Para sempre (Lemon)

1.9K 168 93
                                    

Scorpius demorou muito a dormir naquela noite. Aquela conversa com Albus no Corujal, mexeu com ele. Automaticamente o "eu te amo" ia sair da boca dele, mas mesmo atropelando a frase um pouco Albus havia entendido, e dissera que ele também. Borboletas batiam com força contra a barriga de Scorpius, nunca estivera tão feliz.
Não sabia até que horas havia ficado acordado, mas quando ouviu um barulho na cama vizinha, já sabia oque vinha em seguida. Fingiu que estava dormindo, e pouco tempo depois Albus se deitou ao lado dele. As cortinas lentamente se fecharam sozinhas ao redor dos dois. Tentou continuar fingindo que estava dormindo, mas Albus já o conhecia bem o suficiente, o beijou-o pelo pescoço e Scorpius se arrepiou. Ouvir a risada de Albus perto do seu ouvido o fez se arrepiar mais uma vez, era assim que ele o ganhava sempre.
-Sei que está acordado, é um péssimo ator. -sussurrou Potter.
-E você não devia vir tão descaradamente para a minha cama. -respondeu baixo.
-Clary me ensinou uma coisa nesses dias. -ele se sentou e ergueu a varinha para as cortinas, uma luz amarela saiu da ponta e mergulhou nelas, os deixando ver ela se esgueirar pelas linhas até a completar. -Ninguém pode nos ouvir. -ele disse sorrindo e sentando sobre Scorpius. -Pode até gritar se quiser.
-Acredito que não vá ser necessário. -Scorpius disse rindo, ele se sentou e pousou às mãos sobre as pernas de Albus.
-Não estrague meus planos! -Potter fingiu está bravo com um bico, Scorpius se inclinou e o mordeu, dando liberdade para o outro continuar um beijo. -Eu não consigo ficar com raiva se você fizer isso.
Ele empurrou Scorpius de volta para a cama, sorria tão maliciosamente que Malfoy ficou em dúvida se ficava com medo ou se o agarrava. Decidiu pela melhor opção, o puxou pela camisa levando-o até perto dos seus olhos.
-E eu não consigo me manter são com você fazendo isso.
Albus riu e beijou o canto da boca dele, Scorpius fechou os olhos enquanto sentia o amigo ir roçando os lábios até perto da sua orelha.
-Quem disse que eu quero você são? -sussurrou, da forma que tirava Scorpius de si, ele o puxou e beijou-o novamente.
Eles já não se importavam mais se estavam ouvindo ou não, nem lembravam dos colegas. O calor era maior, assim como foi na casa dos gritos, só esperavam que ninguém os atrapalhasse novamente. Aquela dança eles já conheciam, beijos, carícias, mordidas, tudo com o objetivo de deixar o outro louco de desejo. Quando Albus abriu violentamente a camisa de botões de Scorpius, eles pararam se encarando. Albus o perguntava silenciosamente se deveria continuar, e Malfoy o permitiu. Talvez fosse cedo demais para avançarem aquilo, mas Scorpius sabia quando não estragar uma chance única.
Aquela não parecia à noite fria de antes, estava muito quente para os dois.
Albus foi engatinhando para trás enquanto ia mordendo o tronco de Scorpius, seu objetivo era que ele acordasse com suas marquinhas, lembrando da noite. Chegando perto das calças de Scorpius ele parou e disse:
-Me deixe o recompensar pelo que as meninas interromperam.
Não se importou se ele iria responder ou não, apenas encaixou os dedos nas calças dele e as puxou para baixo. Sentindo o estremecer de Scorpius, ele sorriu, aquela situação era mais intima que o normal para eles, ter que ficar dessa forma com quem ele considerava seu melhor amigo era um tanto estranho. Ele terminou de tirar as calças de Scorpius, voltou a beijar sua barriga e foi descendo mais até suas coxas, onde não aguentou e teve que o morder, a pele pálida e macia onde com certeza ficaria uma marca, a deixou escapar entre os dentes devagarinho, ouvindo a respiração travada do outro. A mordida na parte interna da perna de Scorpius  o arrepiou e o fez gemer, oque excitou Ainda mais Albus, e o incentivou a continuar.
Beijou-o mais um pouco antes de por o membro do amigo na boca. Malfoy sabia da incerteza do outro, porque assim como ele, havia passado por isso na casa dos gritos, mas também sabia que depois você esquecia de tudo, assim como naquele momento eles esqueciam que existia um mundo por trás das cortinas verdes. Scorpius tentava não segurar os cabelos de Albus com força, mesmo que quisesse muito.
