Poisonous Love// Scorbus (Em Edição)

Desculpas a Rose

Albus encontrou Scorpius no almoço e não poderia ter se sentido melhor ao ver que o outro carregava um sorriso tão feliz quanto o dele. Eles se sentaram na mesa junto a alguns do time de quadribol, Wang, que era o capitão do time, ficou de frente para Scorpius, o dando dicas enquanto esse enfiava sorvete na boca como sempre fazia. Albus assistia a conversa deles enquanto comia e as vezes sentia vontade de rir, porque assim como nas aulas, Scorpius prestava atenção até parecer está olhando algo incrível mal percebendo como estava sujo de chocolate e ocasionalmente ele tinha que lhe estender o guardanapo, enquanto Wang que parecia muito animado em explicar oque deviam fazer se entusiasmava Ainda mais.
Depois de um bom tempo os ouvindo conversar, Albus perdeu o interesse em balaços e tacos. E ao observar o salão viu a oportunidade perfeita para ir falar com a prima. Rose saia com uma mochila quase rasgando de livros grossos para o saguão, e ele tinha certeza que depois daquilo ela iria o ignorar por muito mais tempo. Ele virou-se para Scorpius e o chamou pondo a mão na sua perna, que foi o único jeito de chamar sua atenção.
-Eu vou conversar com a Rose, te encontro depois. -Albus se levantou com a mochila nas costas e saiu correndo para o saguão, onde por sorte, Rose estava abaixada perto das escadas para reorganizar os livros da mochila, que como já previsto, tinha rasgado.
Ele se aproximou devagar, repetindo como mantra em sua cabeça para que continuasse calmo não importasse oque ela fosse dizer. Albus se abaixou para ajudá-la, levemente temeroso que ela o empurrasse ou algo assim, mas ela não fez.
-A gente tem que conversar, não é? -ele disse enquanto esticava o braço para pegar um exemplar de algum livro sobre história da magia, que deslizara até perto de um candelabro. -Bem, acho que eu devo pedir desculpas primeiro. Não quis insinuar aquilo.
-Claro que quis, Albus. -ela falou baixo, o rosto escondido sob uma cortina de cabelos ruivos, sem permitir que ele visse se estava magoada ou não. -Você mesmo disse.
-Foi porque eu fiquei com raiva no momento, realmente, eu não quis dizer aquilo. -Ele terminou de ajudar e se levantou. -Aceita minhas desculpas?
-Claro. -ela bateu na mochila com a varinha e essa se refez. Rose voltou a enche-la de livros e se levantou sorrindo para o primo. -Me desculpa por ter te batido, eu também fiquei fora de mim.
Já nessa hora os alunos começavam a sair em massa do salão, a maioria para ter seu tempo livre antes das aulas, e o único grupo que ficou meio tenso ao vê-los conversando foi o time da Sonserina que presenciara tudo.
-Eu vou indo, tenho que... revisar algumas coisas. -ela acenou com a cabeça e subiu as escadas quase correndo, a mochila balançando pesadamente nas suas costas.
-Tudo bem? -perguntou Scorpius aparecendo ao seu lado, com um sorriso encorajador e um olhar preocupado.
-Ótimo. -Albus sorriu de volta e olhou mais longe para ver quem continuava ali, e não vendo ninguém ele deu um selinho em Scorpius. -Agora melhor ainda.
-Não devia fazer isso aqui. -Scorpius olhou para todos os lados procurando alguém. -Se tiverem visto estamos ferrados.
Albus revirou os olhos e riu.
-Vamos, temos atividades para terminar. -ele ia dando um passo para o corredor das masmorras quando Scorpius segurou-o pelo braço. -O que?
-Pensei que íamos ao Corujal. -disse fazendo bico e o olhando manhoso. Potter não entendia como de repente ele parecia Ainda mais bonito por causa da noite anterior.
-Sabe que eu adoraria. -disse querendo recair sobre a vontade de ter Scorpius para si sem que ninguém pudesse interferir. -Mas a gente tem que passar de ano, amor.
Apesar do apelido ter saído sem querer, Scorpius pareceu gostar e sorriu. Albus conhecia aquele sorriso, era de uma forma que sempre era dirigido só para ele, com paixão e desejo, que sempre significava que iriam se agarrar logo depois.
-Ok, um minuto. -Albus segurou a mão dele e o puxou pela escada de mármore.

-X-
Rose sempre fora muito focada, mas naquele momento ela mal conseguia olhar para o quadro de Aritmancia sem rapidamente mudar para outro pensamento e tudo que pensava era em como estava com raiva de Albus. Em como se sentia traída por ele ter se apaixonado justamente por Scorpius, e o pior de tudo foi Malfoy corresponder. Em algum momento da aula, ela ficou tão brava que para não gritar na sala ou da um soco na mesa, sentiu uma lágrima escorrer pelo seu rosto e manchar o pergaminho que anotava.
Rose sentia a onda de choro chegando, guardou suas coisas apressadamente e saiu correndo da sala, sem responder aos gritos da professora sobre se estava bem e sem deixar os colegas verem suas lágrimas. 
Ela chegou a torre da Grifinoria que estava vazia, apenas o ruído de um ou outro objeto enfeitiçado de James e Fred, que ultimamente se esforçavam em fazer vapor sair das coisas. Ela se deixou cair numa das poltronas perto das lareiras e chorou de raiva. Tendo apenas uma certeza e uma decisão, faria da vida de Albus um inferno.

