou fundo.
— Mano, o tio Breno pediu para a gente ir pra casa, tu vai dormir na minha — Samuka parou em nossa frente.
— Eu não quero ir! — me levantei.
— Erick, vai pra casa, toma um banho e come alguma coisa, a gente ti liga se acontecer algo — tia Sara assegurou.
— Pode me ligar qualquer hora — abracei ela — Você dirige! — entreguei a chave para o Samuka.
— Ok, o Alan foi pra casa porque ele ia avisar os pais dele — assenti.
Entrei no carro e passei em casa para pegar uma mochila com as minhas coisas e produtos de higiene, entramos na casa do Samuka e a Sofhie estava chorando.
— Por que ela está chorando? — ele perguntou para o pai.
— Bebês choram quando estão com fome, já que eu volto — subiu as escadas com ela.
— Os bebês já podiam nascer falando, o bom é que as paredes aqui em casa são anti-ruídos, Sofhie pode chorar a noite inteira que eu não vou ouvir — comentou enquanto subíamos para o segundo andar.
— Eu quero ver quando tiver um filho, vai ter que acordar de madrugada — entramos no seu quarto.
— Se eu tiver um filho, né? Não sei se vou ser um bom pai, quem sabe daqui um tempo eu ganhe esse presente, mas eu quero me casar primeiro — se sentou na cama.
— Se um dia eu tiver um filho, eu vou participar de todos os momentos — me sentei na cadeira do computador.
— Até trocar fralda? — fez careta.
— Isso faz parte, mano — dei de ombros.
— Pode tomar banho aqui no meu quarto, eu vou falar com a minha mãe — saiu pela porta.
Tentei conversar com o Samuka sobre a Kath, tentar o consolar de alguma forma, mas ele é muito fechado, prefere sofrer em silêncio e sozinho. Agora eu tenho que rezar para a Isabella sair bem daquele hospital, não quero a perder, preciso dela ao meu lado para sempre.
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Me Apaixonei... Pela Nerd!
Genç KurguCapa feita por: iPunker - Capas Chavosas Isabella Albuquerque, mais conhecida como a nerd do colégio, sofre com as zoações da turminha de Erick Medeiros, capitão do time de Rugby, ele ao contrário de Isabella só pensa em curtir a vida sem se preocup...