As borboletas na barriga de Malfoy pareciam ter de animado mais ainda, não conseguia controlar o próprio corpo, sentia a boca de Albus, gemia o nome dele, o arranhava as vezes, era tudo que em mente normal não estaria fazendo. Comprovava ali que Albus sabia o enlouquecer. Até então não sabia que levariam aquilo mais adiante, mas então Albus massageou sua entrada com o dedão, oque ele gostou mais do que imaginava. Potter se afastou dele com um último movimento de sucção, sorriu e  se ergueu até o rosto de Scorpius, o deu um selinho e sussurrou:
-Se quiser que eu pare, pode falar.
Malfoy não conseguiu responder, só assentiu. Ele não havia entendido muito bem oque Albus quis dizer, mas então esse o penetrou com um dedo. Ele gemeu surpreso e um pouco desconfortável, Scorpius fechou os olhos, enquanto Albus ia deixando beijos nele tentando o distrair da dor leve.
Quando pôs o segundo, Scorpius quase pediu que parasse, mas começou a se acostumar e já não doía tanto,  Albus ia cuidadosamente, sempre preocupado se não estava machucando-o, sussurrando coisas excitantes no ouvido dele.
Ele foi os tirando devagar, ouvindo o gemido rouco de Scorpius perto do ouvido.
-Tomara que esse feitiço de silencio funcione mesmo. -Scorpius disse respirando pesado, até ali não havia aberto os olhos, mas quando o fez, viu Albus sorrindo logo acima dele. -O que?
-Se não funcionou, todo mundo está acordado aí fora. Constrangedor. -ele beijou Scorpius enquanto foi tirando as próprias roupas. Não tinha planos para que isso acontecesse mesmo, porém quando o coração fala mais alto, ninguém o impede. Nem mesmo a ideia de todos estarem os ouvindo.
-Não acha que é muito cedo? -Scorpius perguntou apreensivo, e Albus o entendia, pensava a mesma coisa.
-Eu só vou fazer oque você quiser. -Albus disse voltando a beija-lo pelo pescoço. -Sabe que eu nunca o forçaria a nada.
-Sei. -Scorpius puxou seu rosto até estar perto do ouvido de Potter, onde sussurrou. -Eu quero você.
Não havia melhor estimulação para Albus do que essa frase, simples, mas se dita por Scorpius, podia virar seu mundo. Ele começou a o beijar novamente, apenas para um momento de distração para poder ir lentamente o penetrando. Scorpius abafou uma exclamação alta ao se afastar de Albus, aquilo era uma sensação nova, que começava a se tornar boa aos poucos. Scorpius fechava as mãos no lençol fino e liso da cama, que não supria sua vontade de segurar alguma coisa para não fazer isso em Albus, a mente entrando em êxtase, suas pernas pareciam dormentes, a dor se tornando em prazer como nunca antes. Ele não esperava sentir isso tão cedo, mas agora não esperava fazer isso com mais ninguém além de Albus, era uma relação muito íntima, que fazia os dois agirem por completo extinto e demonstrava por meio disso que queriam Ainda mais estar um com o outro, como a simples proximidade que tinham até pouco antes não fosse suficiente.
Potter começou a respirar Ainda mais rápido, os braços tremeram ligeiramente, ele se apoiou nos cotovelos e encostou a testa no ombro de Scorpius, voltou a o penetrar com mais energia para chegar ao fim daquilo. Ele chamava o nome de Malfoy baixinho, o pressionava Ainda mais contra si mesmo, o calor aumentando, o mundo se dissipando da mente, não importava escola, amigos, família, regras, passado ou futuro, seu único pensamento era Scorpius. E enfim chegaram em seus ápices juntos.
Albus desabou ao lado de Scorpius, estava suado e ofegante, olhando para o teto com um sorriso de triunfo. Aquela seria a noite que nunca esqueceria na vida e a guardaria Ainda mais especialmente porque sempre lembraria que foi com Scorpius, alguém que também seria para sempre guardado.
Percebeu que as bordas da cortina continuavam brilhando, então o feitiço funcionara, oque era um alívio. Imaginava sair dali e estarem todos os seus colegas de dormitório ao redor da cama.
Ele finalmente se virou para Scorpius, o rosto calmo e com uma fina camada de suor, parecia bem como ele. Albus se aproximou e sussurrou:
-Foi bom pra você? Ou me acha um idiota agora?
Scorpius sorriu.
-Os dois, eu acho. -ele virou o rosto para Albus e o deu um selinho. -Se amanhã eu não for para a aula, saiba que foi sua culpa.
-Certo. -ele devolveu mais um selinho e catou suas roupas na cama, se vestindo ali mesmo desajeitadamente.
Scorpius o viu olhar pela brecha da cortina, depois ele acenou e sumiu para a sua cama. Novamente sozinho, ele riu, sabia que o outro não o ouviria, então poderia expressar oque sentia. Ele riu alto, era uma felicidade que não poderia explicar, que ultrapassava o cansaço que também sentia. Ele se vestiu sorrindo, com as pernas bambas ainda. Se deitou sorrindo e dormiu sorrindo como uma criança em seus mais doces sonhos.