-X-
Aquela foi uma típica tarde quente e entediante, aula de transfiguração seguida de Poções. Albus não pode ficar com mais vontade de voltar a ter seu tempo livre, quando entre milhões de beijos, ele e Scorpius passaram um longo tempo no Corujal, quase chegando atrasados.
Agora, voltando cansados para a Masmorra depois de ter quase explodido um caldeirão, Albus lembrava que teria que acompanhar Scorpius no seu próximo treino aquela noite. Apesar de se sentir cansado, faria isso por ele, mesmo que da última vez tivesse causado mais problemas do que ajudado.
Scorpius seguia ao seu lado, cantarolando qualquer coisa enquanto acompanhavam a turma pelo corredor escuro e úmido. Chegando a sala comunal, a maioria se dispensou para os seus dormitórios, incluindo os dois garotos. Albus ficou jogado na cama enquanto Scorpius pegava sua vassoura e o uniforme verde da casa. Potter percebia quando os outros alunos do dormitório viam Scorpius se preparar para o treino, e via seus olhos brilharem de inveja, como de repente ele poderia entrar enquanto eles teriam que passar por testes? É, os testes de quadribol aterrorizavam alguns deles, porque era exigido mais esforço para demonstrar sua capacidade. Albus nunca se dera o trabalho, mas sabia que o seu irmão era apanhador e capitão do time, oque piorava sua reputação. Quando finalmente viu ele terminar de enfiar as vestes e o taco numa bolsa, e por a vassoura apoiada no ombro, Albus se levantou e acompanhou-o.
O Barão Sangrento vinha de frente para eles no corredor e como sempre ao avista-los tinha a necessidade de exaltar como eram parecidos e diferentes dos pais ao mesmo tempo. Ele abriu a boca transparente e a fechou sorrindo maliciosamente para ele, algo nos seus traços fantasmagóricos e antigos indicava que sabia de alguma coisa.
-Sabe, venho me escondido bastante nesses dias, eu admito. -eles pararam de andar, os dois de frente para o fantasma, que os olhava maldosamente. -Alguém tem que contar a professora oque vem acontecendo já não temos mais Filch. E eu vi algumas coisas que provavelmente ela não toleraria, principalmente vindo do filho do nosso heroico Harry Potter.
Albus queria soca-li mas do adiantaria, se ele iria passar direto. Então ao invés disso, ele perguntou:
-O que viu? -sentia a tensão de Scorpius ao seu lado e procurou permanecer o mais relaxado possível. -Que eu saiba, não fiz nada demais.
-Eu vou relevar isso, porque ao contrario dos outros alunos vocês nem se afastam com nojo de mim, nem me ignoram, então farei o mesmo por vocês dois. E não atacaria nenhum dos alunos da minha casa por causa de uma dica de uma aluninha. -aquilo foi a dica de que ele realmente sabia do que estava falando e era o mesmo que eles dois pensavam. -Não sejam tão óbvios, qualquer um pode ir ao Corujal. -disse passando por eles, Albus se sentiu gelado por um momento e perdeu o ar dos pulmões, sempre era assim quando era atravessado pro um deles, como se respirar o ar deles lhe secasse e sufocasse.
Voltou-se para Scorpius e esse estava vermelho de vergonha, encostado na parede do corredor e apoiado nos joelhos. Albus pegou a vassoura que o outro segurava e disse no seu ouvido.
-Conversamos lá no vestiário, vamos.
Malfoy pegou a mochila e eles correram juntos para o campo.

-X-
Até chegarem no vestiário eles permaneceram calados, com vergonha mesmo de pensar que alguém tinha os visto mais cedo no Corujal.
-E se ele contar a Minerva? -Scorpius perguntava enquanto se trocava num nos boxes.
Albus estava sentado num banco de madeira atulhado de volumes de livros de quadribol e papeis com táticas para jogos futuros. Era uma sala pequena o vestiário, dividido em uma salinha para os jogadores se reunirem e montarem suas ideias e essa outra sala, com boxes, armários com vassouras e tacos velhos para treino, além de pequenos armários de colégio, para os jogadores guardarem suas coisas.
-E oque ela poderia fazer? Nos expulsar? -ele viu Scorpius ficar parado por um momento.
-Acha que ela faria isso?
-Não! Ninguém expulsa ninguém por causa disso. -ele reclamou olhando para a sala de planejamento, só por precaução. -Quem acha que contou a ele? -Perguntou em voz mais baixa. -Ele disse "aluninha".
-Podia ter sido qualquer uma, quase ninguém gosta da gente aqui. Ou pode ter sido alguém que goste e ficou com raiva.
-Jane? -sugeriu Albus.
Scorpius abriu a porta e foi enfiar as vestes da escola no seu pequeno armário.
-Talvez. -disse ofegante quando consegui a enfiar lá e fechar a porta, era realmente muito pequeno, não era apropriado para muitas roupas nem mochilas. -Acho que eu já devo está atrasado.
Albus se levantou para ir com ele, mas Malfoy o empurrou na parede e o beijou como se a "ameaça" por causa do Barão só o tivesse dado mais vontade.
-Para me dá sorte. -disse se afastando.