Cartas

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O sol já lançava seus primeiros raios quando decidiram dormir, a ceia de Natal havia os levado a distração por muitas horas, todos extremamente cansados por passar a noite entre brincadeiras e conversas bobas, por um momento todo o caos da manhã e da tarde sumira. As cinco, Albus sugeriu a Scorpius que fossem dormir, e esse prontamente aceitou, por ele teria ido dormir algumas horas antes, mas não queria decepcionar no seu primeiro Natal com Albus como um casal. Eles se despediram dos que ficaram na sala, menos de Louis que dormira logo após a ceia.

Scorpius segurou a mão de Albus quando subiram a escada e foi meio tropego até o quarto enquanto o outro o guiava. Ao chegarem lá dentro, ele se adiantou em fechar as cortinas pesadas para dá uma ideia de noite ainda, ao esticar os braços e puxar as cortinas, Albus o abraçou pela cintura e ele riu jogando a cabeça no ombro dele.

-Eu te amo. -sussurrou Potter. -Muito, mesmo.

-Eu sei. Eu também te amo. -respondeu meio bêbado de sono, oque não tornava isso menos verdadeiro. -Vamos dormir, Albus. -ele se virou e o puxou pela mão até a cama, tirando os sapatos antes de se impulsionar para cima da cama. Albus riu dele, mas fez o mesmo, com mais cuidado para não cair sobre ele.

-Scorpius. -sussurrou tocando seu rosto e o outro emitiu um barulho avisando-o que estava ouvindo. -Amor, eu quero que me prometa uma coisa.

Scorpius abriu os olhos devagar e franziu a testa para ele, se aproximando mais até estarem com os corpos colados.

-Pode dizer.

-Você me preocupa em cada passo que dá, Scorpius, me aflige quando não estou perto, eu preciso saber oque está fazendo, não por querer controla-lo, mas porque eu lhe meti num problema gigantesco. -ele falava com os olhos baixos, sem querer encarar o namorado que agora parecia mais acordado e o ouvia atentamente. -Delphi não foi sua culpa, Rose também não. Queria te pedir desculpa porque... eu tive uma quedinha pela Delphi e me deixei ser enganado por ela e se eu não tivesse te beijado na torre...

Scorpius o interrompeu.

-Você não pode pedir desculpas por ter me beijado. -disse indignado. -Não foi um erro.

-Não, não me entenda assim. Estou dizendo que nada disso estaria acontecendo, especialmente a você, seu eu não tivesse te beijado na torre. -ele se apoiou num cotovelo ao ver que Malfoy iria o interromper de novo. -Querendo ou não, eu te coloquei em perigo fazendo isso.

-E? -Scorpius jogou os ombros, não conseguia acreditar que ele estava pedindo desculpa por isso, parecia se seu coração estava sendo machucado. -Albus, eu nunca reclamei por estar em perigo, e se eu tivesse que escolher de novo, eu faria a mesma coisa.

-Você não está me entendendo. Nem procurando me entender. -Albus suspirou, ao mesmo tempo os mini-pufes começaram a se agitar, como sempre, eles capitavam os sentimentos dos seus donos.

-Estou entendendo que está arrependido. Se for isso, não precisa enrolar.

-Ok, Scorpius. -disse Albus irritado e se enfiando sob os lençóis. -Conversamos amanhã.

-Eu não disse nada para você ficar com raiva. Eu que devia estar irritado. -ele bufou e se virou para o outro lado. -Mas afinal, o que ia me pedir?

-Esqueça.

Malfoy não poderia ter ido dormir com mais raiva, se agarrou ao travesseiro e dormiu querendo se voltar para Albus e brigar mais um pouco, até que estivessem resolvidos, oque talvez não iria funcionar tanto.

***

Mais tarde naquele dia, Scorpius acordou as duas da tarde, tateou o outro lado da cama e não encontrou Albus, então se lembrando da breve discussão da noite passada. Ele se sentou e respirou fundo, as cortinas já estavam abertas e incomodavam seus olhos, Scorpius se espreguiçou e jogou as pernas para fora da cama, tocando o chão frio com os pés e se encolhendo ligeiramente.

Poisonous Love// Scorbus (Em Edição)Onde histórias criam vida. Descubra agora