-X-
Aquela manhã fora a mais feliz na vida de Albus, nenhum dos colegas parecia desconfiado sobre ele, ou incomodado e na sua primeira aula que era de Feitiços, ele esperou a qualquer instante que Scorpius chegasse, mas esse não o fez, oque contribuiu Ainda mais para ele ter certeza que tudo não fora uma mera fantasia, e mesmo Clary com toda a sua curiosidade pelo motivo do sorriso tatuado no rosto dele não o irritou nem um pouco.
Porém na troca de aula, enquanto ia para a sala de Runas, Clary que fazia parte da mesma turma o acompanhou e junto com ela, suas perguntas.
Eles dois subiram as escadas de mármore, seguindo para o segundo andar do castelo e ao chegar lá, Albus segurou o braço dela e a fez se atrasar da turma para terem uns minutos de privacidade. Andando lentamente pelo corredor, ele finalmente falou com ela em voz baixa, haviam quadros ali e o Barão Sangrento ultimamente estava se escondendo em armários e paredes para servir de espião para a diretora e os professores:
-Olha, eu sei que vai pedir detalhes, mas agora não vai dá para responder. -ele parou de andar e disse a ela cerrando os olhos. -Só perguntas de resposta rápida.
Clary arregalou os olhos, era quase possível ver milhões de teorias passando pelos seus olhos claros.
-Onde está o Scorpius? -ela perguntou desconfiada.
-Ficou no dormitório hoje. -Albus cruzou os braços enquanto ela pensava.
-Doente?
-Não.
-O que você fez com ele?! -Clary falava como se a ideia mais óbvia fosse que Albus tivesse o matado. -Ele está vivo?
-Mais do que nunca. -ele riu confundindo-a -Eu vou dizer e vou sair correndo.
Ela aceitou, Albus se inclinou e disse rápido.
-A gente transou. -e como dito, saiu correndo e Clary continuou chocada no corredor.

-X-
Albus escrevia a lição de casa quando recebeu um bilhete de Clary.
"COMO ME CONTA ISSO E VAI EMBORA???"
Ele riu e o amassou, se virou na cadeira e fez sinal de depois para ela. Pelo menos aquela era a última aula da manhã, no almoço provavelmente encontraria Scorpius e poderia contar os detalhes que Clary tanto queria, não todos é claro.
Ele se voltou para a professora, ela escrevia dicas para fazer a atividade, que era traduzir um texto. Infelizmente se lembrou do pai, que quando soube que ele iria fazer essa matéria, lhe disse que a professora era a mesma do seu tempo e que sua tia Hermione havia cursado isso. Ele nunca se importou muito com oque o pai falava, mas agora que haviam feito as pazes, não sabia exatamente como seria a resposta dele sobre aquele relacionamento entre ele e Scorpius. Ou melhor, entre ele e o filho do homem que um dia o quis morto. Não gostava nem de pensar nisso, também não ligaria dessa vez para a opinião do pai. Querendo ou não, agora ele era de Scorpius e Scorpius era dele, para sempre.

Poisonous Love// Scorbus (Em Edição)Onde histórias criam vida. Descubra agora